Sem evidências suficientes para provar a inocência de Beatriz, mantê-la na delegacia era, de certa forma, uma proteção.Ela estava detida, e Daniel usou seus contatos para garantir que ela não tivesse contato com outros detentos.Ele já tinha visto pessoas que ficaram anos detidas, sem fiança, com casos pendentes, sempre retidos.No início, essas pessoas ainda tinham esperança nos olhos, mas com o tempo... tornavam-se desoladas.Ele não queria que Beatriz visse esse mundo sombrio.Beatriz estava lá, e ao menos a fúria de Afonso havia sido aplacada, impedindo que ele agisse ainda mais brutalmente.Daniel foi visitá-la, surpreso por Beatriz recusá-lo. Mas isso não deteve seus passos.A porta da cela se abriu, ela pensou que fosse uma policial para um interrogatório rotineiro, mas quem entrou foi Daniel.— Eu disse que não queria te ver, não foi?— Mas eu queria te ver.Ao ouvir isso, Beatriz empalideceu.Ela mordeu o lábio, quase ao ponto de sangrar.Por que Daniel sempre tinha que vê-la
Ela recusou rapidamente.Daniel apertou os lábios, mas não disse nada.Ele ficou um pouco mais com ela, mas teve que ir embora por causa de assuntos da empresa.Beatriz achou que o tempo seria difícil de passar, mas com essas coisas, foi fácil se distrair.Daniel se preocupou que a cama fosse muito dura, então adicionou um colchão e também providenciou um sofá.Beatriz olhou ao redor, para todas as coisas no quarto, e caiu em reflexão.Ela chamou a policial.— Isso não é contra as regras? Por que vocês deixaram ele trazer isso?— É a ordem do comissário, você é da família dele, então podemos facilitar um pouco. O Policial Dias realmente gosta de você!A policial disse isso com estrelas nos olhos. Daniel era tão admirável, quem não o amaria?— Então você poderia retirar tudo isso, por favor? Deixe apenas alguns livros.— Mas...— Eu não quero que ele quebre as regras. Uma vez que começamos, fica difícil parar.A policial relutou em tomar uma decisão sem consultar seus superiores.O tele
No dia seguinte, Beatriz acordou para encontrar Daniel já havia partido.Ainda havia um calor residual ao lado da cama, indicando que ele não tinha ido há muito tempo.A policial chegou para trazer o café da manhã, olhando para ela com um sorriso.Esse olhar a fez se sentir desconfortável.— Você... por que está rindo?— Você e o Policial Dias ontem à noite...— Não pense bobagem, não aconteceu nada entre nós!— Ah? Nada aconteceu ontem à noite? Nós até desligamos as câmeras de vigilância para ele não se preocupar.— O quê? Vocês são tão permissivos assim? — Beatriz ficou chocada.— Isso não é o ponto. O ponto é, nada realmente aconteceu entre vocês ontem à noite? O Policial Dias é assim tão... incapaz?A policial até começou a fofocar sobre Daniel. Beatriz estava quase chorando de frustração e rapidamente dispensou a policial.— Certo, mais tarde você terá um encontro com a parte envolvida.Ela deveria ter se encontrado com a parte envolvida mais cedo, mas Débora teve um sangramento
— Ela teve um desentendimento com a Sra. Silva, derrubou a Sra. Silva, que estava grávida de mais de cinco meses, no chão, e me fez falsificar um testemunho contra minha vontade! Eu não a obedeci, e ela realmente enviou alguém para me matar. Justamente agora, enquanto eu vinha à delegacia para cooperar com a investigação, um carro tentou me atropelar. Por sorte, eu escapei por pouco. Senhor policial, vocês precisam me proteger, garantir minha segurança, Beatriz quer me matar, ela quer me matar...— Senhora, por favor, entre e vamos conversar.— Ah... não me toque, você é cúmplice de Beatriz, você também quer me matar.Helena gritava e chorava loucamente lá fora, atraindo uma multidão na porta da delegacia.Até gravaram um vídeo e postaram na internet.Beatriz tornou-se a principal culpada no caso de infanticídio. Sua má reputação era notória, e ela merecia mais do que a morte.Houve pedidos em toda a internet por uma audiência pública, temendo que alguém com a posição de Beatriz pudess
Quando a noite caía, no hospital...Afonso havia cancelado todos os seus compromissos nos últimos dias, dedicando-se inteiramente a ficar no hospital, cuidando dela sem se desviar um passo sequer.O relacionamento deles se fortaleceu ainda mais, o que confortava bastante Débora.Ela havia sofrido tanto, mas isso lhe rendeu o carinho de Afonso e o ódio dele por Beatriz, e isso era suficiente.Nesse momento, a secretária entrou, sussurrando algo no ouvido de Afonso.A voz era tão baixa que Débora não conseguia ouvir.Ela notou imediatamente a mudança na expressão de Afonso, o que a deixou um pouco preocupada. — O que aconteceu?— Não é nada, apenas um problema na empresa que preciso resolver. Voltarei logo para ver você.— Vá, eu esperarei por você.A voz de Débora era suave como água, e Afonso ajeitou seu cobertor, acariciando sua cabeça.— Débora... — Sua voz repentinamente ficou rouca. — Você já fez algo para me trair?Débora ficou estupefata.Ele perguntou novamente. — Você já me ma
Foi nesse momento que o celular de Afonso tocou, era Daniel.Com irritação, Afonso falou. — O que você quer agora? Imagino que você já saiba sobre o que é esta ligação!— Débora claramente está insinuando algo, ela causou toda essa confusão, Helena sabe como lidar com isso, naturalmente não diria muito pelo telefone, para não deixar pistas.— Daniel, você está sendo muito parcial com Beatriz, você não sabe quem ela realmente é! Acho que ela te enganou!— A família de Helena passou por um problema sério há seis meses, o irmão se casou, a mãe adoeceu gravemente, e eles precisavam urgentemente de dinheiro. Esse problema foi resolvido em pouco tempo, a razão dada foi que o pai de Helena sofreu um acidente de trabalho, e a empresa pagou uma indenização de centenas de milhares, aliviando a situação urgente deles. E seis meses antes, o responsável por essa empresa esteve em Brasília, encontrou-se com Débora em uma recepção.— Débora fez alguma transação financeira? Essa empresa, agora está so
Beatriz foi levada novamente à sala de interrogatório.— Você se lembra de Gustavo Santos?Uma policial mostrou-lhe uma foto. Beatriz, obviamente, se lembrava, já que ele quase a atacou. — Lembro.— Pode nos contar sobre aquela noite?Beatriz relatou tudo detalhadamente.A policial assentiu: — Parece que Helena estava falando a verdade. Você sabia que Helena e Débora tinham algum vínculo?— Não sabia antes, mas agora posso imaginar.— Então, você estava completamente alheia?— Sim.A policial assentiu, parecendo compreender toda a situação.Agora, faltava ouvir o último testemunho, o de Débora.Ela foi chamada novamente.— Sra. Silva, você ainda afirma que foi a Srta. Rocha quem a empurrou, correto?Débora, com os dentes cerrados, confirmou novamente. — Sim, foi ela quem me empurrou!— Sra. Silva, calúnia e difamação são crimes. Você deve ser responsável por cada palavra que diz.A policial a olhava seriamente, fazendo com que o coração de Débora tremesse, enquanto ela ponderava rapida
Assim que ele saiu, ela abriu os olhos, pensando sobre tudo o que havia acontecido.Helena realmente não era confiável, ela tinha tudo para acabar de vez com Beatriz, mas, inesperadamente, traiu a confiança.Ela deveria ter percebido desde o início que se ela podia comprar a lealdade de Helena com dinheiro, outros também poderiam, provavelmente Daniel ofereceu mais.Felizmente, todas as negociações dela com Helena foram feitas de maneira oficial, não deixando pistas que pudessem incriminá-la.Quanto à empresa que pagou a indenização ao pai de Helena, ela prometeu vantagens dentro de um ano, mas até agora não parece haver qualquer ligação entre ela e essa empresa.Quando ela recrutou todos os funcionários do estúdio de Beatriz, Helena era a principal.Helena foi atraída pelo alto salário, mas não para trabalhar diretamente para ela, e sim para continuar ao lado de Beatriz, observando seus movimentos.Helena era esperta, não precisava ser instruída para causar problemas a Beatriz, quase