— Bună dimineaţa, dragi1 . — Beijou-me o topo da cabeça.
— Bom dia. — Sorri-lhe, vendo-o sentar no seu lugar de sempre.
— Onde está Pietro
— Conte-me — murmurei com meus lábios nos dele, meu corpo deitado sobre o seu, nu. A mão passeava em minhas costas num toque leve, nos verdes cerrados.— O quê? — respondeu baixo, beijando-me, enfim, e deixando jades abertos nos meus castanhos.— Você não teria se livrado de Victor facilmente se já não soubesse o que encontraria ao confrontá-lo — ele me fitou demoradamente em silêncio, deixando que eu pros
A valsa continuava inundando o salão e eu agora estava nos braços de András. Os verdes intensos nos meus castanhos, mas que eu sabia também atento a vários outros detalhes da festa.— Ainda não conseguiu apreciar completamente a notícia que lhe dei. — Está errada. — Sorriu-me gentilmente enquanto volteava comigo. — Penso nela a cada segundo, e nada me deu mais alegria hoje. Eu ajeitava o penteado no alto de minha cabeça, aquela manhã, quando senti a presença dele no quarto. Inquieta.— O que o incomoda? — o vi se aproximar pelo reflexo no espelho.— Muitas coisas, Lise. — Fixou seus olhos verdes em mim. — A falta de notícias de Augustus e sua nova posição, e de Inês, como filhas de Dimitri.Pousei a escova sobre o tampo de mármore da penteadeira, desviando O Tabuleiro
O vento frio da madrugada entrava pela janela aberta, agitando as cortinas e meu sonho. A cama ainda me parecia enorme, e, sobressaltada, abri os olhos, fitando o quarto escuro. A janela recomeçou a bater e os clarões rasgavam o céu, que em breve deitaria chuva por terra. Afastei as cobertas e me ergui da cama, já estava próxima às cortinas quando ouvi um barulho sobre o assoalho. Seria um rato ou algo do tipo? Com passadas mais suaves, escorreguei para mais perto do lugar de onde viera o som. Num balé ensaiado, minha boca foi tampada por uma mão masculina no mesmo instante em que a sai entre meus dedos se alinhava ao seu pescoço.— O dia se ergueu ensolarado, e eu me vi ajeitando uma cesta de guloseimas para uma manhã nos jardins em companhia de Lady Ellen e Lucas. Há dois dias que ela não colocava os pés para além da varanda da sala de leitura, e não faria bem ao menino, o ar viciado daquela casa cheia de adultos eternos. Ele precisava de espaço para correr. Nada melhor, então, do que um piquenique. Eu, por outro lado, ansiava por notícias da França que n&aO Cavalo
Chegamos a Orléans era noite plena, e eu não trocara uma palavra sequer com Edmund desde que deixáramos Limoges. Em nossa última parada, eu cochilara um pouco dentro da própria carruagem, tencionava poupar todo tempo perdido desnecessariamente em minutos ganhos da nossa chegada à Paris antes do prazo previsto. Entretanto, as noites mal-dormidas começavam a verter seu efeito em meu humor, e com um meio sorriso, mesmo tendo sido descortês com ele inúmeras vezes naquela viagem, Edmund sugeriu:— Façamos um descanso merecido de algumas horas a mais do que o normal. — Estendeu-me o braço para que descesse do coche. — Os cavalos precisam de descanso, &aa
Chegamos a Paris. Era noite. A estalagem, nos limites da cidade, estava vazia e não houve problemas em conseguirmos quartos.— Monsieur — o dono deixou no ar para que fosse completado por Edmund.— Conde Ernöyi e Condessa de Vaslui.— Senhor, eu não percebi. &m
Eu abri os olhos, ciente de que estava só, ainda que meu corpo todo estivesse aquecido pelo dele. Como explicar a mim mesma que, em anos, aquela havia sido a noite na qual me esquecera do mundo? Na qual eu realmente dormira sem me preocupar com o amanhã... com o que viria? Eu estava protegida de tudo e me sentia segura. Afundei meu rosto no travesseiro onde ele dormira, ao meu lado, e inspirei cada nota de sândalo que ele deixara ali. Abandonei-me nos meus erros.— Bonjour, princesa — sussurrou no meu ouvido, sem que eu o tivesse visto entrar. — Está quase na hora de irmos — completou sob