O Gambito

Chegamos a Orléans era noite plena, e eu não trocara uma palavra sequer com Edmund desde que deixáramos Limoges. Em nossa última parada, eu cochilara um pouco dentro da própria carruagem, tencionava poupar todo tempo perdido desnecessariamente em minutos ganhos da nossa chegada à Paris antes do prazo previsto. Entretanto, as noites mal-dormidas começavam a verter seu efeito em meu humor, e com um meio sorriso, mesmo tendo sido descortês com ele inúmeras vezes naquela viagem, Edmund sugeriu:

Façamos um descanso merecido de algumas horas a mais do que o normal. — Estendeu-me o braço para que descesse do coche. — Os cavalos precisam de descanso, &aa

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