Passos dificultosos eram ouvidos na penumbra do grande quarto, o que era antes um lugar cheio de vida tornara-se um ambiente mórbido, frio e vazio.
Oysis tinha os ombros caídos e o rosto inchado de tantas lágrimas, o medo por seu filho a consumia todos os dias, desde que estava naquela prisão. Faz quase três dias que estava ali, mas para ela parecia uma eternidade, não era maltratada fisicamente mas não se alimentava direito e nem um banho poderia tomar.
O quarto fedia a urina, a sua própria, mesmo com muitos pedidos não foram permitido para si sair e usar o banheiro, em sua atual situação as necessidades fisiológicas eram constantes, mas Oysis era tratada como se não estivesse grávida e pior como se o bebê não estivesse prestes a nascer em poucos dias.
Sem esperar mais, Fenris seguiu atrás dela em passos rápidos, estava nervoso, extremamente ansioso, nunca havia em momento algum ficado a sós com ela desde que havia chegado.Diminuiu os passos para observar a beleza do lugar, as árvores altas que enfeitavam aquela área, árvores que combinavam tanto com ela, Fenris não achava que as árvores complementam Moirai, não, era Moirai quem complementava aquela floresta.Parou a poucos metros da cachoeira e observou no escondido do meio das árvores, franziu levemente as sobrancelhas ao não vê-la, podia jurar que a tinha visto vim dessa mesma direção.Aproximadamente meia hora depois que ele já estava a ponto de desistir e voltar para onde v
– Então, qual a história desse lugar? – Fenris questionou– Não há muito o que contar além do que já foi dito por mim. – O tom de sua voz mudou de repente e seu olhar ficou distante.Fenris, no entanto, não percebeu a mudança abrupta de humor, completamente ansioso em saber mais sobre ela, ele não se segurou e passou a destilar perguntas sobre ela e tudo que a cercava.– Mas e sua família, as pessoas desse lugar. São terras consideravelmente grandes para apenas dois habitantes, e também...– Acho melhor voltarmos, está ficando tarde. – Ela interrompeu.Não estava, mas ele percebeu t
Horas antes…Ele tremia, sufocava a cada passo dado, sendo invadido pelas lembranças daquele lugar. Ele conhecia bem aquelas paredes, havia vivido a maior parte de sua vida entre aqueles corredores frios.Onde estava a vida daquele lugar que um dia já foi sua casa, o seu refúgio. As lembranças felizes eram amargas, o peito apertava pela dor da saudade. Ele conhecia muito bem o caminho que o levaria até as vozes, ele precisava de respostas, saber se a alcateia estava bem e como haviam chegado àquele lugar.A dor em seu tórax, no entanto, impediu que ele desse mais um passo, assim ele precisou se apoiar em uma das paredes daquelas ruínas. Ele ouviu passos se aproximando, assim como s
Carmenta estava esgotada, por isso Moirai precisou encerrar o treinamento naquele dia, estavam frustradas, Carmenta não havia conseguido efetuar o feitiço em Cilene pois a oráculo ainda não conseguia fazer mais de um feitiço por dia, pelo menos não nessa magnitude.Carmenta precisava treinar muito seu condimento físico e sua energia espiritual.As três entraram no castelo encontrando todos no lugar de costume, a cozinha, Caleb assim que viu a mãe deu passos pequenos em sua direção e estendeu os bracinhos, Moirai seguiu logo em direção ao jogo de bebidas e mais uma vez aquele dia se serviu.Fenris já entendia que quando algo havia dado errado, ela estivesse frustrada ou com raiva el
Fenris a observava atônito enquanto tentava crer em tais palavras.– Isso é imprudência Moirai, não podemos invadir assim desse jeito, é perigoso, estamos despreparados e…Ele parou de falar ao ver Moirai se aproximar perigosamente de ti e por ambas as mãos em seu rosto. Ela logo encostou suas testas e usou do poder que ela sabia exercer sobre ele.– Você confia em mim ? – Ela o perguntou em um sussurro. Os lábios quase se encontravam, a respiração dela batendo em sua boca ia de encontro a respiração dele já que sua boca encontrava-se entreaberta, receptiva.– Confio – Ele proferiu, embevecido no
Enquanto se preparava para o seu retorno, Eris sentiu o exato momento em que a barreira havia sido rompida, o poder que ela sentiu a deixou extremamente assustada, mas não menos raivosa.Por um momento ela pensou que poderia deixar a raiva lhe dominar, mas logo percebeu que não poderia fazer nenhum alarde. Não estava em seus domínios, as terras do Norte não eram suas para comandar, não ainda. Por isso ela precisava controlar seus instintos.O objetivo ali havia sido cumprido, Asteria, a bruxa mãe do covil das bruxas negras do norte havia se juntado à sua causa. Ela era uma velha bruxa, de pele enrugada e cabelos brancos, sua idade e experiência, tornavam-na alguém extremamente poderosa e influente.Eris encontrava-se na presença de Ast
— Querida por favor, deixe-me explicar — Cassian suplicava a Íria, mas ela estava irredutível e não queria ouvir explicações.Ciúmes exalava de cada poro, a raiva por Cassian estar dando tanta atenção e ser tão devoto a mulher que um dia já foi sua esposa a enraivece, a machucava.— Eu sou sua mulher, sua mulher, e você me deve respeito — Íria vociferava, de seus olhos lágrimas silenciosas escorriam — Se está pensando em reatar seu antigo relacionamento, tenha pelo menos a decência de...— Acha que posso simplesmente acabar com uma ligação? — Ele a interrompeu, usando o mesmo tom que era dirigido a si. — Estamos ligados Íria, ligados pela eternidade. Quando Éris pousou as bruxas se acuaram, Asteria franziu o cenho para comoção e logo percebeu que havia algo errado.— O que aconteceu aqui ? — Éris berrou em descontrole.Nenhuma bruxa se pronunciou, nenhuma bruxa teve coragem de enfrentar sua líder e contra tudo o que havia acontecido. Foi preciso usar de violência para que obtivesse suas respostas.Tão logo, Éris ergueu uma das suas pelo pescoço e calmamente ordenou.— Me digaCapítulo 16