Sem se despedir, Valéria foi levada de madrugada para a Colônia dos Afrimaguns, ela aguardou no salão de reuniões acompanhada pela Ftali.
O ambiente foi iluminado a luz de velas gigantes, e toda a fuligem era manda embora por um furo no teto.
— Como vai, Valéria? — Ftali decidiu iniciar uma conversa. — Há muitos dias que não nos falamos, não é?
— Sim, desde a noite em que os guardas reais acabaram com a nossa festa da conquista.
— Acabou sendo uma perda.
— Ainda não acabou, estamos aqui e por algum motivo o Universo não quer que sejamos totalmente derrotadas.
— E que motivo seria esse?
— Há algum tempo eu fui sequestrada por uma Harpia Gigante, era uma Criatura Primeva qual esqueci o nome...
— Você foi o quê? — Ftali se impressionou, falou tão alto e nem percebeu.
Quanto mais caminhavam, mais sentiam a impressão de estarem descendo numa ladeira.— Oh, esquisita — disse Valéria para Zeynep —, por que não entendi as palavras mágicas que você falou para abrir a passagem?— Porque é uma língua morta, bobinha. — respondeu a loira. — A Magia Vox Universalem não traduz línguas mortas.— Eu sei, e imaginei que fosse isso.— É a antiga língua egípcia, o Copta. Para matar a sua curiosidade, eu falei: "Entrada, eu te conjuro."— Antiga língua egípcia? O que eles falam hoje?— Árabe-egípcio. O que você pensou?Valéria não respondeu, preferiu se fazer de grossa do que dizer qualquer besteira e se passar por ignorante.— Onde você aprendeu Copta? — perguntou para mudar de assunto.— Aqui mesmo, no Egito, com um feiticeiro-beduíno, antes disso, tive que aprender inglês avançado para me comunicar perfeitamente por que ele não falava turco e o meu sotaque atrapalhava na sua compreensão. Era um velho chato,
Quando Valéria acordou, quase pulou da cama ao se deparar com uma bruxa a observá-la, a criatura estava de pé, quase imóvel apesar de respirar e piscar os olhos.— Você me assustou — disse Valéria, ela não reconheceu a bruxa. — Quer alguma coisa?— Só queria dizer que a única pessoa que foi para as pirâmides sem necessidade foi você — Zafrat quem dissera.Após isso, Zafrat se retirou sem mais delongas a deixar Valéria confusa, com muito esforço ela lembrou-se do que ela estava a se referir.— Nossa! — exclamou Valéria. — Isso que é rancor.Em seguida, Valéria pegou a sua bolsa qual estava na barraca e retirou de dentro uma escova de dentes, escovou e logo após, procurou o que comer.Foi para uma das cabanas das aulas, no caminho se deparou com todas as suas amigas, inclusiv
Do outro lado da passagem havia um gigantesco e plano lugar branco, a poucos metros existia uma enorme muralha feita de água com um corredor centralizado na base.Ao se aproximarem, comprovaram que era água de verdade e não tinha nada que a segurasse.— Que legal! — admirou Cíntia quando caminhavam pela passagem, ela passou a mão sobre as águas. — Estou me sentindo num parque aquático.— Já passei tanto por isso que perdi a conta — disse Rosie com voz pesada. — Esta é a parte em que perdi duas vezes. Tudo o que este obstáculo mais pede é de tempo, senão poderemos nos afogar. Bem, quando chegarmos ao final, terei que produzir água e encher um buraco no chão em forma de tigela antes que a onda nos pegue.— Produzir água? — perguntou Valéria. — Isso é tão difícil, até mesmo para mim, mas agora eu consigo, tranquilo.Rosie a encarou.— Sério? Você consegue? Quer tentar? — Rosie perguntou com sinceridade.— Quero, por que não?— Ter
Em um átimo, Escálius sentiu uma presença muito poderosa, e antes que Valéria se aproximasse de Kanahlic, ele lançou uma bola de raio cósmico, a Allogaj rebateu para o chão com o feitiço Spegulo e a explosão as arremessou para longe.Kanahlic foi salva no ar por luvas-de-prata que flutuavam com as suas capas da levitação, as mestras se transformaram nos monstros e atacaram a todos os feiticeiros das luzes do Castelo e Valéria usou o seu bastão para criar um vórtice agora embutido no seu corpo e chegar ao chão sem se ferir, era a única que conseguia fazer essa proeza, tinha poder para isso, pois, as bruxas que ali chegaram lançaram um encantamento na Sala do Trono que impedia que portais ou vórtices fossem abertos, ninguém entrava nem saía por meio de magia.A luta começou.Escálius sentiu-se incumbido de enfrentar a Allogaj e em meio ao caos, caminhou para encará-la, Valéria olhou para a Rainha Zadahtric cercada pela magia dos guardas, pelo menos ninguém consegu
Uberlândia—02 / Maio / 2005Era o fim do mundo para Valéria ter que ir a pé para o Colégio, pois, estava enfurecida por estar acostumada a ir de carro próprio, mas os seus pais decidiram "castigá-la" por causa do seu mau comportamento. Qual foi o mau comportamento? Bem... Ela acendeu um isqueiro e apertou um aerossol contra o gato da mãe para saber o que aconteceria depois. Uma parte do pelo do gato ficou queimada. O gato passou bem, mas a aparência dele não ficou legal.Isso não foi um simples ato ruim, foi uma crueldade e ir ao Colégio a pé por três dias nem de perto chegava a ser uma punição, a questão era que os pais relápsos da garota não sabiam mais o que fazer com ela. A única ajuda que ainda não procuraram para a sua filha caótica foi a espiritual por não serem serem um pouco céticos. Só cogitaram es
Valéria estava de braços cruzados, sentada de frente para o diretor do Colégio, embravecida. O canivete estava dentro de um plástico transparente e lacrado em cima da mesa. Os seguranças estavam na sala para garantirem que ela não atacasse mais ninguém, por isso o diretor a ignorou, concentrado em seu computador a digitar alguma coisa importante, senão ele estaria tão nervoso quanto o professor Magnavitta que também estava lá a roer as unhas.De repente, ouviram-se murmúrios do outro lado da porta, alguém a bateu e o diretor pediu para que abrissem-na. Um homem alto de quarenta e sete anos, porém, bem-conservado e bem-vestido, entrou de mala e óculos escuros. Ele cumprimentou a todos, retirou os óculos e deu uma olhada bem severa para a garota que não disse uma palavra desde que entrou na sala. Ela estava sentindo-se como se estivesse na prisão, na ala feminina, no ano passado.
Valéria foi para o seu quarto, não imaginou que surpresa o seu pai poderia ter proporcionado para ela, não se davam bem desde que os seus seios começaram a se destacarem no seu busto, aos dez anos, para ser mais específico. A partir dali, ele passou a ser severo com ela e ainda a ser um pai ausente.Ao abrir a porta, ela realmente ficou surpresa. Não era nada qual ela pudesse usar, mas era um presente qual poderia registrar para sempre. As suas duas amigas estavam sentadas na cama a esperando. Valéria era uma garota muito solitária em casa. O seu maior desejo era que as suas únicas amigas fossem visitá-la diariamente, mas o seu pai nunca permitiria, as considerava más influências.— Valéria, meu amor — gritou a garota chamada Pétala a jogar os braços para cima, correndo para abraçar a recém-chegada do hospital.Pétala a abraçou de maneira bem aloroso e beijou o seu rosto, sabia que Valéria iria detestar, mas o fez mesmo assim.— Mentira! Vocês aqu
A luz do Sol entrou pela janela do quarto de Valéria, há muito tempo que a luz não irradiava aquele lugar.Pétala resmungou sonolenta, remexeu-se sobre a cama incomodada com a claridade e rolou em busca de fugir da luz até cair. Levantou-se do chão com os cabelos frisados e os olhos entreabertos, ela deu uma boa olhada no ambiente tentando identificar onde estava.— Que lugar é este? — Pétala ficou confusa até enxergar a sua amiga do outro lado da cama, daí que despertou-se. — Valéria! — ela pulou em cima da cama fazendo a sua amiga acordar.— Ai! O que é? — Valéria resmungou ainda indolente. — Apaga essa luz, estou querendo dormir.— Já amanheceu. Acorda!Valéria sentou-se na cama, do mesmo estado que estava a sua amiga. Ela pegou o despertador para ver quais eram as horas.— Já entardeceu, filhinha — ela mostrou as horas no despertador. — Veja, onze e vinte e cinco.— Eita! Perdi a aula de hoje — Pétala bateu a palma da mão na fronte