Toc, toc, toc.
Alguém bateu na porta de Valéria, era umas oito horas da manhã, mas Valéria não sabia, estava sem noção de tempo há semanas. Ela havia acordado cedo, então pegou um dos livros para ler, ela se assustou com a batida na porta e guardou o livro debaixo do travesseiro imediatamente.
— Quem é? — perguntou Valéria, mas a pessoa não respondeu, apenas abriu a porta e entrou.
Era a Helena e Valéria pôde respirar.
— Desculpa! Você peguntou quem era? Acabei entrando, força do hábito — Helena se sentou na cama. — Por que perguntou desta vez?
— Estava lendo um dos livros que roubei, ontem a Mestra Ézyan prometeu acabar com a raça de quem fez isso, não com estas palavras, sou exagerada.
— Nossa! Então os roubados denunciaram.
— Sim, mas eu me safei, disse que fui roubada também.
Helena deu risadas.
— Muito esperta. Sinceramente, não imaginei que estivesse acordada uma hora
Valéria vacilou mais uma vez.— Não tenha medo, assim como as suas mestras, o monstro interior está bem controlado.— Como você me achou? — perguntou Valéria de imediato.— Você é mal-educada, não sabe agradecer?— Nunca tive bons modos.— Percebe-se!— Vai me dizer alguma coisa útil?— Sim! Você é louca?— Como é?— Por que está coberta de pó-de-lichia-de-dragão? Não sabe que isso deixa os répteis loucos?— Pó de quê?— Isto explica que não sabe. Pó-de-lichia-de-dragão é uma mistura de substâncias que afeta os sentidos dos répteis fazendo com que eles fiquem transtornados e ataquem qualquer coisa que contenha o p&oa
Valéria estava sozinha numa área perto da Casa dos Cem Amaldiçoados, o combinado foi de se encontrarem às cinco da tarde e esperarem por trinta minutos a quem ainda não aparecesse. Valéria esperou por muito tempo até ver os últimos raios de sol sumir no horizonte e o crepúsculo dar indícios da sua vinda. Enquanto isso, ela brincava com a magia controlando a areia ao seu redor, fazendo com que se movesse como uma serpente.— Não acredito que fiquei para trás — ela seguiu caminho sozinha e a pé, pensando no que dizer quando se encontrasse com o seu pessoal.A porta dos fundos da Mansão de Lidarred, a passagem clandestina, estava totalmente aberta, ela entrou e depois se transportou para a entrada, sentiu o ar a sua volta pesar, também sentia que fizera muito esforço com os portais. Alguma coisa acontecia e ela não tinha ideia do que era.Suspirou quando viu a noite caindo, precisava se apressar.Ela não enxergava quase nada, o céu estava escurecendo e a
O tempo se passava na caverna da Grande Harpia.— Me diga uma coisa, Elok... Posso te chamar de Elok?— Não.Valéria arqueou as sobrancelhas.— Ok, Elokventa — ela pronunciou o nome do pássaro com sarcasmo. — Para quê que serve o Primevo da cura ou da ressurreição se você pode dar a imortalidade?— Ser imortal ou ser curado não significa não adoecer nunca mais, por isto a necessidade da cura. Ser imortal pode significar não morrer, mas se antes a pessoa já estiver morta, de quê servirá a imortalidade? Aí vem a ressurreição.— Eh! Faz sentido. Agora me responda por que o seu nome se parece com o nome de um feitiço?— Bem observado, o meu nome e o das outras Criaturas Primevas foram atribuídas a nós por Zamenhof, o mesmo criador da língua usada nest
Sarah, Valéria Prada e Miguel procuravam uma das esferas na sala de aula da cabana, mesmo um dos concorrentes ter avisado que a esfera não estava lá porque já havia procurado, mas decidiram se certificarem por eles próprios. Nessa hora, o sino tocou a anunciar que a atividade havia terminado.— O quê? Mas que droga — resmungou Valéria Prada.— Já encontraram? — questionou Miguel. — Pensei que só terminaria mais tarde.Sarah ficou séria.— Apostam quanto que foi a Valéria?— Acho que não — disse Valéria Prada. — Ela é tão sem noção.Os outros dois franziram o cenho e encararam a garota.— O que foi?Foram para o local onde a mestra deu início à atividade, ela tornou a ler o seu livro.— Com licença, M
Valéria estacionou o carro na Avenida Amazonas, ela usou o feitiço Miniaturo, para diminuir o seu bastão mágico na frente das meninas e elas ficaram boquiabertas, mas não comentaram sobre, nem sabiam o que dizer, saíram do carro e foram para a entrada do Hospital do Câncer.Uma das funcionárias do Hospital as atendeu, o lugar estava praticamente vazio.— Boa tarde, em quê possa ajudá-las?— Boa tarde — respondeu Anne, a mais responsável. — Procuramos por Neo, ele é o nosso amigo e está internado aqui, viemos visitá-lo.— Qual o sobrenome dele?— Tenho certeza que só tem um Neo neste lugar — falou Valéria enquanto a mulher procurava o nome num caderno.— Acalme-se — Anne advertiu a garota impaciente.— Não suporto recepcionistas — murmurou.Anne se voltou para a funcionária, que a propósito, em seu crachá estava escrito: Recepcionista - Glória Serafim.— Pode nos dizer onde ele está localizado? — perguntou Anne.— Você
Ram Bahadur e Valéria voltaram para o Instituto Reiki, a garota trouxera tudo o que havia levado na mala, foi para o seu quarto e mudou de roupa. Queria fazer isso com magia, mas ainda não possuía grau o suficiente na Terra, bem provável que estava com dez à altura desse campeonato.Ainda era de manhã, pelo menos se livrara da aula de Zayian, e não sabia o que fazer. Por que Colette estava com todo aquele desespero? Foi a primeira vez que ela fez isso, no entanto, também fora a primeira vez em que se separaram por muito tempo. Sempre que Valéria se afastava, alguma coisa acontecia e eles tinham que pagar por todos os prejuízos. Ter pais milionários tinha lá as suas vantagens.Alguém bateu na porta.Valéria mandou que entrasse, era o senhor Elias, quem a recepcionara no momento em que chegou ao local.— Olá, minha jovem, como está se sentin
Valéria esperou pelo pior, o ambiente estava num clima estranho, pesado, como se fossem enterrar alguém, provavelmente seria ela.— Valéria, imagina por que você foi chamada aqui? — perguntou a rainha.— Não, senhora — respondeu Valéria quase sem voz.— Eu não ouvi.— Eu não sei, Majestade — Valéria disse mais alto.Não se sentia mais tão cansada, o mundo mágico lhe dava mais vigor, não o necessário, porém, razoável.— Vou me dar ao trabalho de te responder, antes, levante-se — ordenou a rainha e Valéria obedeceu, a rainha começou a andar em volta dela. — Primeiro, eu encontrei a Identificadora que tanto almejei que participasse da minha facção, como pode ver, ela está aqui e por vontade própria — Valéria olhou para a m
Valéria parou de frente para a Floresta Obscura, para o caminho que levava às cavernas, entendeu o que aconteceu, a enorme floresta era encantada, ou seja, não se podia saltar portais lá dentro. Provavelmente a rainha seguira a pé. Ela se preparou para entrar sozinha pela primeira vez e foi depressa.Lembrava perfeitamente da trajetória, só havia uma que estava ligada à entrada da caverna, se a mudaram, talvez ficaria perdida para sempre.Encontrou a entrada do túnel e entrou, ao chegar no final, ela desceu à enorme escadaria, vazia de pessoas a caverna parecia maior, como se fosse um grande anfiteatro soterrado. Valéria passou pelo lado direito do "palanque", onde a rainha palestrava. Passou por outro túnel até chegar à cavidade particular de Kanahlic.Não havia ninguém.— Droga — resmungou. — Onde ela está?Val&