Valéria esperou pelo pior, o ambiente estava num clima estranho, pesado, como se fossem enterrar alguém, provavelmente seria ela.
— Valéria, imagina por que você foi chamada aqui? — perguntou a rainha.
— Não, senhora — respondeu Valéria quase sem voz.
— Eu não ouvi.
— Eu não sei, Majestade — Valéria disse mais alto.
Não se sentia mais tão cansada, o mundo mágico lhe dava mais vigor, não o necessário, porém, razoável.
— Vou me dar ao trabalho de te responder, antes, levante-se — ordenou a rainha e Valéria obedeceu, a rainha começou a andar em volta dela. — Primeiro, eu encontrei a Identificadora que tanto almejei que participasse da minha facção, como pode ver, ela está aqui e por vontade própria — Valéria olhou para a m
Valéria parou de frente para a Floresta Obscura, para o caminho que levava às cavernas, entendeu o que aconteceu, a enorme floresta era encantada, ou seja, não se podia saltar portais lá dentro. Provavelmente a rainha seguira a pé. Ela se preparou para entrar sozinha pela primeira vez e foi depressa.Lembrava perfeitamente da trajetória, só havia uma que estava ligada à entrada da caverna, se a mudaram, talvez ficaria perdida para sempre.Encontrou a entrada do túnel e entrou, ao chegar no final, ela desceu à enorme escadaria, vazia de pessoas a caverna parecia maior, como se fosse um grande anfiteatro soterrado. Valéria passou pelo lado direito do "palanque", onde a rainha palestrava. Passou por outro túnel até chegar à cavidade particular de Kanahlic.Não havia ninguém.— Droga — resmungou. — Onde ela está?Val&
Fazia um pouco de frio na entrada da Basílica, Valéria estava descalça e de pijama, esfregou os braços.Por que não pensava nas coisas antes antes de agir? Ainda por cima estava desacompanhada da sua sombra.O lado de fora era assustador, escuro e frio, ela se certificou de que não havia ninguém por perto, lembrou-se do lugar exato onde a Identificadora foi transportada e sussurrou o feitiço para reabrir um portal. Aprendeu uma vez e não parou mais.Ela parou diante de um corredor de pedras iluminado por tochas, não muito extenso, com várias portas de ferro e no final tinha dois guardas fardados de preto a vigiarem a última porta.Valéria caminhou para eles, tentaria improvisar assim que chegasse mais perto, porém, foi impedida de dar mais passos.Os guardas apontaram os seus bastões e um deles gritou:— Pare aí mesmo, identifique-se.— Oi! Estou procurando a cela da feiticeira renegada — disse Valéria com as mãos erguidas.— M
Pai Bakolô começou a relatar:"Na Antiguidade dorbiana existia um Império muito poderoso e grandíssimo — que na atualidade é estabelecido como um dos oito continentes, composto por sete reinos —, dominado por um dos feiticeiros mais potentes e influentes que já existiu no planeta Dorbis, o Imperador Icobax. A sua mulher, Umnari, quando engravidou, acabou por conceber três filhos de uma mesma gestação: os trigêmeos Príncipe Ic, Príncipe Ob e Príncipe Ax. No entanto, o Imperador tinha que escolher um dos filhos para se tornar o futuro do Império, mesmo que tenha saído um primeiro do ventre da sua esposa, então, o seu Mago Real, Ala, sugeriu que, quando os meninos se tornaram adultos, eles fossem colocados à prova para revelar quem seria o mais apto para a sucessão. O Imperador aprovou a ideia e assim decretou."Quando os
As cores vista no da floresta antes de o nascer do sol era um presente da natureza, estava frio, mas não podiam reclamar, andavam em passos lentos e cautelosos, pois, estavam muito perto do acampamento de Zadahtric.Valéria lembrou-se de quando foram todos acordados para se transportarem para uma floresta desconhecida às quatro horas da madrugada. Jogaram água gelada nos rostos para despertarem e se exercitaram um pouco para esquentarem o sangue.A rainha caminhava na frente com as suas mestras e com os seus seis Feiticeiros-Imediatos. Muitas bruxas voavam nas suas vassouras encantadas enquanto os luvas-de-prata flutuavam pelas árvores com as suas capas da levitação.— Valéria — murmurou Sarah.— Oi! — retornou Valéria.— Quando tudo isso acabar, você vai querer se encaixar em alguma categoria de mágicos?— Não sei, quantas
Assim que a intensa luz condensou-se, uma bacia dourada com a Chama Branca adentrou flutuando no local, depois vários guardas reais.De maneira eficiente, Kanahlic projetou uma barreira que separou os intrusos e a facção que estava praticamente completa. A barreira começou com uma linha horizontal fluorescente no chão, depois formou uma muralha que atingiu o teto e foi se espalhando até ao seu quarto para que os ataques pelos lados e pelo fundo não fizesse efeito.O silêncio dominou aquele lugar.O velho e barbudo Mago Real, Escálius, fixou os pesados olhos em Kanahlic, depois, olhou de maneira dramática para cima e percebeu o corpo da atual, porém, derrotada, rainha Zadahtric, estava sendo guardado por luvas-de-prata.— Escálius — falou Kanahlic —, Zadahtric foi derrotada, exijo o direito do trono do meu pai Ic — o Mago a analisou com deboche, caminhou para o seu lado esquerdo e procurou as mestras. — Escálius, pare, eu venci — teimou.O mago a
Quando pousaram no térreo da cabana, se depararam com um garoto e uma garota abraçados a chorar, sentados num degrau da escada, eram o João Victor e a Ana Carolina, dois aprendizes da Mestra Zayian.Eles esbugalharam os olhos quando viram a Allogaj chegar no recinto.— Hei! — exclamou Helena. — O que houve?Eles se levantaram, mas não deixavam de olhar para Valéria atônitos.— Disseram que era culpa nossa — Ana Carolina pôs-se a chorar novamente.— Estavam atrás de você, Valéria, tenho certeza — disse João Victor para a Allogaj. — Agora pensam que está morta.— Do que estão falando? — perguntou Valéria.— Tudo o que me recordo é que todos os Aprendizes-Veteranos estavam aqui, exceto vocês três e a Biatriz, então um luva-de-prata perguntou por uma jove
Como havia muita gente no acampamento, dividiram-se em três grupos e cada mentor era responsável por um.Ficaram em volta da fogueira e o mentor contava uma história que parecia ser importante para o pessoal, estava prestes a anoitecer e as meninas foram as últimas a se juntarem ao grupo.— Todo mundo que anda comigo sempre chega por último — reconheceu Valéria.— Sobre o que ele está falando? — sussurrou Pétala para as meninas.— Sobre uma jovem que se perdeu na floresta — respondeu Anne. — Sempre as meninas, um menino não pode se perder também? A mulher é sempre colocada como a disléxica, frágil e indefesa. Que coisa chata! Aposta quanto que é nessa parte que ela se perde.Enquanto o homem contava a historia, nesse exato momento relatou que a jovem de perdeu dos demais colegas a ficar sozinha.— Uau! — exclamou Pétala.— Eu disse, não aguento mais essas histórias clichês, depois ela vai se encontrar com o perigo e o macho salvado
Sem se despedir, Valéria foi levada de madrugada para a Colônia dos Afrimaguns, ela aguardou no salão de reuniões acompanhada pela Ftali.O ambiente foi iluminado a luz de velas gigantes, e toda a fuligem era manda embora por um furo no teto.— Como vai, Valéria? — Ftali decidiu iniciar uma conversa. — Há muitos dias que não nos falamos, não é?— Sim, desde a noite em que os guardas reais acabaram com a nossa festa da conquista.— Acabou sendo uma perda.— Ainda não acabou, estamos aqui e por algum motivo o Universo não quer que sejamos totalmente derrotadas.— E que motivo seria esse?— Há algum tempo eu fui sequestrada por uma Harpia Gigante, era uma Criatura Primeva qual esqueci o nome...— Você foi o quê? — Ftali se impressionou, falou tão alto e nem percebeu.