Haziel me chicoteava com um chicote imaginário, mas que eu sentia que cortava o meu corpo enquanto eu tentava dizer as malditas palavras que ele tanto queria ouvir, mais uma vez ele puxou a mão para trás, e fincou para a frente, eu podia sentir o chicote me cortar como se fosse um monte de laminas, mas era mais doloroso que isso, por que cada vez que ele o fazia uma parte de mim ia junto dele, eu me contorci.
- Eu entrego... A minha al.Ele puxou o chicote para dar a última chicoteada, eu sabia que eu não resistiria, meu corpo estáva em fiapos, e tinha tanto sangue pelo chão que eu sabia bem que não sobreviveria a isso, mas então o chicote não me acertou, de repente foi tão rápido que ele o fincou sobre mim, que eu não entendi o que aconteceu aseguir por que o chicote atingiu algo, algo que se colocou na minha frente, algo com uma luz tão grande que me cegou, eu me arrastei para longe e escondi os olhos, a luz ia ficando cada vez mais clara e mais forte, então percebi queAcordei na casa de madeira onde eu vivia com Helena antigamente, Sophia estáva do meu lado com sua roupa do colégio interno, ela me olhava sorrindo.- Você acordou! – Ela me abraçou com força, eu correspondi, tinha sentido tanta falta dela, ela não tinha ideia do quanto, deixei uma lágrima correr, Sophia...- Você, está aqui...- Claro, você queria morrer e nem mesmo iria em chamar para o enterro que boboca você é.- Morrer?- É, não se lembra? Depois do incêndio na mansão você pegou o carro de Caled e quis se fincar do desfiladeiro, por sorte a gasolina acabouMilagrosamente antes de você completar a façanha...Respirei fundo eu me lembrava disso vagamente, sim eu conseguia me lembrar, eu não estáva sozinha no carro eu estáva com Dan, Deus Dan, eu o tinha curado e depois quase o tinha matado de novo, ele devia estar apavorado comigo, ele sabia bem que se eu caísse do desfiladeiro eu não morreria, mas ele, bom, ele com certeza não sobreviveria, mas eu tinha perd
Para minha mãe Irene cuja força imposta sobre mim me fez escrever esse livro.Para meu pai, cujo sem eu não teria capacidade de criar essa história. Para minhas irmãs que me apoiaram desde o princípio. Obrigada! "Veja! Diante dele toda a segurança é apenas ilusão, pois basta alguém o vês para ficar com medo. Ninguém é tão corajoso para provocá-lo.Quem poderia desafiá-lo Cara a cara?"(Jó 41, 1-3) PRÓLOGO Escutei o barulho do galho que estralou, me assustei, por alguns segundos tive a certeza ver alguma coisa atrás de mim, comecei a andar mais rápido, em direção ao barulho da água, novamente aquela sensação de estar sendo seguida, lembrei do meu sonho e comecei a olhar tudo em volta
Abracei com força a minha boneca de porcelana, ela tinha um rosto tão perfeito e tão meigo que era impossível não a achas linda, mamãe dirigia com atenção ao meu lado enquanto eu acariciava os longos cabelos cacheados e loiros da boneca, “são iguais aos seus. ”. Disse ela que logo voltou a dirigir. Estáva chovendo o vidro borrado e quase impossível de se ver o que acontecia do lado de fora, mas minha mãe continuava atenta, ajeitei o vestido, queria chegar linda na casa de minha tia, minha mãe me olhou sorrindo.Paramos no sinal, olhei aquela luz vermelha, e então o sinal abriu...A luz branca apareceu do nada, de repente senti um soco contra o carro,“Deus! Mamãe o que está acontecendo? ”. Um carro tinha nos atingido em cheio contra a porta ao lado de minha mãe, meu corpo foi lançado contra o vidro que se despedaç
O dia amanheceu calmo, levantei da cama o sol começava a parecer por detrás das arvores e invadia a varanda, caminhei até ela e sem querer lembrei do corvo da noite passada, olhei para trás e vi o porta retratos de minha mãe que eu havia ganhado de minha tia na noite passada, a boneca de porcelana reconstruída estáva deitada sobre a cama, sai do quarto minha tia estáva na cozinha.- Tia Helena?Ela bebia um café forte.-Você acordou...Disse ela sorrindo.-Não durmo até tarde.-É bom queria falar com você antes de sair para o trabalho.-Diga. – Falei me espreguiçando.-Não quero que por hipótese alguma atravesse a ponte.-Ponte?-Fica perto daqui uma ponte feita de pedra, ela tem muito limo e está feita sobre um precipício, não quero que cruze ela, se quiser tirar fotos tire apenas da cachoei
Continuei a segui-la, comecei a escutar o barulho da cachoeira, lembrei-me do dia em que fui perseguida pelo lobo e do dia que conheci Caled, o cara dos olhos amarelos que agora fazia mais parte dos meus sonhos do que eu mesma, aqueles malditos olhos que insistiam em me perseguir, fosse em forma humana ou animal.- Alicia.- O que é?- Você sabe que eu gosto muito de Helena, não sabe?- Bom, acho que sei...- Sabe por quê?Pensei um pouco, não sabia exatamente o que ela pretendia com aquela conversa, mas Sophia falava calmamente, não tão eufórica quanto antes.- Não, acho que você nunca me contou isso.- Minha mãe morreu quando eu era um bebe...Continuei a ouvir acho que ela tinha mais coisas para falar.- Meu pai, caiu em um estado de Depressão, ele começou a trabalhar demais e quase não me via, então eu fui criada pelas empregadas, nunca tive uma vida muito familiar, então Helena foi contratada e começou a frequentar a nossa casa, e bom acho que ela
Comecei a ficar com calor, olhei para os lados todas as janelas estavam abertas, me vi no espelho o suor começava a escorrer pelo meu rosto, estáva muito quente, então olhei para as pessoas ali, eu era a única que estáva com calor, percebi que todos se divertiam dançando, somente eu é que não estáva bem, respirei fundo, me virei para as pessoas minha imagem começava a nublar, sentei em um sofá longo colocando as mãos no joelho, minha cabeça parecia martelar, eu estáva tonta, encostei minhas costas no sofá e fechei os olhos estáva passando, aos poucos eu ia melhorando, mas continuava a suar, mexi meu pulso em um movimento involuntário para olhar que horas eram, a imagem se embaçou novamente, mas consegui ver que os ponteiros marcavam 10:30 da noite, respirei mais uma vez fundo e então me levantei para tentar ir ao banheiro, nessa hora observei no alto da escada a imagem perfeita do rosto daquele que meu coração esperava, mas que minha mente dizia não ser importante, Caled, tinha o ol
Meus olhos se abriram com calma, eles ardiam, era como se eu os tivesse lavado com algo tóxico, eu ainda podia ver as coisas acinzentadas, reconheci o sorriso inconfundível de Helena que pulou sobre o meu corpo doído.- Alicia! – Ela estáva tão feliz que não percebeu meu rosto de desagrado e dor que se formou involuntariamente.- Tia...- Oh desculpe...- Está tudo bem...- É claro que está.Olhei para os lados eu estáva em um quarto branco aquele devia ser um hospital.- O que houve? Onde está a menina?- Sabrine? Você deve se considerara uma heroína, a salvou, ela agora está correndo pelo hospital, não teve nenhum aranhão.Aquela gloria não era minha eu sabia disso, eu me lembrava perfeitamente que havia desmaiado no meio do fogo não era possível que eu a tivesse salvado olhei séria para Helena.- Eu não a salvei, eu desmaiei, como foi que eu vim parar aqui? Quanto tempo faz que eu estou aqui.- Três dias..., mas isso não importa. – Ela parecia não
- Então, parece que é sério...Foi o comentário dela.- Tia, o que você está pensando exatamente?- Não é bastante claro? – Ela começou a rir. - Até nisso você se parece com a sua mãe...- Tia, escuta, não tenho nada com o Caled, somos apenas amigos...- Certo...- É sério, Caled não gosta muito de relacionamentos...- Sujeito estranho... nunca o vi com ninguém, vive se escondendo atrás daquela casa mal-assombrada...- A casa não é mal-assombrada, gosto dela.- É apavorante, escute queria, tudo bem se quiser andar com ele, mas, por favor, se cuide, ele não tem uma boa fama e se você mesmo diz que ele não gosta de relacionamentos, procure não se apaixonar, até por que ele não me parece à pessoa certa para você...- E quem é a pessoa certa para mim tia?- Alguém que seja, fofo... Romântico, Caled é sem dúvidas o homem mais lindo que eu já vi em toda minha vida, mais lindo até que o pai de Sophia, não nego isso, se eu fosse mais nova juro que até tentav