O gelo que queima por dentro pode ser mais fácil de suportar que isso que eu sinto agora, um vazio, é como se eu tivesse perdido o chão, mas não é gostoso como voar, é simplesmente cair no meio de nada e não saber para onde se está indo, um corpo sem alma vagando por dentro de uma casa cheia e ao mesmo tempo vazia, sim cheia era assim que eu estáva a mansão dos Bill, amigos, familiares, todos vieram e todos estavam tão apavorados quanto eu, mas o pior era olhar para Helena, ela estáva tão pálida, completamente sedada, vazia, ela disse aos policiais que Bill tinha saído atrás de gritos, mas ninguém além dele foi encontrado no bosque, as investigações continuavam até por que nunca ouve um ataque de lobos por lá, e não eram os lobos que haviam matado
Bill, e algo me dizia que ele tinha sofrido muito até morrer, olhei os olhos frios da policial que cuidava todos que entravam e saiam de dentro da casa de Sophia,pobre Sophia ela nem ao menos desceu para ver Bill deitado no caixão,Batidas na porta? ..., Mas Caled nunca recebia ninguém, ou melhor, nunca havia ninguém para ele receber, Caled era totalmente antissocial, ninguém o visitava...Corri até a porta de pés descalços, alcancei o trinco da porta e abri com força.Meus olhos encontraram os olhos frios e duros de um homem que devia ter no Máximo uns 40 anos, ele tinha cabelos pretos e olhos tão negros que mais pareciam borrões de tinta, sua pele era branca, ele me olhava com autoridade e desprezo ao mesmo tempo, mas sorriu ironicamente.- Deve ser a Alicia...Se aproximou com um passo, me afastei com pressa e recuei, com medo, engoli seco, ele se virou olhando a casa e entrando a dentro.- Como sabe o meu nome?- E não deveria saber...? – Ele sorriu ironicamente de novo, isso fez com que eu me afastasse ainda mais, depois ele continuou. – Como eu não saberia o nome da namoradinha do
Cheguei a mansão dos Bill e vi então Caled saltando da janela e entrando furioso para dentro do carro, e acelerando, mas que droga para onde esse idiota estáva indo agora, eu precisava impedir ele, ele acelerou seguindo em direção ao desfiladeiro, que porcaria ele tinha em mente, se ao menos eu fosse como Alicia e como Caled que podia ler o pensamento das pessoas com certeza agora eu estaria na mente dele bisbilhotando, tentando ver o que afinal ele tinha ali, montei novamente na moto recolocando o capacete e comecei a seguir ele, se ao menos eu conseguisse acompanhar, mas minha moto não era tão potente quanto oCarro dele, eu precisava tentar, precisava mostrar a ele que eu estáva li, mas ele parecia realmente que não estáva me vendo, tentei emparelhar com ele, mas não consegui ele me deixou para trás fazendo eu comer poeira, mais uma vez, tentei emparelhar, coloquei a mão na buzina ele precisava me ver, ele precisava..., mas não, não tinha jeito, ele não me via, o carro dele de
Haziel me chicoteava com um chicote imaginário, mas que eu sentia que cortava o meu corpo enquanto eu tentava dizer as malditas palavras que ele tanto queria ouvir, mais uma vez ele puxou a mão para trás, e fincou para a frente, eu podia sentir o chicote me cortar como se fosse um monte de laminas, mas era mais doloroso que isso, por que cada vez que ele o fazia uma parte de mim ia junto dele, eu me contorci.- Eu entrego... A minha al.Ele puxou o chicote para dar a última chicoteada, eu sabia que eu não resistiria, meu corpo estáva em fiapos, e tinha tanto sangue pelo chão que eu sabia bem que não sobreviveria a isso, mas então o chicote não me acertou, de repente foi tão rápido que ele o fincou sobre mim, que eu não entendi o que aconteceu aseguir por que o chicote atingiu algo, algo que se colocou na minha frente, algo com uma luz tão grande que me cegou, eu me arrastei para longe e escondi os olhos, a luz ia ficando cada vez mais clara e mais forte, então percebi que
Acordei na casa de madeira onde eu vivia com Helena antigamente, Sophia estáva do meu lado com sua roupa do colégio interno, ela me olhava sorrindo.- Você acordou! – Ela me abraçou com força, eu correspondi, tinha sentido tanta falta dela, ela não tinha ideia do quanto, deixei uma lágrima correr, Sophia...- Você, está aqui...- Claro, você queria morrer e nem mesmo iria em chamar para o enterro que boboca você é.- Morrer?- É, não se lembra? Depois do incêndio na mansão você pegou o carro de Caled e quis se fincar do desfiladeiro, por sorte a gasolina acabouMilagrosamente antes de você completar a façanha...Respirei fundo eu me lembrava disso vagamente, sim eu conseguia me lembrar, eu não estáva sozinha no carro eu estáva com Dan, Deus Dan, eu o tinha curado e depois quase o tinha matado de novo, ele devia estar apavorado comigo, ele sabia bem que se eu caísse do desfiladeiro eu não morreria, mas ele, bom, ele com certeza não sobreviveria, mas eu tinha perd
Para minha mãe Irene cuja força imposta sobre mim me fez escrever esse livro.Para meu pai, cujo sem eu não teria capacidade de criar essa história. Para minhas irmãs que me apoiaram desde o princípio. Obrigada! "Veja! Diante dele toda a segurança é apenas ilusão, pois basta alguém o vês para ficar com medo. Ninguém é tão corajoso para provocá-lo.Quem poderia desafiá-lo Cara a cara?"(Jó 41, 1-3) PRÓLOGO Escutei o barulho do galho que estralou, me assustei, por alguns segundos tive a certeza ver alguma coisa atrás de mim, comecei a andar mais rápido, em direção ao barulho da água, novamente aquela sensação de estar sendo seguida, lembrei do meu sonho e comecei a olhar tudo em volta
Abracei com força a minha boneca de porcelana, ela tinha um rosto tão perfeito e tão meigo que era impossível não a achas linda, mamãe dirigia com atenção ao meu lado enquanto eu acariciava os longos cabelos cacheados e loiros da boneca, “são iguais aos seus. ”. Disse ela que logo voltou a dirigir. Estáva chovendo o vidro borrado e quase impossível de se ver o que acontecia do lado de fora, mas minha mãe continuava atenta, ajeitei o vestido, queria chegar linda na casa de minha tia, minha mãe me olhou sorrindo.Paramos no sinal, olhei aquela luz vermelha, e então o sinal abriu...A luz branca apareceu do nada, de repente senti um soco contra o carro,“Deus! Mamãe o que está acontecendo? ”. Um carro tinha nos atingido em cheio contra a porta ao lado de minha mãe, meu corpo foi lançado contra o vidro que se despedaç
O dia amanheceu calmo, levantei da cama o sol começava a parecer por detrás das arvores e invadia a varanda, caminhei até ela e sem querer lembrei do corvo da noite passada, olhei para trás e vi o porta retratos de minha mãe que eu havia ganhado de minha tia na noite passada, a boneca de porcelana reconstruída estáva deitada sobre a cama, sai do quarto minha tia estáva na cozinha.- Tia Helena?Ela bebia um café forte.-Você acordou...Disse ela sorrindo.-Não durmo até tarde.-É bom queria falar com você antes de sair para o trabalho.-Diga. – Falei me espreguiçando.-Não quero que por hipótese alguma atravesse a ponte.-Ponte?-Fica perto daqui uma ponte feita de pedra, ela tem muito limo e está feita sobre um precipício, não quero que cruze ela, se quiser tirar fotos tire apenas da cachoei
Continuei a segui-la, comecei a escutar o barulho da cachoeira, lembrei-me do dia em que fui perseguida pelo lobo e do dia que conheci Caled, o cara dos olhos amarelos que agora fazia mais parte dos meus sonhos do que eu mesma, aqueles malditos olhos que insistiam em me perseguir, fosse em forma humana ou animal.- Alicia.- O que é?- Você sabe que eu gosto muito de Helena, não sabe?- Bom, acho que sei...- Sabe por quê?Pensei um pouco, não sabia exatamente o que ela pretendia com aquela conversa, mas Sophia falava calmamente, não tão eufórica quanto antes.- Não, acho que você nunca me contou isso.- Minha mãe morreu quando eu era um bebe...Continuei a ouvir acho que ela tinha mais coisas para falar.- Meu pai, caiu em um estado de Depressão, ele começou a trabalhar demais e quase não me via, então eu fui criada pelas empregadas, nunca tive uma vida muito familiar, então Helena foi contratada e começou a frequentar a nossa casa, e bom acho que ela