Na manhã seguinte, meu celular desperta às oito, tocando What makes you're beautiful. Eu o desligo e sento-me na cama espreguiçando-me. Bia está roncando na cama ao lado e, antes que pergunte, sim, a Bia tem a cama dela no meu quarto já que ela praticamente mora aqui.
Eu desço da cama e vou para o banheiro enquanto checo meus afazeres do dia, felizmente não tenho nenhum evento social da MissBeauty, mas ainda tenho que ir ao shopping com Bia e Magnus, pelo menos vou fazer umas compras e talvez comer algo diferente no almoço.
Eu tomo um banho rápido e lavo meus cabelos, depois os seco e passo a chapinha para deixá-los ajeitados. Saio do banheiro vestindo um roupão e vejo Bia acordando com expressão sonolenta.
-Que horas são? -ela pergunta.
-Bom dia pra você também, Bianca. -eu respondo e olho para o relógio. -Nove e quinze.
-Mas já? Droga por que não me acordou antes?
-Como assim? -pergunto. -O despertador tocou às oito e nem é tão tarde assim, só vamos encontrar o Magnus onze e meia.
-Você acha que em duas horas e quinze minha beleza se ajeita no corpo? -Bianca pergunta irritada. - Eu ainda tenho que tirar o óleo de coco do cabelo e lavar, depilar minhas pernas, tirar o buço e a sobrancelha. Não posso sair de qualquer jeito.
- Por que então deixou tudo para hoje de manhã? -pergunto.
- Eu esqueci tá bom. - ela responde em tom desanimado. - Não me arrumo muito para ir pra escola, mas é fim de semana e vamos ao shopping, quero estar pelo menos bonita.
Eu abro um sorriso.
- Você já é bonita, agora vai tomar um banho, te ajudo com o cabelo depois. Tenho certeza que o Magnus não vai ligar de esperar sua beleza se endireitar. Enquanto isso vou descer e ver o que Samantha preparou para o café da manhâ.
- Tá bom, Mari. - Bia sorri. - Você é a melhor amiga no mundo todo.
Ela fecha a porta do banheiro e eu vou ao meu guarda-roupa escolher qual roupa vestir. Abro a parte do armário onde ficam as roupas mais simples e confortáveis, lá fora está sol e a previsão do tempo promete um dia quente então pego um vestido florido de saia mais solta, mas com um tecido mais duro para não voar com o vento, separou uma jaqueta jeans mais simples, para o caso de o ar condicionado do shopping estar muito frio. Então calço minhas sapatilhas da Melissa que ganhei da minha mãe e saio do quarto.
No corredor, antes de descer a escada, escuto a conversa animada, são meus pais conversando. Fico feliz pela presença deles e desço correndo. Meu pai está sentado à mesa com uma xícara de café em uma mão e o jornal na outra, já minha mãe está comendo uma maçã e lendo algo no celular.
- Bom dia filha! - ela olha para mim sorrindo. - Está arrumada, vai sair?
- Vamos ao shopping com o Magnus. -respondo. - E bom dia!
- Bom dia filha! -dessa vez é meu pai que fala. - Cuidado com os holofotes.
- Eu sempre tomo cuidado, pai. O que tem pro café?
-Waffles. -Samantha responde vindo da cozinha com uma bandeja cheia deles.
Eu simplesmente amo waffles no café da manhã, Samantha passa creme de amendoim neles e não tem nada melhor. Só fica melhor quando a família está reunida em casa para conversarmos como se tivéssemos a vida mais normal do universo, só que não é bem assim.
-Nossas redes estão perdendo engajamento. -diz minha mãe. - Não sei mais o que fazer.
- Deixe a concorrência sentir o gostinho do nosso público, depois os pegamos de volta. -meu pai responde.
-Acho isso perigoso. - ela insiste.
-Será que dá pra falarem de negócios mais tarde? - Eu peço. -Estamos todos juntos, vamos aproveitar.
-Tem razão Mari. -concorda meu pai. -O que vão fazer no shopping hoje?
-Compras eu acho. Magnus diz que quer distrair a cabeça e eu tenho certeza que a Bianca vai comprar roupas.
-E você? -minha mãe pergunta.
- Eu não sei. -respondo. - Não estou muito afim de sair, mas são meus amigos.
- Você queria ir ver a final, não é? -meu pai pergunta.
-Todos nós sabemos que sim. -eu abaixo a cabeça.
-Já conversamos sobre isso. -meu pai responde. -Temos que tomar cuidado com as fofocas, você mesma diz que, na sua escola, quem joga esse jogo é excluído, nunca te proibiria de jogar, mas não pode deixar que eles percebam. Ano que vem você poderá ir, comprarei os ingressos assim que forem disponibilizados.
-Obrigada papai.
Eu como meus waffles enquanto converso com meus pais sobre a escola, as provas e a faculdade. Eu ainda não faço ideia de qual curso eu quero fazer e meu pai aproveita para tentar fazer minha cabeça mais uma vez para prestar vestibular para algo como moda ou estética ou algo relacionado a isso. Mas eu gosto de matemática, quero fazer algo que envolva cálculos e muito raciocínio.
A hora passa sem que eu perceba, então Bianca desce a escada furiosa, cumprimenta meus pais e me fuzila com os olhos.
-Cadê a tal ajuda que você ia me dar? São dez e meia.
Eu me rendo e apenas me levanto e volto para o quarto para arrumar o cabelo de Bia. Ela tem o cabelo loiro todo ondulado que eu facilmente desembaraço e seco enquanto ela come um prato de waffles. Depois ela começa a se maquiar, ela sabe muito bem como fazer.
Então, assim que desligo o secador, escuto a voz de Magnus que já está lá embaixo com seu motorista pronto para nós levar.
-Mas você está sem maquiagem! -Bia exclama. - Você é herdeira da MissBeauty, não pode andar de cara lavada!
Então ela grita para que Magnus espere um pouco e começa a me maquiar. Eu detesto maquiagem pesada, mas deixo ela fazer como quiser.
Depois pego minha bolsa, saio do quarto e passo pela cozinha me despedindo dos meus pais. Entro no carro, onde Magnus está nos esperando e partimos para o shopping.
Nós acordamos cedo para assistir à final do CBlol, mas não é bem assim que a coisa acontece, logo que acordamos saímos para ir ao mercado e comprar besteiras para comer durante a tarde, sim saímos os cinco. Vamos até o mercado e pegamos tudo que você puder imaginar para comer, salgadinho, pão de queijo, nugget,s pão de alho, chocolate, biscoitos, refrigerante e algumas latas de energético, acredite ou não, o Samuca diz que tudo isso é necessário para estarmos bem atentos aos detalhes do jogo. Pegamos também pipoca para micro-ondas e algumas balas, tem tantas sacolas que mal dá para carregar.Nós saímos do supermercado e voltamos andando para casa do Samuca, porém, no meio do caminho, um motorista que estava na contramão passa o sinal vermelho, e atinge o Samuca, que voa e desmaia na mesma hora.Nós ficamos muito desesperados. Eu chamo uma
O plano de Magnus é simples, ele não tem o plano. Magnus sempre costuma planejar tudo, porém, nesta manhã, sua cabeça está nas nuvens, ele não para de falar sobro o acidente que viu na rua.-Eu tenho certeza de que era ele! -Exclama ele irritado. -aquele cabelo é inconfundível. Se eu pego o desgraçado que atropelou ele, eu o mato na porrada!-Magnus, o que raios aconteceu? -pergunto sem entender. -Quem foi atropelado?-O Samuel! Você não esta escutando falar?-Tô. -Respondo. -Mas eu não faço menor ideia de quem é Samuel.-Nada de importante. -responde Bianca. -Só a primeira paixonite dele.-Ah tá. O garoto tímido da aula de Educação Físic
No domingo de manhã eu levanto cansado. é dia de ir ao parque com meu primo, mas não tenho a menor vontade. Acontece que eu e meu primo temos nossas diferenças, mas ele gosta de me encontrar aos fins de semana para manter a amizade, ele diz que ajuda a manter as origens.Eu escuto a buzina do carro dele, então ponho a mochila sobre os ombros e saio para a rua onde ele me espera dentro de sua BMW. É, ele é rico, um fato que prefiro esquecer e me concentrar apenas naquilo que nos une.– E aí? – cumprimento entrando no carro.– Beleza? – ele pergunta. – Pronto pra corrida de bike?– Será que dá pra ser sem a bike? – pergunto. – Tô precisando movimentar os músculos.– Claro! – exclama ele. – Aconteceu algo de estranho?– Meu amigo foi atropelado ontem, a coisa foi um pouco feia.– Qual deles? – Meu primo pergunta.– O jungler. – respondo sabendo que ele não ligaria o nome à pessoa. – A gente tinha ido ao mercado, íamos assistir a final do CBLoL na casa dele
No domingo de manhã, eu me levanto bem cedo, pois Magnus irá passar na minha casa para irmos visitar o Samuel. Eu nunca falei com o garoto na minha vida, mas acredito que não seja assim, tão ruim.Coloco uma calça jeans e uma baby look rosa, prendo os cabelos em um rabo de cavalo e passo um pouco do meu perfume favorito. No rosto, um blush para dar cor e um batom mais avermelhado. Coloco um tênis mais esportivo e desço para a cozinha.Samantha está colocando a mesa, sozinha no ambiente e cantarolando uma música alegre.– Bom dia, minha querida! Acordou cedo.– Bom dia Samantha! – respondo. – Vou sair com o Magnus.– Num domingo de manhã? – ela pergunta espantada. – Algo muito grave deve t
O despertador toca às cinco. Eu abro o olho ainda no escuro tentando tatear meu celular. A lembranças do dia anterior ainda todas na mente. Marianne sentada ali, naquele sofá na casa do Samuca, eles rindo e conversando como velhos amigos.Levanto da cama e vou até a janela para sentir um pouco da brisa da manhã que, por algum motivo, cheira a cookies de chocolate. O vento levemente quente indica que a temperatura irá subir, infelizmente.Eu detesto calor, não há uma roupa que seja totalmente fresca e o uniforme do colégio é muito grosso. É claro que muitos alunos não usam, mas eu, como um bom nerd, tenho que usar. Então eu tiro o pijama e vou para debaixo do chuveiro, a água fria para que eu desperte mais rapidamente. Quem dera eu pudesse ficar uma hora ali embaixo.Depois de banhado
Tenho prova na segunda de manhã. Levanto bem disposta e vou para o chuveiro, tomar um banho para acordar. Fico pensando no dia anterior e na fala de Samantha, que ainda ressoa na minha cabeça.Aqueles garotos são muito unidos e jogam como uma equipe há bastante tempo. MTagáK uma vez me contou que jogava com seus amigos do colégio e formavam um time juntos e que ele jogava comigo por diversão, porque eu era uma garota legal.Também me recordo que ele me contou que é apaixonado pela garota popular de seu colégio e ela nem dá bola para ele. E, se ele for, realmente, o Mathieu, há uma grande chance de essa garota ser eu. Ainda mais, se eu levar em conta a forma que ele reagiu quando me viu na casa do Samuel.Saio do banho e visto uma calça jeans, eu raramente uso uniforme, meu pai considera-o
Sinto meu coração parar. De repente, tudo gira fazendo sentido, mas não consigo acreditar.– Isso é uma brincadeira? – pergunto incrédulo. Ela começa a digitar.– Não. Também não consigo acreditar que você é o Math. – Maclaire responde.Meu cérebro está à milhão tentando processar a informação. Ma de Marianne e Claire do Sinclair, como não tinha percebido antes? É tão óbvio. Minhas mãos estão trêmulas e não consigo digitar uma palavra sequer. As mensagens dela continuam chegando.– Você ainda está aí?... Me desculpe, não deveria ter falado assim do nada... É que eu estava tão atordoada com isso. Pensar que você é a pessoa que sabe tudo sobre mim e agora eu descubro que estava do seu lado o tempo todo.
Depois da conversa com Math, eu estou tremendo inteira. Eu admito que já sou afim dele faz um tempo, mas nunca imaginei que eu o via todo dia, o fato de não conhecê-lo pessoalmente, talvez fosse o que eu gostava mais.Você deve estar pensando então, porque eu quis abrir o jogo. A dúvida tava me matando e pensei pelo lado dele também. Nós conversamos todos os dias, pensei que fosse melhor ele saber com quem estava conversando.Samara desceu comigo para servir o almoço, ela tinha feito carne de panela. Meu estômago ronca em aprovação, estou com fome. Ela me serve um prato com arroz, feijão, carne e pimentão. Seus olhos exibem um sorriso inocente, como de quem está achando tudo muito fofinho.– Eu te falei, não foi? – Ela pergunta rindo. – Já está na hora da senhorita arrumar um namorado.