Alisson Parker
Os raios solares adentravam pela janela por causa das cortinas abertas, olhando para o criado mudo ela vê que já são dez horas da manhã, sorri ao lembrar o motivo por ter acordado tarde.
— Scott acorde, estou indo para casa — o namorado dorme profundamente e só se ouve os seus pequenos resmungos como resposta.
Levantando-se nua e com uma intensa vontade de ir ao banheiro, ela pega uma muda de roupa que sempre deixa extra na bolsa e vai tomar um banho para tentar se aliviar.
O banheiro tem vários tons de cinza, com duas pias: uma ela usa e a outra ele. Além de uma banheira enorme com um chuveiro do lado, opta por ele.
Depois de tomar um banho frio para despertar, ela coloca um vestido florido que bate na altura dos joelhos e prende seu cabelo castanho em um rabo de cavalo alto. Saindo do banheiro o vê na mesma posição: deitado de bruços.
A casa dele ficava uns quarenta minutos da dela, de carro. Então chamar um táxi seria o meio mais eficiente.
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Ela dedica a tarde daquela quinta feira para dar uma faxina na casa. Morava sozinha desde os dezoito anos e foi a melhor decisão, por mais que ela ame sua família, gostava ainda mais de ter o seu próprio canto.
Com seus 25 anos, totalmente independente e com seu próprio negócio sente-se realizada.
De banho tomado e a casa devidamente arrumada, ela senta no sofá de couro da sala com sua gata Diane em seus pés.
— Minha princesinha — ela ri da própria voz infantil que faz e ganha um miado de volta — De fato, sou um pouco louca!
O tédio se instala e tudo que ela faz é pegar as chaves e sair. Já era noite e a cidade acordará com os mais jovens de idade.
Ela se sentia satisfeita, sua loja estava bem, a família mesmo estando em outra cidade continuava participativa em sua vida e seu namoro não poderia estar mais perfeito e então, ela só não entendia o porquê que, às vezes, como estava ocorrendo no momento, se sentia sozinha.
Sentada dessa vez na calçada da prainha, ela não tem mais aquele semblante alegre do dia anterior com o Scott.
Mais à frente um casal trocava carícias de forma apaixonada, um jovem caminha com seu cachorro na areia e assim o tempo vai passando.
Será que era apenas isso? — Pensava consigo mesma.
— Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então — as palavras saem como vento por sua boca, o que a surpreende, não pela espontaneidade, mas sim do que acabou de falar.
Será que ela sabia quem realmente era?
Um barulho de moto, um tanto desconhecida para ela, surge tirando-a dos seus devaneios, assustada ela olha para trás e vê uma fileira de motos passando. Pôde contabilizar umas seis, e estavam relativamente perto dela.
Mas o que chamou mais a sua atenção foi somente o estilo deles, todos de jeans e jaquetas de couro, lembravam aqueles bad boys motoqueiros de filmes.
— Com licença — Levando um pequeno susto, ela não nota que um deles parou ao seu lado. Sua voz era baixa, mas suave de se ouvir, ao olha-lo talvez não tenha conseguido esconder a surpresa na sua expressão, pois o mesmo dá um leve sorriso.
Seus cabelos castanhos com loiro estavam soltos na altura dos ombros, possuía uma pequena barba, suas sobrancelhas continham um risco singelo, mas que chama a atenção realmente, eram os olhos castanhos e seus dentes tão brancos que davam inveja.
Sentado na moto com uma camisa preta escrita Nirvana junto de uma jaqueta igualmente daquela cor, ele surpreende com o seu grande porte.
— Você poderia me ajudar? — Ele pergunta e uma moto buzina à frente, não identifico quem é, pois ainda está de capacete, mas ele era enorme.
— O que deseja? — Alisson pergunta. O olhar dele percorre o seu corpo e o seu sorriso se alarga. Quando percebe o duplo sentido, podia sentir suas bochechas esquentando.
— Sabe onde fica o Hotel Sonserina? — Ele pergunta sem fazer qualquer piada, e no fundo, ela agradecia por isso.
— Siga em frente, na quarta rua a direita você vira e irá encontra-lo. Não tem erro. — Outra vez o cara buzina de forma insistente.
— Já vou, porra! — Ele grita para o homem — Obrigado querida, a propósito, meu nome é Vincent.
Sem esperar por uma resposta ele liga a moto e se vai junto dos outros.
Será que agora a cidade terá diversões? — Pensava enquanto encarava o homem se afastar.
Logo que pensa isso ela repreende os próprios pensamentos, e encerra mais um dia, diria ela que interessante.
Airon Bonucci— Pare!Assustado ele abre os olhos ao mesmo tempo que escuta um estrondo de algo se partindo no chão. Levantando ele corre até a porta do seu quarto.— Não faça isso!A voz grossa do seu pai se sobressai.Devagar ele desce as escadas, chegando na sala a cena o paralisa: seu pai está de joelhos no chão ensanguentado.— Pa...— Shiu, Airon — as mãos macias da mãe surgem tapando a sua boca por trás — me ouça filho, eu preciso que você pegue a sua irmã e fuja para aquele lugar que sempre lhe falamos.— Mãe, o que?— Eu te amo meu pequeno valente, mas você precisa ir até a sua irmã, agora!Correndo ele obedece a mãe, subindo novamente as escadas e encontrando a irmã no meio do corredor com seu travesseirinho, que ela nunca larga.— Lon.<
Alisson ParkerO bom de ter o seu próprio negócio é que você, às vezes, pode tirar um tempo apenas para si. Foi o que a Alisson fez nesta sexta feira, depois do almoço ela foi andar pelo calçadão.Apesar do clima agradável não tinha tantas pessoas na rua, apenas alguns jovens na prainha.Sentindo o celular vibrar no bolso, logo vê o nome do seu namorado na tela— Scott.— Oi, minha flor— Está tudo bem? &
Airon BonucciAiron não estava surpreso de encontrar o amigo com uma mulher, diga-se de passagem, que ela é muito linda, mas ele não estava ali para isso.Precisava agir e não perder tempo.— Alisson este é o Airon — Ela por uns segundos parecia fora de área quando o viu, o que ele achou engraçado.— Alisson — Ele pronuncia o nome dela lentamente, como se estivesse saboreando uma boa refeição.Ele sabe o efeito que causa nas pessoas e ela parece uma gatinha acuada
Airon BonucciAssim que saem com as motos, pilotam direto para o hotel Sonserina. Ao subir para o quarto principal se deparam com os seus homens reunidos; o total de vinte homens.— Descobriram algo? — Airon pergunta entrando e indo até a mesa com bebidas, servindo-se com um pouco de whisky.— Senhor, as notícias não são boas — Marcos, um homem robusto de quarenta e três anos, chefe dos seguranças, informa — Descobrimos que foram os Miller que mandaram matar a sua família senhor, e de um jeito inexplicável somente está vivo o Adam. E Adam não bota a cara na empresa, na verdade
Alisson ParkerNormalmente Alisson leria um livro, deitada em sua cama e dormiria, mas, naquela noite ela não conseguia tirar o calor do seu corpo ao lembrar daqueles olhos cobertos por algo que ela não soube decifrar.A campainha toca às nove horas e ela logo se arrepende dos pensamentos anteriores quando abre a porta.— Scott, não me avisou que viria — ela sorri para o namorado que entra sem dizer nada.Está de terno, o cabelo castanho com loiro soltos, a gravata frouxa e um semblante fechado. Com certeza o estresse do trabalho, ela pensará.— Quantas vezes, Alisson? — A voz dele sai baixa.— O que? — Alisson
Alisson ParkerAlisson não aceitou a carona do Vincent; os dois estavam de moto. E foi em seu carro guiando para o bar.❦Como ela imaginava, o bar estava um pouco cheio, mas conseguiram uma mesa em um canto que tinha a visão de tudo. Ela senta de frente para o Airon e do lado do Vincent que não demorou muito para sair dizendo olhar o ambiente, deixando os dois sozinhos.Um garçom chega pegando os pedidos deles e logo sai.— Você não é de conversar? — Airon está sentado com uma p
Airon BonucciO vento frio sopra fazendo os cabelos da Alisson balançar; o mesmo aroma adocicado. Airon estava um pouco atrás tendo a visão de seu corpo, ela é linda, mas o melhor ele pode conhecer essa noite: sua personalidade.Airon tinha consciência do que os outros falavam dele: arrogante, prepotente, sem coração alguns ainda o chamam de Diabo. Ele não faz esforço para desmentir ninguém, sabe que é ‘’cruel’’ com quem merece e também sabe apreciar uma boa companhia.— Não precisa me acompanhar — a voz suave o tira dos pensamentos.— Eu sei..., mas irei — ela revira seus olhos, uma mania que ele percebeu e acha divertido. Alisson Parker— Querida, você deve nos visitar...A voz calma e serena da mãe a despertara no domingo. Era certo, toda manhã dominical dona Rachel, a mãe, telefonava para cobrar uma visita da filha.— Mãe, como a senhora está? Eu estou bem também viu — Alisson com um tom irônico, mas amigável responde a chamada, e um suspiro é ouvido do outro lado da linha.— Minha lindinha, sabe que a mamãe só está com saudades... já tem uma semana que eu não vejo a minha filhinha — se a Alisson fechasse os olhos poderia claramente visualizar, um biquinho e os olhos fechados da mãe, a rainha dos dramas.—Capítulo onze