Airon Bonucci
— Pare!
Assustado ele abre os olhos ao mesmo tempo que escuta um estrondo de algo se partindo no chão. Levantando ele corre até a porta do seu quarto.
— Não faça isso!
A voz grossa do seu pai se sobressai.
Devagar ele desce as escadas, chegando na sala a cena o paralisa: seu pai está de joelhos no chão ensanguentado.
— Pa...
— Shiu, Airon — as mãos macias da mãe surgem tapando a sua boca por trás — me ouça filho, eu preciso que você pegue a sua irmã e fuja para aquele lugar que sempre lhe falamos.
— Mãe, o que?
— Eu te amo meu pequeno valente, mas você precisa ir até a sua irmã, agora!
Correndo ele obedece a mãe, subindo novamente as escadas e encontrando a irmã no meio do corredor com seu travesseirinho, que ela nunca larga.
— Lon.
Com os seus quatro anos, a pequena Melissa não sabia pronunciar inteiramente o seu nome, o que ele achava extremamente fofo.
— Mel vamos passear, ok?
Ele agacha para ficar na sua altura, mas um grito da sua mãe os assusta e a pequena corre escada abaixo não dando tempo dele segurá-la.
— Mamãe, papai!
Sua irmã grita. Seus pais estão no chão e tem dois homens com armas apontadas para eles.
— Salve a sua irmã — a mãe grita no momento em que um dos caras atira bem na cabeça do marido.
— Airon!
Aos poucos a sua visão se abre e ele percebe que foi só uma lembrança.
— Cara, você está tendo pesadelos de novo?
Ele percebe que acabou cochilando no sofá.
— Está me ouvindo, Airon?
— Não sabia que eu tinha a droga de uma babá.
Seu amigo estava certo, os pesadelos estão cada vez mais frequentes.
— Sabe o que você está precisando? — Sem esperar uma resposta ele continua, fazendo uma dancinha ridícula: — precisa de uma dose do gostosão aqui.
— Vai para porra, Vicent!
— Agora sim o Airon está de volta.
Sorrindo ele vai tomar um banho.
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— Descobriu mais alguma coisa?
Os dois estão sentados na varanda do hotel conversando.
— Cara, os Miller são bastante influentes aqui — a fala de Vincent não o surpreendeu, claro que eles seriam pessoas importantes.
— Guimarães não é uma cidade tão grande.
Eu encontrarei vocês, filhos da puta!
— Sabe o lado bom?
Com um levantar de sobrancelhas ele espera o seu amigo continuar, sabendo que com certeza falará de mulher.
— Tem cada mulher bonita, que meu estoque de camisinhas não irá aguentar.
Dito e feito. Ele não o julgava, Vincent passou por muitas coisas e depois que ficou viúvo. Agora encontra paz assim, entrando e saindo de bucetas. Nenhuma outra mulher fez seu amigo se render novamente.
— Está afim de achar umas boates por aqui?
— Não. Tenho que resolver umas coisas.
— Beleza mano — dando um tapa nas costas, Vincent sai.
Ele não tinha nada para resolver no momento, mas sua cabeça estava explodindo. Indo até a mesinha de canto, ele pega um whisky e toma um copo cheio.
"Lon..."
Ele escuta a voz da sua pequena.
— Eu irei te matar Adam e acabarei com cada gota de sangue que sobrar da sua família de merda!
Alisson ParkerO bom de ter o seu próprio negócio é que você, às vezes, pode tirar um tempo apenas para si. Foi o que a Alisson fez nesta sexta feira, depois do almoço ela foi andar pelo calçadão.Apesar do clima agradável não tinha tantas pessoas na rua, apenas alguns jovens na prainha.Sentindo o celular vibrar no bolso, logo vê o nome do seu namorado na tela— Scott.— Oi, minha flor— Está tudo bem? &
Airon BonucciAiron não estava surpreso de encontrar o amigo com uma mulher, diga-se de passagem, que ela é muito linda, mas ele não estava ali para isso.Precisava agir e não perder tempo.— Alisson este é o Airon — Ela por uns segundos parecia fora de área quando o viu, o que ele achou engraçado.— Alisson — Ele pronuncia o nome dela lentamente, como se estivesse saboreando uma boa refeição.Ele sabe o efeito que causa nas pessoas e ela parece uma gatinha acuada
Airon BonucciAssim que saem com as motos, pilotam direto para o hotel Sonserina. Ao subir para o quarto principal se deparam com os seus homens reunidos; o total de vinte homens.— Descobriram algo? — Airon pergunta entrando e indo até a mesa com bebidas, servindo-se com um pouco de whisky.— Senhor, as notícias não são boas — Marcos, um homem robusto de quarenta e três anos, chefe dos seguranças, informa — Descobrimos que foram os Miller que mandaram matar a sua família senhor, e de um jeito inexplicável somente está vivo o Adam. E Adam não bota a cara na empresa, na verdade
Alisson ParkerNormalmente Alisson leria um livro, deitada em sua cama e dormiria, mas, naquela noite ela não conseguia tirar o calor do seu corpo ao lembrar daqueles olhos cobertos por algo que ela não soube decifrar.A campainha toca às nove horas e ela logo se arrepende dos pensamentos anteriores quando abre a porta.— Scott, não me avisou que viria — ela sorri para o namorado que entra sem dizer nada.Está de terno, o cabelo castanho com loiro soltos, a gravata frouxa e um semblante fechado. Com certeza o estresse do trabalho, ela pensará.— Quantas vezes, Alisson? — A voz dele sai baixa.— O que? — Alisson
Alisson ParkerAlisson não aceitou a carona do Vincent; os dois estavam de moto. E foi em seu carro guiando para o bar.❦Como ela imaginava, o bar estava um pouco cheio, mas conseguiram uma mesa em um canto que tinha a visão de tudo. Ela senta de frente para o Airon e do lado do Vincent que não demorou muito para sair dizendo olhar o ambiente, deixando os dois sozinhos.Um garçom chega pegando os pedidos deles e logo sai.— Você não é de conversar? — Airon está sentado com uma p
Airon BonucciO vento frio sopra fazendo os cabelos da Alisson balançar; o mesmo aroma adocicado. Airon estava um pouco atrás tendo a visão de seu corpo, ela é linda, mas o melhor ele pode conhecer essa noite: sua personalidade.Airon tinha consciência do que os outros falavam dele: arrogante, prepotente, sem coração alguns ainda o chamam de Diabo. Ele não faz esforço para desmentir ninguém, sabe que é ‘’cruel’’ com quem merece e também sabe apreciar uma boa companhia.— Não precisa me acompanhar — a voz suave o tira dos pensamentos.— Eu sei..., mas irei — ela revira seus olhos, uma mania que ele percebeu e acha divertido. Alisson Parker— Querida, você deve nos visitar...A voz calma e serena da mãe a despertara no domingo. Era certo, toda manhã dominical dona Rachel, a mãe, telefonava para cobrar uma visita da filha.— Mãe, como a senhora está? Eu estou bem também viu — Alisson com um tom irônico, mas amigável responde a chamada, e um suspiro é ouvido do outro lado da linha.— Minha lindinha, sabe que a mamãe só está com saudades... já tem uma semana que eu não vejo a minha filhinha — se a Alisson fechasse os olhos poderia claramente visualizar, um biquinho e os olhos fechados da mãe, a rainha dos dramas.—Capítulo onze
Airon BonucciO ar naquela manhã estava denso; um frio se instalara na cidade de Guimarães, dando um contraste com a primavera.Como um sinal, o tempo colabora com o humor de Airon e o seu semblante astuto mostrava os indícios de seus sentimentos com as novas descobertas. Com certeza ele não esperava que Vincent estivesse às sete horas da manhã esperando para o levar ao galpão arranjado por Marcos.Como um predador ele observa os papéis em sua frente que destacavam o nome: Império Miller.— O filho da puta está ferrado — Vincent se pronuncia ao ler as informações coletadas pelo membro infiltrado na empresa.— Senhor Bonucci — J