Alisson Parker
Normalmente Alisson leria um livro, deitada em sua cama e dormiria, mas, naquela noite ela não conseguia tirar o calor do seu corpo ao lembrar daqueles olhos cobertos por algo que ela não soube decifrar.
A campainha toca às nove horas e ela logo se arrepende dos pensamentos anteriores quando abre a porta.
— Scott, não me avisou que viria — ela sorri para o namorado que entra sem dizer nada.
Está de terno, o cabelo castanho com loiro soltos, a gravata frouxa e um semblante fechado. Com certeza o estresse do trabalho, ela pensará.
— Quantas vezes, Alisson? — A voz dele sai baixa.
— O que? — Alisson
Alisson ParkerAlisson não aceitou a carona do Vincent; os dois estavam de moto. E foi em seu carro guiando para o bar.❦Como ela imaginava, o bar estava um pouco cheio, mas conseguiram uma mesa em um canto que tinha a visão de tudo. Ela senta de frente para o Airon e do lado do Vincent que não demorou muito para sair dizendo olhar o ambiente, deixando os dois sozinhos.Um garçom chega pegando os pedidos deles e logo sai.— Você não é de conversar? — Airon está sentado com uma p
Airon BonucciO vento frio sopra fazendo os cabelos da Alisson balançar; o mesmo aroma adocicado. Airon estava um pouco atrás tendo a visão de seu corpo, ela é linda, mas o melhor ele pode conhecer essa noite: sua personalidade.Airon tinha consciência do que os outros falavam dele: arrogante, prepotente, sem coração alguns ainda o chamam de Diabo. Ele não faz esforço para desmentir ninguém, sabe que é ‘’cruel’’ com quem merece e também sabe apreciar uma boa companhia.— Não precisa me acompanhar — a voz suave o tira dos pensamentos.— Eu sei..., mas irei — ela revira seus olhos, uma mania que ele percebeu e acha divertido. Alisson Parker— Querida, você deve nos visitar...A voz calma e serena da mãe a despertara no domingo. Era certo, toda manhã dominical dona Rachel, a mãe, telefonava para cobrar uma visita da filha.— Mãe, como a senhora está? Eu estou bem também viu — Alisson com um tom irônico, mas amigável responde a chamada, e um suspiro é ouvido do outro lado da linha.— Minha lindinha, sabe que a mamãe só está com saudades... já tem uma semana que eu não vejo a minha filhinha — se a Alisson fechasse os olhos poderia claramente visualizar, um biquinho e os olhos fechados da mãe, a rainha dos dramas.—Capítulo onze
Airon BonucciO ar naquela manhã estava denso; um frio se instalara na cidade de Guimarães, dando um contraste com a primavera.Como um sinal, o tempo colabora com o humor de Airon e o seu semblante astuto mostrava os indícios de seus sentimentos com as novas descobertas. Com certeza ele não esperava que Vincent estivesse às sete horas da manhã esperando para o levar ao galpão arranjado por Marcos.Como um predador ele observa os papéis em sua frente que destacavam o nome: Império Miller.— O filho da puta está ferrado — Vincent se pronuncia ao ler as informações coletadas pelo membro infiltrado na empresa.— Senhor Bonucci — J
Alisson ParkerA manhã de segunda-feira começa pelo dito popular: com o pé esquerdo. Antes das sete horas Alisson já estava de pé, alimentando a sua gata Diane e preparando um chá.A mente da Parker está agitada, bebendo o chá ela começa a se questionar o porquê da sensação estranha, como se algo de ruim quisesse entrar em seu dia. Ela nunca foi uma mulher supersticiosa, mas naquela manhã temeu pelas aflições de alguma forma serem algum sinal.Saindo pelas ruas da cidade, apertando seu casaquinho rosa mais ao corpo em busca de um calor, Alisson estranha pela primeira vez a calmaria, como se tudo cooperasse. Assim que chega no trabalho, não encontra como de costume a dona Vera. Airon BonucciUma vez ele lera que o afastamento de uma pessoa, seja ele mais ou menos prolongado, dos seus métodos de pensar levava o significado de loucura. Airon questionava ao analisar a ruiva em sua frente, que de fato ele tinha algum distúrbio.— Como falam, a vingança nunca é plena... — Vincent entra na frente da garota rindo e cantando a citação da qual ele não lembrava de onde era.— Vincent, eu não sei como você ainda tenta — a ruiva cruza as suas pernas ao falar.— Eu, tentar o que... te conquistar? Hm, sabe que você não aguenta o meu charme — o amigo brinca, mas Airon sabe que se ela realmente aceitasse, ele não negaria. Alisson ParkerNa calada da noite a campainha toca, enquanto, com os olhos ainda avermelhados pelas lágrimas, um conjunto de moletom aconchegante, juntamente com cobertas em volta do corpo, Alisson assistia a uma série qualquer.Com um suspiro, ela pragueja quem estaria lhe chamando àquela hora, pausa sua série de forma preguiçosa e se levanta, já imaginando que se fosse o ex namorado, com prazer ela tacaria um vaso de flores na cabeça dele.Ainda resmungando ela vai atender a porta sem incomodar em se arrumar, afinal, estava em sua casa então era um direito seu, pensava.A surpresa é nítida ao constatar quem estava ali. Praguejou duas vezes ao se dar conta que senão fosse pelo pensamento tãCapítulo Quatorze
Capítulo quinze
Alisson Parker.— Por que você está aqui, Airon?Ele desviou os olhos dos dela, mas retornou como se esperasse a pergunta.— Eu precisava de você.A sua confissão apenas a confunde, mesmo que ele a abale de forma inevitável, Alisson não poderia esperar algo assim vindo dele. Nem mesmo se ele aparecesse na sua casa tão tarde.— Airon...— Eu não estou te pedindo em casamento, Vênus.Os dois ficam em um silêncio confortável, até ele voltar a falar:— Você n&atild