A Soluthur do século XIX tinha seus encantos. Os passeios ao ar livre, os encontros com amigos e familiares. Eu havia sido convidada para um piquenique com Giocondo; para a sociedade, seria o prenúncio de um pedido de noivado oficial. Fiquei muito feliz! Meus pais estavam presentes um pouco mais afastados nos observando. Cheguei ao parque com um modelo de Mademosaile Chateou em rosa chá, usava um chapéu com fitas que prendiam delicadamente embaixo do meu queixo. Eu estava radiante! juntamente com a minha mãe, preparei a toalha com as delícias preparadas para aquele momento: frutas, bolos, pães, sucos naturais... Giocondo se aproxima e cumprimenta papai que está mais distante. Eles conversam por um tempo enquanto mamãe se levanta para cumprimentá-lo; ele beija a mão de mamãe e vem ao meu encontro. Os outros jovens, embora amigos, não se aproximavam a menos que fossem chamados. Giocondo se aproxima. —Bom dia, senhorita Isabelle. Posso arriscar dizer que a sua beleza não compete com
Século XX, 1990Chloé e Amelie chegam a Mansão. Elas estão cansadas, mas felizes com a viagem até o pé da montanha. Pelo menos haviam trazido informações sobre o passado de Isabellle e Giocondo; o vestido era a peça mais cobiçada . Amelie vai até a cozinha para preparar um lanche, em breve você voltaria para sua casa.-Chloé, quando vamos descer ao porão? Temos de nos certificar de que não há caixas faltando.-Ok, em dois dias, quando você voltar, traga sua prima para cuidar das tarefas e nós duas desceremos ao porão.- Claro, ela já está ciente que ela virá comigo esta semana. Vamos come, estou faminta!- diz Amelie.-Hum, essa torta de cogumelos parece apetitosa, você havia congelado? -Sim, eu deixei outros pratos rápidos que no freezer para quando tiver fome à noite. É só esquentar no microondas.-Não sei o que eu faria sem você, Amelie! Sempre fui uma mulher independente,trabalhava muito e pouco ficava em casa. Não sei cozinhar. Não tenho intenção de me casar. Mas se eu pensar nis
Soluthurn, século XIX Com a morte da mãe do Giocondo, seu pai fica desanimado e deixa a presidência. Muito antes dessa trágica perda para a família com a morte de sua esposa, o Sr. Derik percebeu que o negócio não estavam indo bem. Embora eles tenham uma equipe de funcionários muito boa na produção de charutos, e também seu tesoureiro que está com eles já alguns anos; não é um homem muito falante, mas faz seu papel. Porém, a mais ou menos um ano, o tesoureiro Heringuer começou a fazer ajustes na compra de material e fez demissões sem informar o presidente e seu filho Giocondo. Foi convocado para uma reunião na fábrica e muito cinicamente argumentou que foram feitos gastos desnecessários. Houve desperdício de materiais. A diretoria decidiu que ele seria responsável, além das finanças, pela manutenção. Isso significaria que Giocondo não precisaria mais viajar em busca de recursos externos e comprar folhas de tabaco. Mas, em vista da prostração de seu pai, ele decide em uma nova reunião
Século XIXNa Catedral-Giocondo, por que o padre nos chamou aqui, não vamos nos casar tão cedo?! - Pergunta Isabelle.-Não faço ideia meu amor, talvez ele queira que antecipemos a data.-Pode ser, -ela dá de ombros. —Sabe, sempre fico muito impressionada com esta arquitetura; veja, tudo aqui faz referência ao número 11. Muito interessante!-Sim, a beleza desta catedral é de tirar o fôlego. Vamos nos casar aqui, será um grande evento!O padre limpa a garganta para indicar que está se aproximando.Desculpe-me, padre, estávamos tão encantados com o nave da Catedral que não notamos sua presença. -Isabelle fala.-Por favor, venha comigo até o salão principal. Não quero que nos ouça.- após se acomodarem num banco, o padre começa:—Vou direto ao ponto. Por que vocês não se casam logo? Eu não tenho boas notícias!-Mas o que aconteceu?- Isabelle se espanta.-Meus queridos. Não sei o que aconteceu com vocês. Mas recebi um confessionário, dizendo que os viu sozinhos em algumas ocasiões. Incluin
Soluthur, ano 1990Na Mansão Chloé estava determinada encontrar a tão misteriosa chave que abriria a caixa; lá, poderia conter informações sobre os Ruschels.Chloé começava acreditar que a voz que ouvia claramente não era fruto de sua imaginação, havia pistas reais. Ela descobriu que o nome Isabellle realmente existiu; que ela havia escutado antes mesmo de chegar a Soluthur através da voz do Giocondo. Chegara imaginar que pudera ter sido uma espécie de biografia psicológica, na qual havia lido em alguma parte e guardado no subconsciente, era tudo pertubador. Não se lembrava de ter ouvido falar das histórias do Cantão de Soluthurn, mas tinha sonhos recorrentes com o número 11.O próximo passo seria perguntar aos Meyes sobre sua espiritualidade. Chloé passou a manhã sozinha, enquanto Amelie estava na cozinha com sua prima nas tarefas domésticas. Então, ela decidiu procurar a chave na biblioteca; havia estado lá algumas vezes, mas não procurando por um objeto tão pequeno. Chloé subiu as
Após ter vivenciado emoções tão fortes ao ter visto as lembranças na caixa no dia anterior, Chloé desperta. Passava das 9:00h, havia dormido bastante, mas sentia seu corpo ainda pesado. Ela então decidi ir ao centro de pesquisa da mente, pedir orientação a Emma e Frederick, os diretores do centro. Duas horas depois... -Bem-vinda, Chloe! Você nos devia essa visita- disse Emma. -Sim. É verdade. Estou sempre dizendo que apareço e acabo desaparecendo- risos—mas finalmente aqui estou. - Então... O que você tem feito de bom?- Pergunta o Sr. Frederick. -Na verdade, tenho pesquisado os Ruschels e outros membros da sociedade daquela época. Ao menos, ouvi muitas histórias sobre eles de uma senhora de mais de noventa anos, chama-se Ezra, vive na zona montanhês. Por sinal, ela me deu o vestido usado no baile por Isabellle. -Maravilhoso, Chloé! Ele pertence a você agora, cuide bem dele. Gostaria muito de vê-lo quando puder. - disse Emma. -Claro! Você verá como é lindo em riqueza de detalhes
Século XX, 1990 Centro de pesquisa da menteEu estava ansiosa para chegar ao Centro de Pesquisa da Mente que os Meyer presidiam. Emma havia me instruído a não invocar o nome de Giocondo. Sem dúvida, ele me acompanharia aonde quer que eu fosse. Enquanto estivesse lá, seu espírito ouviria a palestra. Se assim fosse, eu começaria a entender que não poderia estar mais exercendo seu controle. Ele não estava mais nesse plano, precisava seguir seu caminho deixando esta mansão e minha vida. Por mais que fosse um bom fantasma, não podia continuar me vigiando;isso tinha que acabar! Se realmente fui sua Isabellle em outra época, não me sinto igual agora e tão pouco me recordo. Cheguei ao Centro na hora certa. Amelie estava me esperando na sala de passe, um lugar onde recebíamos uma espécie de vibração das mãos dos trabalhadores do Centro sob a tutela de algum guia protetor; não sabia explicar ainda se seria algum tipo de energia. Amelie estava ajudando a encher pequenos copos com água miner
Século XX, ano de 1990Chloé Era tarde quando cheguei à Mansão. Estava sozinha, mas tive uma estranha sensação de que Giocondo havia me acompanhando, mas por algum motivo, não queria mostrar sua presença como antes. Algo louco aconteceu comigo; senti um certo medo de que ele fosse embora e nunca mais quisesse estar comigo. Tipo: síndrome de Estocolmo do além. Eu não deveria estar pensando assim ao sair de uma palestra tão elucidativa. Portanto, quanto mais ele desaparecesse seria bom para mim. Mas por outro lado me sentia egoísta. Ele precisava de minha ajuda para descobrir quem o havia assassinado. Devia sentir-se preso nessa Mansão sem entender nada, e sem contar que por mais de 100 anos ficou vagando sozinho.Meu coração se enchia de piedade. Meus pensamentos começaram a culpar-me com indagações:Será que a palestra o tiraria daqui para sempre? Eu gostaria de ter a chance de expressar minha dúvida sobre tudo isso."Chloé estava visivelmente triste, Giocondo a observava. Então,subiu