- Princesa, achei que já tivesse desistido - ele se dirigiu para Sarilyan.
- Não desistirei nunca! - ela respondeu.- Imagino que você seja Morpheu - Krakor se dirigiu ao atirador.- Krakor? - Por trás de Morpheu surgiu Hypnos, como se fosse uma sombra dele. - Conheço sua lenda. Você foi o único elfo a alcançar o nível 6. Nunca voltou para salvar seu povo, mesmo com teletransporte.- Tínhamos um código, a inteligência artificial poderia atravessar um portal e se espalhar pelo universo. Além do mais nunca considerei os elfos de Nordok como meu povo. Mesquinhos, egocêntricos, sempre me perguntei se não mereciam o destino que tiveram. Também ouvi falar de você, Hypnos - Krakor não continha as palavras.- Vocês foram muito inocentes em achar que eu não podia ser mais poderoso que a inteligência artificial. Nunca precisei dNão houve tempo de resposta. O vírus foi efetivo e não deu chance para que nenhum outro tomasse a atitude antes dele. Todos os contaminados, fosse com o vírus que recebia energia, fosse com sua versão que fornecia, entraram em colapso e se multiplicaram até causarem a morte de seu hospedeiro.Apesar de alguns, mais fortes tentarem disputar, Adwig entrou numa briga mental e foi mais poderosa, junto com o seu vírus, mais do que qualquer outro.- Agora, você percebeu que não precisa invadir nenhum outro organismo, você só precisa estar comigo. Eu garanto que se eu imaginar que possa haver uma outra estrutura com mais chances de permanecer viva mais do que eu, permitirei que você vá. - Era muito estranho o fato dela se comunicar com um vírus, mas isso foi suficiente para vencer o libertar todos os elfos e todos os seres que ainda estavam sob o controle deles. Adwig abriu
Ele disparou um raio contra a espada e gritou:- Que todas as armas se unam em sua forma original.Todas elas, então, saíram de seus detentores e foram puxadas na direção da espada, carregada por Adwig.Gabriel já terminava de sugar todos os anjos e o restante que sobrou de seu exército, apenas escravos, foram facilmente anulados.Ele abriu os olhos e Adwig começou a perder a velocidade de seus movimentos.Todos atiraram algum tipo de golpe contra Gabriel, mas nada sequer chegou perto. Quando ele levanta a mão para disparar um golpe contra ela, Athos abre um portal sai do lado dele e usa todo seu poder para neutralizar seu braço. Ele tenta usar o outro braço mas Elaryan faz o mesmo, segurando-o também.Ele causa uma explosão, arremessando os dois para longe. Nesse momento, Carl corre em ultra velocidade e se joga na frente da espada. Ele entrega sua vida para
Passos apressados. Isso além de ser incomum ali, significava um mal presságio. Era uma caverna, cuja entrada parecia um calabouço na parte mais sombria de um bosque desabitado. Sem flores, sem frutos, repleto de uma vegetação traiçoeira, espinhosa, gosmenta, venenosa. Uma surpresa fazer parte de um território elfo, que normalmente era o oposto disso. Mas ao aprofundar naquela caverna, não só a beleza elfa tradicional surgia, com sua luz e brilho, mas também outros detalhes tão espantosos, enigmáticos e grandiosos que nem pareciam daquele mundo. Os túneis pareciam se tornar corredores de um castelo imponente, enfeitado por aspectos naturais, que confundiam arquitetura inteligente com vida pulsante. Naquele local, passos de quem quer que fosse não eram comuns, muito menos apressados. A Rainha que vivia ali, apesar de ser a Rainha de direito daquele povo, hoje era mais tratada mesmo apenas como uma lenda para os que não sabiam que ela era re
Ao passar pelas grandes colunas de pedra que rodeavam todo o vale, construídas para proteção de possíveis seres mais fortes do que os Gigantes, mas mais consideradas como obras de arte, Adwig começava a ouvir sons, urros de dor. Percebia um avermelhado no ar e fuligem que parecia indicar um grande incêndio. Mais adiante, podia ter a visão do Vale inteiro, as enormes construções incríveis e no centro da cidade um grande mar de fogo. O cheiro de carne queimando, vindo de um lugar que ainda estava distante e a fumaça escura não eram bons sinais. Adwig acelerou o passo permanecendo furtiva, procurando não ser notada, mas estranhamente as ruas, que pela sua lembrança eram repletas de gigantes em qualquer horário do dia, fossem, trabalhando, fossem comemorando, seres com grande disposição o tempo inteiro, estavam vazias. Podia escutar, em alguns momentos, murmúrios e ruídos vindos das casas. Os olhos de Adwig se arregalaram com o pensamento do
Mantelar usa um argumento que deixa Adwig pensativa. O que ela pretendia fazer? Ela sabia onde ia. Não teria sequer saído de sua reclusão se realmente não soubesse que ia pagar pra ver e retornar a terra dos elfos. Depois de ter chegado até ali, ela simplesmente voltaria para o seu retiro? Depois de ter visto o que estava acontecendo, pelo menos superficialmente? Ainda não confiava em seu pai, mas sentia que o certo a ser feito era voltar ao Castelo onde tudo começou. Provavelmente o que ela sentia era medo. Isso a afligia, pois qual seria o motivo dela ter esse medo? Era imortal, quer dizer, praticamente imortal. Já tinha passado por quase tudo em sua vida. Conhecia todos os lugares do planeta, todas as raças, tinha tido as mais diferenciadas experiências. Quando foi a última vez que sentira medo? O conflito do passado ser uma novidade para ela era completamente inesperado e assustador.- Quando vamos? - perguntou Mantelar para Adwig
O meio-gigante pediu um Átrio, que era uma bebida muito comum, verde, gosmenta, servida muito gelada. Tinha um sabor extremamente doce. Quando passava pela garganta, algumas borbulhas estouravam e você tinha a sensação de algo indo diretamente para seu cérebro. Não era só a sensação, realmente um gás era liberado dessas bolhas e uma substância química se ligava a corrente sanguínea, pegando o caminho do cérebro. Você literalmente esfriava a cabeça. A sensação temporária era de que não existiam problemas. Diferente de outras drogas, ela não causava a sensação inversa, mesmo quando seu efeito gradativamente passava. Também não tinha compostos viciantes. E por fim, ainda servia como alimento, tinha os principais compostos enérgicos que recarregavam e regulavam o funcionamento do organismo. Não substituía uma boa sharkera, que era um bom prato de folhas da Sharka, uma árvore típica dos Elfos, mas ainda assim, ajudava. Apesar de Adwig não
Adwig estava muito dividida. Ainda assim, quando Athos estendeu a mão, ela aceitou o convite e estendeu seu braço de volta. Ouviu ainda, antes de fechar os olhos, a voz do outro elfo que estava com Athos, dizendo que alguém estava chegando.Quando abriu os olhos estava em outro lugar completamente diferente. O céu era escuro, com uma pequena luz avermelhada. Parecia uma espécie de Sol. Estavam em outro planeta. Aos seus pés, apenas terra. Ao seu redor não havia nada além de algumas estruturas rochosas, lama, uma espécie de lago negro mais a frente. Ela sentia arrepios com uma mudança brusca de temperatura entre ventos gelados e baforadas incandescentes.- Aqui é Tânatos. Eu vivi aqui por milhares de anos. Preso, sozinho. Eu podia sofrer, de inúmeras formas, mas não podia morrer. Descobri que isso é uma espécie de inferno. Um planeta, perto do final da sua condição de vida, se torna um inferno. Porém, a noção de tempo para o universo
Na manhã seguinte, enquanto Adwig contava tudo a Mantelar tudo que ele perdeu enquanto dormia, o Reverendo Verto foi realizar os preparativos para uma reunião, como ele prometeu, com seus fiéis, com o povo. Mantelar ia fazendo caretas variadas e movimentos engraçados com as mãos a cada nova revelação de Adwig. - Como é que, enquanto eu dormia, você conseguiu fazer uma viagem para outro planeta? Não estou acreditando. Como posso querer te proteger se eu durmo e alguém te leva pra outro lado do Universo? - Mantelar se mostrava desolado. - Adwig, a assembleia está cheia. Será que podemos conversar com os fiéis? Você viria? - Disse, o Reverendo, interrompendo os chiliques de Mantelar. - Você acha uma boa ideia fazer isso depois de ontem? - Perguntou o meio-gigante. - Se eu pretendo ser Rainha, acho que não posso ter medo de conversar com o povo, não é mesmo? - Respondeu, Adwig, terminando de se arrumar e saindo pela porta.