Romeu ficou incrédulo.
— O que está querendo dizer? Se recusa a sair de casa? Está me afrontando?
— Eu a amo, deixa-a para mim!
— O quê!— Romeu não acreditou.
— Deixe a Juliette para mim, por favor!— Foi uma súplica.
— Arthur!
— Por favor!
Houve um silêncio, os dois ficaram se olhando por um tempo.
— Isso está fora de cogitação!— Romeu virou-se para frente, evitando o olhar do filho.
— O senhor não a ama!
— Ela também não me ama!
Outra vez o silêncio. Arthur se ajeitou suspirando.
— Está tudo errado!
— Eu sei— Romeu concordou.
Chegaram a frente do grande prédio espelhado e desceram discutindo. O segurança que segurava a porta do carro os acompanhou com olhar.
— Pense bem, pai, o senhor vai ficar livre para viver com quem quiser!— Arthur subia os degraus falando.
Romeu soprou o ar impaciente.
— Eu não tenho ninguém para assumir, meu compromisso é só com a Juliette, Arthur, pare de fantasiar!
— Eu vou fazê-la feliz!