(Dallas)
— Não, Sieg, eu não quero. Mas… Agora que testei aquilo, talvez eu queria ir além.
— Hm. — Resmungou bebendo o chá. — Psicopata maldita.
— Confesso que gostei de vê-lo sofrer.
— Sádica.
—
(Siegfried)— Siegfried Turgard! — A porta da saleta superior da boate abriu com um chute.O som da música eletrônica de uma apresentação que as garotas estavam ensaiando vazou. Ergui os olhos da mesa cheia de papel. Os soldados apontaram suas armas para porta.— Por Thor, Karvel! — Alyssa abaixou a arma cromada, seus cabelos bagunçados estavam com a pontinha por cima das sobrancelhas e o brinco de ouro pequeno com uma pérola reluziu ao lado dos piercings.
(Siegfried) — Dallas. — E que não se importa com o que Karvel fez. — Qual é… — É nossa responsabilidade cuidar dele. — Pare com isso. — Balancei a cabeça negando, tentando manter aquelas palavras que ele estava cuspindo longe de
(Dallas) A batida lenta eletrônica da música se perdia na neblina dos cigarros e por entre corredores abarrotados de mulheres apenas de lingerie e homens quase sem roupa. A decoração era antiquada como antigos castelos, papeis de parede escuros e avermelhados competiam espaço com quadros contendo fotografias preto e branco de cenas BDSM realizadas na casa noturna. O carpete azul escuro era especialmente limpo e a mobília parecia ser tirada de um museu da época vitoriana européia. Ali ninguém ligava especialmente para o que você estava fazendo. A maioria dos homens usava terno e escondia sua identidade com máscaras enquanto garotas e garotos dançavam para
(Dallas) Deslizo a mão no rosto, sem saber como agir, especialmente quando o Viktor infere um tapa forte no traseiro de seu garoto de lingerie. As meninas em baixo da mesa acariciam suas pernas e ele gentilmente pisa em seus dedos das mãos, fazendo-as soltar gemidinhos de prazer. Eu não sei o que pensar a respeito. Gosto do sofrimento delas, mas me incomoda o quanto elas estão desejando sofrer avidamente. — Cerveja era ilegal por aqui até os anos 90. Sexo como o que praticamos era ilegal até 2015. — Viktor dá um gole em sua bebida. — (Siegfried) Aquela saleta poderia ser assustadora para algumas pessoas, mas era um recanto de prazer para mim. A luz estava baixa, iluminando as paredes totalmente vermelhas. A música que saia do rádio era um sussurro calmo embalando o momento. Eu já estava ficando duro apenas em descer o zíper da jaqueta e puxá-la de seus ombros. Os olhos magnificamente azuis de Renée encontraram com os meus em um olhar de confiança. É diferente quando você está espancando uma pessoa que tem medo de você e quando você está prestes a fazer isso com alguém que anseia pela dor. (Siegfried) Ah, ela ia gozar. Se ia! Aliviei. Renée ergueu a cabeça, dando um tempo para Dallas respirar. — Eu tive uma ideia ótima. — Renée sorriu, se afastando e indo até a mesa de acessórios. — Coloque Dallas em cima daquela mesa, tem uma fivela nela. Dallas estava suando e respirando como uma louca, mas eu ainda estava duro e queria fazer minha esposa gritar. Olhei para a mesa, parecia divertido. — (Dallas) Enchi a taça de vinho equilibrando o celular no ombro. Ainda era cedo, mas eu já estava precisando de uma dose se queria sobreviver ao resto do dia. — Devo me preocupar, Dallas? — A voz de minha irmã soou no outro lado da linha. — Com quem exatamente você está preocupada? — Peguei a taça e caminhei com ela até a sala, que estava vazia. As coisas de Renée estavam ali por cima da mesa, seus cadernos e um livro que ele estav13
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(Dallas) — Um problema que eu vou resolver. — Ele se esquivou da pergunta, desviando os olhos azuis de mim, mas puxou minhas pernas para mais perto dele, se aninhando em meu calor. — Posso ajudar? — É um problema que preciso resolver sozinho. — Ele sorriu entristecido. — E você? Com quem estava falando? Sua cara não tá boa, não, Dallas. —