(Dallas)
A batida lenta eletrônica da música se perdia na neblina dos cigarros e por entre corredores abarrotados de mulheres apenas de lingerie e homens quase sem roupa. A decoração era antiquada como antigos castelos, papeis de parede escuros e avermelhados competiam espaço com quadros contendo fotografias preto e branco de cenas BDSM realizadas na casa noturna. O carpete azul escuro era especialmente limpo e a mobília parecia ser tirada de um museu da época vitoriana européia.
Ali ninguém ligava especialmente para o que você estava fazendo. A maioria dos homens usava terno e escondia sua identidade com máscaras enquanto garotas e garotos dançavam para
(Dallas) Deslizo a mão no rosto, sem saber como agir, especialmente quando o Viktor infere um tapa forte no traseiro de seu garoto de lingerie. As meninas em baixo da mesa acariciam suas pernas e ele gentilmente pisa em seus dedos das mãos, fazendo-as soltar gemidinhos de prazer. Eu não sei o que pensar a respeito. Gosto do sofrimento delas, mas me incomoda o quanto elas estão desejando sofrer avidamente. — Cerveja era ilegal por aqui até os anos 90. Sexo como o que praticamos era ilegal até 2015. — Viktor dá um gole em sua bebida. — (Siegfried) Aquela saleta poderia ser assustadora para algumas pessoas, mas era um recanto de prazer para mim. A luz estava baixa, iluminando as paredes totalmente vermelhas. A música que saia do rádio era um sussurro calmo embalando o momento. Eu já estava ficando duro apenas em descer o zíper da jaqueta e puxá-la de seus ombros. Os olhos magnificamente azuis de Renée encontraram com os meus em um olhar de confiança. É diferente quando você está espancando uma pessoa que tem medo de você e quando você está prestes a fazer isso com alguém que anseia pela dor. (Siegfried) Ah, ela ia gozar. Se ia! Aliviei. Renée ergueu a cabeça, dando um tempo para Dallas respirar. — Eu tive uma ideia ótima. — Renée sorriu, se afastando e indo até a mesa de acessórios. — Coloque Dallas em cima daquela mesa, tem uma fivela nela. Dallas estava suando e respirando como uma louca, mas eu ainda estava duro e queria fazer minha esposa gritar. Olhei para a mesa, parecia divertido. — (Dallas) Enchi a taça de vinho equilibrando o celular no ombro. Ainda era cedo, mas eu já estava precisando de uma dose se queria sobreviver ao resto do dia. — Devo me preocupar, Dallas? — A voz de minha irmã soou no outro lado da linha. — Com quem exatamente você está preocupada? — Peguei a taça e caminhei com ela até a sala, que estava vazia. As coisas de Renée estavam ali por cima da mesa, seus cadernos e um livro que ele estav13
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(Dallas) — Um problema que eu vou resolver. — Ele se esquivou da pergunta, desviando os olhos azuis de mim, mas puxou minhas pernas para mais perto dele, se aninhando em meu calor. — Posso ajudar? — É um problema que preciso resolver sozinho. — Ele sorriu entristecido. — E você? Com quem estava falando? Sua cara não tá boa, não, Dallas. —
(Siegfried) Dallas estava fazendo um trabalho péssimo em esconder sua tristeza e eu estava começando a odiar Renée pela forma com que tinha nos tratado. Foi a primeira vez que me senti apenas um objeto usado! — Enchi o carro de flores. — Falei com um sorriso quando entramos. — Está parecendo que vamos para um funeral. — Dallas reclamou passando o cinto. —
(Siegfried) Depois de um jantar amoroso e satisfatório, voltamos para o clube e puxamos os livros das mãos de nossos soldados para que encontrassem Sabrina nas escrituras. Viktor Rubensson era um homem muito organizado e por isso queríamos mantê-lo como diretor ou coisa parecida, mas ele precisaria amansar o ego para aceitar subordinação e o meu plano B era usar Telma, ou, Damir, como era mesmo o seu nome. Ele tinha acompanhado Viktor por tempo o suficiente para saber tudo como funcionava. (Dallas) O aeroporto da ilha é grande, mas saber com o que estávamos lidando deu muitas vantagens. Fomos direto para o guichê de embarque com as informações que Pandora havia mandado em meu celular. Pois é, ter uma irmã hacker é uma coisa ótima! Ela não apenas tinha checado boa parte da vida de Renée quando telefonei para ela — sem achar nada ruim como ela pensou que acharia, tenho que comentar! —, mas também foi capaz de rastrear as informações em segundo devido a pesquisa previamente realizada. Renée ainda estava com o celular del19