Lemi Murabak
Um convidado que não queriaMinha mente estava em turbilhão quando vi aquele homem na poltrona do escritório da minha própria casa. Voar foi a única palavra que descreveria meu instinto, e sem pensar, desferi um soco certeiro em seu rosto. Uma briga instantânea se desencadeou no meio daquele cômodo, Aslan e alguns seguranças agarrando-nos, mantendo-nos separados. Minhas palavras saíram em uma mistura de raiva e incredulidade."O que esse merda está fazendo aqui?"A casa inteira parecia ter se materializado no escritório, curiosos e confusos. Alisson estava entre eles, seus olhos primeiro procurando por mim e depois vasculhando a sala, à procura do infeliz que a tinha sequestrado. E então, seu olhar encontrou o outro lado da sala e seu rosto se contorceu em uma expressão confusa, sussurrando o nome dele."O que esse filho da mãe está fazendo aqui na minha casa? Eu vou matá-lo."A confusãoLemi Murabak AngústiasNaquele instante, a cena que se desdobrava diante dos meus olhos era algo que jamais esqueceria. Minha mãe, Dona Sanem, estava ali, com a mão trêmula cobrindo o rosto encharcado de lágrimas. Seus soluços ecoavam pelo amplo quarto, preenchendo-o com desespero e agonia. Uma energia estranha cercava o palácio, criando um ambiente ainda mais sombrio para aquela terrível descoberta.Meu pai, um homem respeitado e amado por todos, jazia sem vida na cama. Mas a cena era mais sinistra do que uma simples morte por doença. Tudo indicava que ele fora assassinado, uma ideia que ninguém ousava considerar até então. Afinal, todos esperavam que sua doença fosse o destino inevitável. As palavras ecoaram na minha mente enquanto eu me aproximava, atordoado. "Lemi, olha o que fizeram com seu pai." Era a voz de minha mãe, tremendo de dor e indignação. O choro dela cortava meu coração, mas havia algo mais. Havia medo.Logo, meu irmão Aslan surgiu ao meu lado, e seu rosto refletia
Lemi Murabak Descobertas"Alô."Eu estava inquieto, percorrendo a sala de um lado para o outro, esperando o que Said iria me dizer. Ele era o nosso chefe de segurança, um homem de confiança, um membro da família. Eu nunca poderia imaginar o que ele estava prestes a me dizer.Finalmente, se palavras que tanto esperávamos sobre papai foram pronunciadas, "Diga logo, Said," implorei."Lemi, eu tenho algo importante para dizer," disse ele com uma voz séria e carregada de preocupação.Minha mente já estava cheia de pensamentos sombrios, mas eu não estava preparado para o que estava por vir. "Diga, Said," repeti, ansioso."Lemi, seu pai morreu envenenado," ele disse, e as palavras atingiram meu coração como uma flecha."Disso eu já desconfiava," murmurei, incapaz de conter a raiva que crescia dentro de mim.Mas Said continuou, e o que ele disse a seguir me deixou ainda mais furioso. "Não, Lemi. Hoje somente aumentaram a quantidade. Ele não estava doente, seu pai nunca esteve doente."Eu par
Lemi Murabak Ao entrar no escritório naquele dia, uma sensação de apreensão tomou conta de todos nós. Uma caixa preta com um laço vermelho repousava imponente sobre a mesa, e meus seguranças não escondiam a inquietação em seus olhares. O que escondia aquele objeto? O suspense no ar era palpável, e a ansiedade tomava conta de todos nós.Decidi tomar a frente da situação e me aproximei da caixa, deixando os outros recuarem para observar à distância. Alisson, com seus olhos cheios de medo, me advertiu com um tom preocupado."Lemi, por favor, não abra. Tenho medo do que pode acontecer com você."Minha determinação era inabalável naquele momento. "Preciso descobrir o que essa pessoa pretende conosco."Alisson continuou insistindo, preocupada. "Eu ficarei ao seu lado, tenho medo que...""Não, Alisson, não quero que nada de ruim lhe aconteça."Seu sussurro de meu nome fez-me perceber, naquele instante, o quanto ela era importante em minha vida."Por favor, fique do lado de fora com Diana. E
Lemi Murabak"Um filho," não podia acreditar naquelas palavras.Senti um nó na garganta enquanto encarava Aslan. A ideia de ser forçado a ter um filho me sufocava. "Eu não nasci para isso, Aslan. Não posso simplesmente...""Você não tem escolha, Lemi. O legado de nosso pai está em jogo", disse Aslan, com a voz firme. "E a estabilidade de Karilink não pode ser comprometida, sabe que Kudsi e Aresk precisa do seu país e se alguém do conselho tomar o poder, por você não ter um filho, eles vão dificultar tudo para nós.""Não quero um filho.""Eu abdiquei minha empresa por Kudsi, e no final ganhei uma esposa maravilhosa.""E pelo jeito vai formar um time de futebol," nós dois rimos. "Eu transei com ela sem preservativo. Nós brigamos e eu acabei falando umas merdas para ela sobre os filhos e ela está chateada comigo.""Você é um idiota.""Mas se Alisson... e se ela realmente estiver grávida? Eu nem sei se estou pronto para isso." Minhas mãos tremiam enquanto eu tentava processar a situação.
Lemi MurabakA atmosfera na sala de reuniões era solene, carregada com a gravidade do momento e a expectativa silenciosa que pendia no ar. Eu me senti um tanto perdido, subitamente confrontado com a responsabilidade que meu pai tinha realizado com tanta graça ao longo de sua vida. Os olhares fixos dos membros do conselho pesavam sobre mim, esperando minhas primeiras palavras como o novo líder de Karilink.Enquanto me acomodava no lugar que antes pertencia ao meu pai, senti o peso da coroa invisível sobre minha cabeça, uma responsabilidade esmagadora que parecia quase insuportável. Eu tentei me concentrar nas palavras dos conselheiros, mas a dor da perda recente ainda reverberava dentro de mim, uma ferida que parecia nunca cicatrizar completamente.A voz dos conselheiros ecoou na sala, expressando pesar pela perda e expectativas em relação ao meu reinado iminente. Eles discutiam planos e estratégias, detalhando as questões urgentes que exigiam minha atenção imediata. A pressão do momen
Alisson SmithOs braços de Lemi prenderam meu corpo, eu fechei meus olhos e fiquei feliz por ele estar aqui. O dia tinha sido cansativo, tanto para ele quanto para mim. O funeral de seu pai e depois a reunião com o conselho devem ter esgotado todas as suas forças. Ainda não me esqueci das palavras rudes que ele havia me dito.Eu me aconcheguei nos braços dele e suas mãos vieram até minha cintura, os dedos grandes se afundaram em minha pele. Pude sentir o membro duro dele roçando em meu bumbum. O aperto em meu seio me fez gemer, como Lemi comandava meu corpo. A boca chegava até meu ouvido e num sussurro, ouço meu nome."Alisson, faça amor comigo?""Lemi,eu…""Me desculpe, acabei sendo um babaca com você."Os beijos na minha pele, as mãos fortes e o desejo crescia que crescia no centro do meu corpo, me faziam querer ainda mais o homem deitado ao meu lado. Ele se posicionou em cima de mim, sua boca desejava a minha e a tomava para si.Seus olhos se fixaram nos meus, Lemi via por dentro d
Alisson Smith"Você dormiu", minhas mãos foram até o rosto dele. " Deve estar cansado. Ah Lemi, como eu…" Não queria dizer aquela palavra em voz alta.Eu me perguntava, enquanto observava Lemi dormir pacificamente, por que não havia se prevenido desta vez. A lembrança de seu escândalo e das acusações da última vez passou por minha mente, mas ao olhar para o rosto adormecido de Lemi, todas as dúvidas se dissiparam. Como poderia perturbar a serenidade daquele momento? Passei suavemente a mão em seu rosto e sorri, maravilhada com o quão profundamente eu estava apaixonada por aquele homem.Agora, uma pergunta diferente ocupava minha mente. Eu, uma pobretona e ex prostituta, era agora uma princesa, a princesa Karilink. Quem teria imaginado uma reviravolta tão grande na minha vida? Será que essas pessoas saberiam do meu passado? Tantas perguntas surgiram, e eu me vi pensando em como lidaria com essa nova realidade, assim como Lemi havia mencionado alguns minutos atrás. Como seria Alisson, a
Lemi MurabakSegurei Alisson em meus braços, sentindo seu corpo frágil tremendo contra o meu peito. Seu rosto pálido e suave parecia desvanecer diante dos meus olhos, uma visão que dilacerava meu coração e acendia chamas de pânico em minha alma."Alisson", eu gritei, "Peguem quem fez isso com a minha mulher."Os gritos do povo ecoavam além do portão do castelo, misturando-se ao tumulto crescente dos guardas que corriam em nossa direção. A agitação da multidão desenfreada se infiltrava em meu ser, enquanto eu lutava para manter o foco e encontrar um refúgio para Alisson. Com passos trôpegos, levei-a para dentro do castelo, onde os funcionários, tomados pelo frenesi, se esforçavam para ajudar."Tragam um médico imediatamente! Ela foi atingida!" minha voz ecoou com desespero, cortando o ar pesado.Um frenesi de movimento se seguiu, uma confusão de vozes e passos que se entrelaçavam em meu redor. A angústia subia pela minha garganta, ameaçando sufocar-me enquanto eu depositava Alisson com