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Capítulo Um Continua

Parte 2...

Sentei me segurando para não roer as unhas e aguardei. Quase vinte minutos depois ele voltou e me disse que entrasse.

_ Vai fazer uma entrevista com ele agora.

_ Agora? - arregalei os olhos.

_ Isso. Está com medo? Artur não morde - riu.

Robson abriu a porta, me apresentou e depois saiu me deixando sozinha com o dono.

Engoli em seco e respirei fundo. Robson disse que ele não mordia, mas o que passou por minha cabeça foi exatamente isso.

Eu deitada em uma cama, nua, sendo lambida e mordida por essa boca sensual. Foi um choque.

Nem sei como consegui andar até a cadeira em frente a ele e me sentar. Comecei a sentir calor e tenho certeza não foi por nervosismo com a entrevista e sim por ter conhecido Artur.

A voz dele, meu Deus, o que era aquele som? Foi colocar os olhos em cima dele e meu pensamento fugir da realidade.

Já me imaginei gozando sentada no colo dele enquanto ele mordia meus seios. Não deu pra segurar.

Enquanto ele ali, todo sério e formal, me explicando o que precisaria e como eu deveria fazer o trabalho, eu só pensava em sacanagem.

Não sei se foi pelo tempo sem sexo ou se foi mesmo só por causa dele.

Mais um pouco e eu ficaria virgem de novo. Só não ficava porque de vez em quando eu me masturbo pensando em alguma sacanagem ou ator.

No meu caso eu penso muito no Gerard Butler desde que eu assisti ao filme 300. De lá pra cá quando me masturbo penso nele. Às vezes penso também no Rodrigo Santoro que está muito gato agora mais velho.

Ele ia falando e eu me imaginando ajoelhada entre suas pernas, chupando seu pau até o fundo. Será que ele gemia? Eu adoro quando o homem geme.

Pensei se ele tinha o pau grande e grosso. Sendo alto, geralmente é isso que se espera. E também um homem lindo como ele não poderia ter o pau pequeno, seria um desperdício de material.

Nesse ponto eu já nem sabia se queria mesmo o emprego ou se apenas uma trepada com ele já iria me satisfazer e eu poderia voltar para minha vidinha.

Eu sou normal. Perdi minha virgindade com um namorado quando tinha dezoito anos. Não foi nada demais, foi bonzinho, mas eu esperava mais.

Quando o namoro acabou depois de dois meses, logo conheci Armando e sendo mais velho do que eu, ele conseguiu me dominar.

Eu achava que sexo com ele era muito melhor do que com meu ex-namorado e a gente transava o tempo todo, em todo lugar.

Eu só não curtia transar na rua porque morria de medo de ser vista por alguém. Só que depois de casada eu vi que o sexo não era tão maravilhoso assim.

De vez em quando a gente tinha uma foda bem gostosa, demorada e eu gozava até duas vezes, mas isso só rolava de vez em quando e geralmente depois que ele ficava fora de casa uns dias, por causa do trabalho.

Depois ficava repetitivo outra vez. E um tempo depois de me separar, analisando friamente, eu entendi que ele não era esse cara tão foda que eu pensava e a decepção meio que me jogou pra baixo.

Isso interferiu também com relação a transar com outros caras. Mesmo tendo a ideia de não me envolver emocionalmente com nenhum outro e apenas usar o cara como um boneco, não aconteceu.

Toda vez que eu recebia atenção de um homem eu podia até me animar um pouco, mas logo em seguida a animação caía por terra.

Eu sei, eu sou complicada. Mas eu logo puxava meu casamento fracassado e jogava isso em cima para me fazer desistir do cara em questão.

Sendo solteira eu não teria preocupação com o que a outra parte pensava ou fazia e nem corria o risco de cair de novo em uma relação em que eu seria humilhada e até mesmo roubada.

Bom, mas isso é uma história para outra hora.

O que interessa é que consegui o emprego, um salário muito bom que iria me ajudar muito e um chefe gostoso e exigente que avisou que ficaria em cima de mim, me cobrando serviço.

Não era bem como eu tinha pensado que ele ficaria em cima de mim, mas tudo bem. Pelo menos eu tinha como me manter e me organizar de novo.

E nos dias atuais, isso até é um luxo. Emprego está muito difícil e com bom salário ainda mais.

Eu só não ia ter a trepada dos meus sonhos com o chefe sexy que toda mulher merece. Mas nem sempre a vida é como a gente quer.

E nisso eu já trabalho para Artur como secretária há quase um ano. Ele é educado, bem exigente mesmo como disse que seria e eu continuo babando por ele sem deixar que saiba.

Eu tenho tempo de ir até a academia antes de ir trabalhar. Faço dança e exercícios para manter a forma, já que com a depressão eu estava muito acima do meu peso normal.

Depois eu me troco, passo na cafeteria ao lado do escritório e pego o café como o Artur gosta e levo para ele. Ás vezes ele me pede um suco ou uma vitamina e eu chego sempre antes dele, deixo em cima da mesa e saio para começar meu serviço.

Quando ele chega eu fico olhando quando passa, vestindo sua roupa de academia, o corpo sarado suado e emanando seu cheiro de macho.

Isso me faz apertar as coxas só de pensar em lamber aquele tanquinho, apertar aqueles braços, sentir suas mãos quentes.

Meu Deus! Eu ainda estou hipnotizada por ele.

Penso logo em me enroscar naquele corpo forte e alisar suas costas, puxar seu cabelo.

_ Oi, Melinda - ele estala os dedos e sorri me encarando _ Muito a fazer hoje?

Eu o olho ainda com a mente longe, pensando em beijar aquela boca que me sorri.

_ Os projetos do novo condomínio já chegaram? - se aproxima de mim.

Eu engulo seco ao ver pequenos grãos de areia que brilham em sua pele. Então ele deve ter ido correr na praia como gosta de fazer.

Já sei que hoje vou me masturbar e não vai ser pensando em Gerard ou Rodrigo. Aliás, desde que comecei a trabalhar na Projetos & Arte que meu foco mudou. Agora é em Artur que eu penso quando gozo.

_ Já chegaram sim - sorri de leve _ Deixei tudo em cima de sua mesa de desenho para conferir e também seu café está ao lado do notebook.

Eu falo, mas minha cabeça está pensando em ficar de quatro para ele, baixar minha calcinha e rebolar a bunda em sua cara, esperando que me coma ali mesmo.

_ Ok, obrigado - pega a agenda _ Eu vou tomar um banho rápido.

“Se quiser eu vou com você e te dou um banho de língua antes” , é o que eu penso. Fico olhando enquanto se afasta e ele nem me percebe.

“Merda”.

Autora Ninha Cardoso

* Livro completo.

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