Isso me deixa mais acesa por encontrar logo Artur e fazer com ele o que os casais estão fazendo ali.
Eu sei como ele é, então tenho que deixar que ele se sinta o caçador. Artur adora ser o macho alfa, então ele tem que se sentir por cima da situação.
Se ele achar que eu é quem o caça, é bem capaz de desistir no meio da brincadeira.
Ainda não esqueci como pegar um homem, ainda que esteja um pouco enferrujada. Mas estou determinada e não vou desistir agora.
Ainda lembro de alguns truques que toda mulher sabe. É fácil.
Claro que só valem quando a gente quer transar e nada mais. Se for algo mais sério, tipo um relacionamento ou até um casamento, as táticas são outras e não devem ser confundidas.
Cada homem tem seu jeito de predador e eu já sei como é o Artur. O observei esse tempo em que estou trabalhando para ele. Sei como ele gosta de ser o tal e chegar posando de macho. Tudo bem, eu gosto.
Artur gosta de ser o cão e a mulher o gato. Ele precisa sentir que está dominando para se sentir mais atraído, do contrário ele fica desinteressado logo.
Eu não quero isso. Quero que caia por mim.
Tenho que me fazer notar e quando ele olhar para mim, eu retribuo e desvio. Volto a olhar de novo alguns segundos depois e aí dou um leve sorriso.
Fico fazendo esse joguinho só um pouco ou ele pode acabar indo atrás de outra. Artur não perde tempo e sendo época de carnaval, sei que ele vai querer aumentar o número de conquistas dele.
Artur é movido pelo instinto. Se ele sentir que eu estou dando mole, ele vem pra cima. A fantasia de pirata é porque ele sabe que agora está na modinha os filmes sobre isso e que muita mulher adora ficar na moda. Por isso a fantasia de Jack Sparrow.
Eu particularmente adorei.
Já ansiosa eu desço a escada e vou na direção da piscina, que é bem grande. Já está com gente se agarrando lá dentro.
Isso me deixa com vontade de pegar alguém também. Não vejo Artur em nenhum lugar. Não é possível que ele ainda não tenha chegado.
_ Oi.
Me viro ao ouvir a voz bonita atrás de mim e me deparo com um homem vestido de policial e olhando sua “arma”, vi que é bem aparelhado.
Isso me fez segurar o riso. Eu estava ficando contaminada pelo excesso de putaria que rolava naquela festa. Ele sorri.
_ Oi - meneei a cabeça dando uma geral.
_ Está sozinha?
Ele se inclina para mim e consigo sentir o cheiro de seu perfume. Gostei.
_ Por enquanto, sim - balancei a saia.
Estou bem animada para minha caça, mas isso não me impede de aproveitar um pouco. E além disso, eu estou há tanto tempo sem um macho que me atraía de verdade que já estou pensando em partir para um substituto para Artur.
E o policial ali parado não era nada mal. Deixei que o flerte continuasse. Eu gosto e preciso me sentir bonita e atraente depois de minha estima ter ido para o chão após meu casamento.
Sei que sou bonita, mas ouvir isso de vez em quando ajuda bastante. Aceitei a taça que ele me deu e bebi um pouco, devagar.
Respiro fundo e tento relaxar ouvindo o papo dele, que até que é interessante, mas sei bem o que ele quer e o que eu estou fazendo ali.
Olho em volta e nada do Artur. Começo a ficar ansiosa e isso já faz parte de minha loucura.
Olhando para o policial á minha frente, deixo que coloque a mão em minha cintura e se aproxime. Acho que vai rolar um beijo agora.
E por que não? Me pergunto enquanto deixo rolar a paquera. Eu também posso aproveitar um pouco antes de partir para o ponto principal.
No caso, o prato principal.
Um casal seminu passa correndo por nós e se j**a na piscina. Eu aperto os lábios, não quero rir e nem quero dar uma de puritana.
Está claro que ali não é uma festa desse tipo e usando a fantasia que estou, o cara sabe bem o que eu busco. Só não sabe a pessoa.
Ele então me puxa e cola o corpo ao meu. Deu até pra sentir um pouco sua arma. Me seguro para não rir e nem empurrar o cara.
Começamos a dançar, meio que mais esfregação do que dança mesmo. Ele beija minha bochecha e vem descendo até o canto de minha boca.
Seu hálito de uísque é forte, mas não é ruim. Vou deixando que seja ousado.
Eu não me importo. Ele nem sabe quem eu sou e ali não sou Melinda Souza, uma mulher de vinte e oito anos, doida pra trepar com o chefe gostosão.
Posso ser quem eu quiser e no momento eu sou só uma branca de neve safadinha.
Coloco a mão em seu peito e gostei disso, me sinto mais solta, talvez pela bebida ou excitação de tudo em volta de nós.
Ele desce a mão até meu quadril e de leve, aperta minnha bunda. Gostei e deixei. Fechei os olhos quando sua boca tocou a minha.
Até que ele é sexy e gostosinho. Dá para o gasto por enquanto. O beijo começa devagar e eu retribuo, querendo sentir algo a mais.
Foi bom, mas não foi tanto. E pior. Quando abro os olhos vejo Artur do outro lado da piscina, agarrado a uma garota vestida de enfermeira.
E o safado ainda fica olhando em volta, dando uma geral nas mulheres que passam. É muito descarado.
Meu coração pulou. Eu precisava ir até ele, mas estava ali, colada com o policial.
Engoli em seco quando o vi se virar em minha direção e parou o olhar em mim.
É isso. É agora.
Deixar que ele me veja, me queira, dê em cima de mim. Venha me caçar.
Sinto uma energia forte percorrer meu corpo e dei que ele deve estar sentindo o mesmo, pois não desviou o olhar de mim. Aí eu finjo que desvio e volto a olhar de novo. Ele ainda me encara. Que bom.
Artur fica olhando enquanto o policial beija meu pescoço e fala ao meu ouvido.
Parte 3...Isso até me arrepia, mas agora o motivo é outro. Não quero mais o policial. Quero o pirata._ Você é muito gostosa - ele diz._ Hum, hum... - é o que respondo.Nossos olhares estão grudados. Está acontecendo. Finalmente.Vejo com raiva e até um pouco de ciúme, a enfermeira se esfregar nele, roçando os peitos no corpo que me pertence.Quero dizer, que eu quero que seja meu, por um tempo limitado, é claro.Meus seios ficam duros enquanto o flerte entre nós dois acontece á distância, com nossos parceiros tentando chamar nossa atenção.Queria puxar aquela garota pelos cabelos e jogá-la na piscina. O pirata é meu.O safado passa a mão pelo corpo da garota, mas continua a me olhar. É tipo um aviso do que pode acontecer se nós ficarmos juntos.E eu quero. Quero muito.É carnaval, porra. Vim aqui só pra isso. Não estou nem aí pra folia. O que eu quero é ele.No carnaval ninguém é de ninguém, mas eu quero esse pirata para mim. Depois a vida segue.Não sei se estou sendo muito confia
Parte 1...E então ele vem pra cima de mim do jeito que eu sempre quis.Segura meu rosto entre suas mãos e desce sua boca sobre a minha. Meu coração dispara e minhas mãos começam a suar.Todo meu corpo se acende com seu toque.O espaço é grande, mas está tão cheio de gente que fica pequeno para nós dois, dançando ali, agarrados daquele jeito.Eu retribuo o beijo enquanto me movo com ele, sentindo a vibração da música se misturar com os tremores de meu corpo.Eu sabia que ele tinha uma pegada diferente, mas não imaginei que fosse tão forte, tão boa. É por isso que ele vive cheio de mulheres.Gostaria de estar em outro lugar com ele e parecendo ler meu pensamento, ele me puxa pela mão e sai comigo entre as pessoas, abrindo o caminho.Vejo a cara de tonto do meu acompanhante ao me ver passar com Artur em direção ao fundo. Ousada e abusada, apenas dou um tchauzinho para ele e continuo seguindo Artur.Sua mão na minha de modo seguro e forte me faz sentir estranha. Mas é bom.Passamos por m
Parte 2...Eu gosto de chupar um pau, fazia muito isso quando era casada, mas agora isso tem outra dimensão, literalmente. É outro tipo de desejo, de excitação.Talvez pelo momento, não sei, mas esse foi o boquete mais gostoso que eu já fiz.O som dos gemidos dele e sua mão em minha cabeça me deixam mais molhada e ansiosa._ Chega - ele diz meio rouco.Artur me ergue, me beija demorado e trocamos seu gosto, excitante. Ele puxa minha calcinha, apressado e com a mão rude, me vira e me inclina sobre a mesa, abrindo minhas pernas.Tudo o que uso agora são as meias até as coxas e os saltos altos.Me apoio no tampo de madeira, empino a bunda e olho para trás, como um desafio.Artur investe contra mim, entrando de uma só vez, me fazendo dar um gritinho por sua estocada forte que me abre, me preenchendo toda.Seguro a borda da mesa para ter apoio contra suas investidas, que fazem meu corpo balançar para frente e para trás, sem parar, rápido e com uma urgência que eu nunca senti antes.Gemo de
Parte 3...Ele me vira, sorri e me beija, me erguendo do chão como se eu fosse leve como uma pena. Me penetra quando eu o abraço com as pernas e anda comigo até a parede, me encostando.Começa a estocar de novo, olhos nos olhos, deixando só os corpos unidos falarem. Me seguro nele, arranho suas costas e mordo seu lábio, atiçando-o.Não falamos mais, só gememos. Nunca pensei que um homem gemendo era algo tão excitante. Eu encaro sua boca cada vez que ele geme.Seu sorriso me deixa louca. Seu queixo me atrai, seus olhos me hipnotizam.Nunca imaginei que eu seria tão fora da casinha assim. Não tenho pudor agora. Artur sabe que estou morrendo de tesão por ele.Quero guardar essa noite para sempre em minha memória, como se fosse tatuagem.Sinto um novo gozo começar e mordo seu ombro, gemendo como uma vadia e choramingando meu prazer para o deleite dele.Já é convencido, vai ficar muito mais agora.Ele goza e um instante depois, me solta devagar e ficamos abraçados, encostados na parede.Se
Parte 1...Quando eu chego em casa, vou logo me enfiando no chuveiro para tirar o grude do chantilly, mas é uma pena que vai sair também o toque dele de minha pele que ainda arde de tesão.Nem acredito que consegui viver essa experiência maluca com Artur.Saio da ducha e começo a me secar como uma zumbi, a cabeça ainda naquela adega. Será que isso vai passar um dia? Vou conseguir esquecer?O relógio marca quase cinco da manhã, nem vi o tempo passar. Então ficamos mais tempo lá dentro nos agarrando do que eu pensei.Mas não reclamo, ao contrário. Queria que fosse ainda mais, isso sim.Me jogo na cama com um sorriso idiota na cara, olhando para meu teto branco. Nem vou vestir nada, vou dormir assim mesmo.Me viro de lado e puxo o lençol fino por cima do corpo. O sono vem logo e já sei que vou sonhar com Artur de novo, mas agora eu tenho um enredo pronto.***************Meu celular toca e vibra sem parar em cima do pequeno móvel branco ao lado da cama. Esfrego os olhos e estico a mão te
Parte 2...Sábado de carnaval. O médico nos diz que podemos levar mamãe para casa.Não sei bem se isso é uma boa notícia. Algo me diz que é a tal melhora antes do fim. Suspiro e agradeço com um sorriso meio chocho.Joana e eu a levamos para casa, junto de suas plantas para animá-la um pouco.Ela passa o dia bem, consegue comer devagar e até vê um pouco do desfile na tevê. Dorme muito e nós ficamos de olho.No domingo ela manda que eu vá embora e eu brinco fazendo de conta que estou com raiva._ Você não me ama mais, é? - finjo estar triste _ Quer me mandar embora?_ Não sua boba - ela ri de leve, com dificuldade _ É carnaval, vá curtir sua festa._ Até parece - torço a boca _ Quantas vezes eu curti o carnaval quando me casei com Armando?Ela balança a cabeça e olha para fora._ Verdade. Aquele homem foi uma desgraça em sua vida - suspirou _ E te deixou com uma mão na frente e outra atrás._ É passado, mãe.Não quero que ela se aborreça por algo que não vai mudar. Ela bate em minha mão
Parte 1...Pois é, a vida estava acontecendo novamente, mas não do jeito que eu queria. Infelizmente.Eu senti muito a perda de minha mãe. Se até hoje eu sinto a falta da minha avó materna, imagine a falta de minha mãe? Vai ser ainda mais.Tive que ligar para Joana e contar. Ela começou a gritar e chorar, desesperada.Eu sabia que seria assim. Ela sempre foi mais molenga pra essas coisas. Eu entendo.O pior mesmo foi ter que ouvir aquele monte de “sinto muito... Uma perda...Meus pêsames... É a vida... Ela descansou”. Me dá até agonia de lembrar.E ainda teve toda a burocracia do enterro, de avisar amigos e família longe, de ligar para funerária e tudo mais. Isso deveria ser feito por outra pessoa que não fosse da família. É muito pesado.Não sei se detesto mais o velório ou o enterro em si, só sei que detesto.Ficar no meio de toda aquela gente, ainda mais no meio de um carnaval. Parece que fizemos de propósito para estragar a festa dos outros.Eu estava ali, de pé, parecendo um urubu
Parte 2...Eu só estava muito cansada emocionalmente, não fiz de propósito. Além disso, achei que ele estava aproveitando o carnaval antes que terminasse._ Depois eu ligo pra ele._ Não esqueça - Joana disse _ Eu falei que viria aqui e dava o recado.Olhando bem para ela, vi que estava com cara de choro. Fui até ela e a abracei.Joana sempre foi um pouco travada com relação a falar sobre sentimentos. Pra mim era mais fácil._ Está tudo bem, Jo - alisei seu braço.Do nada ela começou a chorar. Eu entendo. Também comecei a chorar. Perdemos nossa mãe em uma época que deveria ser de alegria e ambas estavam triste.Sei que ficou com medo de algo ter acontecido comigo também. Ela sempre foi medrosa.Até meu cunhado entra no abraço e ficamos assim, calados e sentindo a mesma coisa.Nos separamos. Fui para a cozinha. Agora sinto minha barriga roncar. Abro a geladeira em busca de algo e percebo que preciso fazer compras logo._ As pessoas ficam ligando - Joana disse _ E sempre é o mesmo. “Ela