Essa semana teve uma reunião extraordinária com Artur e os sócios dele. Alguns funcionários estavam presentes também, mas logo saíram quando o assunto de interesse deles foi relatado.
Eu sempre me sento em uma cadeira no canto e tomo nota de tudo. É preciso sempre fazer uma ata de cada reunião, seja por qual assunto for.
Eu já estou acostumada com isso e eles também, tanto que até se esquecem que estou ali pertinho ouvindo tudo.
Até mesmo as sacanagens e putarias que deixam escapar de vez em quando. Mas eu me faço de surda e não comento nada, parece que nem ouvi.
Um dos sócios, Marcos, perguntou sobre o carnaval, o que eles iriam fazer. Cada um disse o destino que iria tomar.
_ Ah, eu vou me esbaldar - Artur respondeu.
_ Claro, como se a gente não soubesse disso - Marcos disse rindo _ Onde vai dessa vez?
_ Vou para Salvador - bateu a caneta na mesa fazendo cara de safado _ Mas antes eu tenho uma festinha pra me divertir - piscou o olho _ Na casa do George. Um baile de fantasias.
_ Ixi... Isso vai dar bom - um deles riu.
_ Eu vou descansar. Com filho pequeno recém-nascido em casa, não ponho a cara na rua - Marcos disse.
_ Quem mandou casar? - Artur diz.
Eu o olho. Cara de safado mesmo. Nunca foi casado e pelo jeito nem tem vontade. Adora a vida de solteirão, pegando todas.
Eu prendo a respiração. Imagine se fosse eu a sortuda que passaria o carnaval com ele?
_ Melinda, você já enviou minha resposta positiva ao George?
_ Já sim - afirmei.
_ Beleza - ele ri _ Eu vou cair pesado nessa festa antes do carnaval - gargalha _ Vai ser uma preparação para Salvador. Sabem que o George é chegado a uma sacanagem - ergue a sobrancelha.
_ Oh, e como sabemos - um deles ri _- E por acaso você vai ser o que nessa festinha?
Eu sei, fui eu quem encomendou a fantasia.
Artur me pediu uma fantasia de pirata, tipo um Jack Sparrow de Piratas do Caribe. Imagine só. Eu até consegui, mas fiquei pensando em ser raptada por esse pirata e que ele fizesse comigo o que quisesse.
Suspirei baixinho pra não chamar atenção.
_ Vou de pirata. Não é isso, Melinda? - ele me olha e eu confirmo com a cabeça _ Legal.
_ Já estou até vendo - Marcos disse rindo _ E vai sozinho na festa?
_ Até vou - ele disse se recostando _ Mas vocês sabem que eu nunca fico sozinho - riu malicioso.
Era um peste mesmo. Eu sabia que ele iria aproveitar para fazer novas conquistas e depois eu seria obrigada a ficar atendendo chamadas para ele.
Quando a reunião acabou eu voltei para minha sala completamente desanimada. Sabia que teria que suportar um carnaval sabendo que alguma mulher estaria fazendo com ele o que eu quero fazer.
Isso se fosse só uma. Artur não tinha frescuras com relação ás mulheres. Poderiam até vir acompanhadas de amigas que ele não reclamava.
Ele ficaria em cima de alguma delas, mordendo, lambendo, enfiando aquele pau perfeito que quase me fez babar por horas e eu chupando dedo em casa, quando queria chupar outra coisa.
Claro, nada me impedia de sair também e foder com algum gostosinho que encontrasse. Seria só uma transa para aliviar o tesão reprimido, mas não seria ele. E eu queria gozar era nos braços dele.
É certo. Vou ficar louca e precisar ser internada. Não vejo outro modo.
Minha obssessão pelo chefe passava do normal e eu sabia disso, mas queria uma chance.
Batendo os dedos na pasta em cima da mesa, vi os convites para a festa de George. Ele havia enviado alguns para serem entregues a Artur, assim ele poderia levar quem quisesse, mas ele disse que iria sozinho.
De repente uma ideia louca me ocorreu.
E se eu pegasse um daqueles convites e fosse nessa festa? Não seria tão errado, seria?
Eu não seria uma penetra, teria um convite a apresentar na portaria e me deixariam entrar de boa, sem problema nenhum.
Ninguém iria saber que eu era. A festa era á fantasia, então eu só tinha que alugar uma e me enfiar entre os convidados e pronto.
Eu sabia qual era a fantasia de Artur, fui eu quem tinha encomendado, então não teria erro. Eu poderia escolher algo sexy que o atraísse.
Mordi o lábio já imaginando minha loucura e pensando se seria corajosa para isso.
Pensei em estar nua e arreganhada em cima dele, lambendo seu peito lisinho, usando apenas uma máscara no rosto.
Respirei fundo e puxei um pouco um dos convites para fora da pasta. Olhei em volta. Eu poderia fazer aquilo, por que não?
A festa seria na quinta-feira e na sexta Artur iria para Salvador. Teria muita gente. George era conhecido por suas festas de arromba e era uma pessoa de muitos ammigos.
Eu estaria no meio deles sem que ninguém desconfiasse quem eu era.
Era a chance que eu esperava. Seria perfeito. Ninguém iria desconfiar e todos estariam distraídos e animados com a folia de carnaval.
Eu poderia me aproximar e seduzir Artur.
Não sabendo que eu era, ele transaria comigo, satisfazia minha loucura e eu continuava com meu emprego como sempre. Nada mudaria.
Senti um arrepio. Um medo de que desse tudo errado, eu fosse exposta na festa e jogada para fora como uma penetra indesejável.
Mas por outro lado, meu diabinho me dizia para tentar e acabar de vez com isso, com essa cisma por Artur. Transaria com ele, teria alguns orgasmos em cima dele, por baixo, de lado, onde desse pra ser e depois voltaria para casa saciada e pronto.
Se eu deixasse a chance passar ficaria o resto da minha vida com essa dúvida martelando minha cabeça e eu já não sou muito certa.
Era uma chance única. Duvido que outra como essa aparecesse. A dúvida me consumia, mas a vontade era grande.
Antes de desistir de vez eu puxei logo o convite da pasta e enfiei no bolso da saia. Minhas mãos tremiam de nervoso com medo que alguém passasse e visse o que eu estava fazendo.
Mas quer saber? Foda-se!
Levantei alisando a saia e fui até meu armário. Peguei a bolsa e ao me virar dei de cara com Artur parado atrás de mim.
_ Ai... - coloquei a mão no coração.
_ O que foi? - ele franziu o cenho _ Já vai embora? - olhou para minha bolsa.
_ Hã... Não, não... É que estou com um pouco de cólica - soltei no nervosismo _ Vou ao banheiro rapidinho e já volto.
_ Ah, certo - deu um risinho _ Entendi. Está naqueles dias.
_ É... Pois é - mexi no cabelo sem graça.
_ É por isso que anda tão estressada e meio avoada no trabalho?
Nossa, eu nem percebi isso.
_ Notei mesmo que você estava um pouco diferente, mas achei que fosse problema com namorado ou algo mais sério.
Eu sorri meio de lado. Ai, ai que eu tivesse um namorado. Assim eu não morreria de tesão por ele.
_ Volto já, tá.
Saí andando rápido e nem olhei para trás. Empurrei a porta do banheiro e me enfiei lá. Puxei o convite da saia e enfiei na bolsa.
“Ai, Jesus, obrigada meu Deus. Eu consegui”.
Estava nervosa e eufórica. Eu iria ao baile e ficaria com Artur. Só precisava organizar as ideias.
Se ele soubesse que eu tinha feito isso com certeza me mandaria embora. Mas ele não tinha visto quando peguei o convite.
Eu só tinha que fazer um plano para me aproximar dele e não deixar que ficasse com outra que não fosse eu. A gente ia transar, eu ia ficar bem e depois as coisas iriam continuar como antes, só que agora eu não estaria louca de tesão pois já teria experimentado.
O que mais poderia acontecer? Era a chance perfeita para mim.
Artur seria meu por algumas horas, eu iria provar seu gosto, ter prazer em seus braços e depois do carnaval era só continuar como a secretária e amiga.
Eu tinha que correr para achar uma fantasia. O povo fica louco quando se aproxima o carnaval e as lojas ficam cheias. É difícil encontrar uma fantasia que fique bem e ainda mais uma que caiba no meu plano.
Eu só tinha que me preparar bem, ficar bonita e sexy, usar o que eu sabia sobre ele e conquistá-lo por algum tempo.
Quando a festa acabasse ele teria me mostrado o que as outras tanto queriam dele. Eu poderia tirar a prova de que ele realmente era tudo o que parecia ser ou não.
Vai ver ele só tinha papas na língua como meu ex-marido e o sexo nem fosse assim tão bom?
Eu precisava provar e tirar a dúvida.
Só isso!
Parte 1...Eu sei que às vezes eu sou um pouco exagerada com as coisas e até acabo fazendo besteira, mas algumas vezes eu também acerto.Depois que me separei eu fiquei mais seletiva e mais exigente com os caras. Talvez até demais.Quando minha obssessão com Artur começou, acabei tendo uns casinhos rápidos só para me aliviar da pressão de não poder transar com ele. Mas foi tudo bem passageiro mesmo, até mesmo porque eu não tinha a intenção de me envolver com nenhum deles.E conversando com amigas, notei que a maioria dos homens fala muito e faz pouco. Se eles soubessem o que nós mulheres falamos sobre eles, teriam mais cuidado quando fossem transar.Poucas vezes ouvi uma mulher realmente elogiar um homem na cama. A maioria diz que sempre falta algo ou que mudariam alguma coisa.Eu até entendo isso. Também cheguei a achar que meu ex-marido era grande coisa porque minha experiência de antes tinha sido bem comum.Só depois fui entendendo conversando e lendo mais sobre o assunto. Hoje ten
Isso me deixa mais acesa por encontrar logo Artur e fazer com ele o que os casais estão fazendo ali.Eu sei como ele é, então tenho que deixar que ele se sinta o caçador. Artur adora ser o macho alfa, então ele tem que se sentir por cima da situação.Se ele achar que eu é quem o caça, é bem capaz de desistir no meio da brincadeira.Ainda não esqueci como pegar um homem, ainda que esteja um pouco enferrujada. Mas estou determinada e não vou desistir agora. Ainda lembro de alguns truques que toda mulher sabe. É fácil.Claro que só valem quando a gente quer transar e nada mais. Se for algo mais sério, tipo um relacionamento ou até um casamento, as táticas são outras e não devem ser confundidas.Cada homem tem seu jeito de predador e eu já sei como é o Artur. O observei esse tempo em que estou trabalhando para ele. Sei como ele gosta de ser o tal e chegar posando de macho. Tudo bem, eu gosto.Artur gosta de ser o cão e a mulher o gato. Ele precisa sentir que está dominando para se sentir
Parte 3...Isso até me arrepia, mas agora o motivo é outro. Não quero mais o policial. Quero o pirata._ Você é muito gostosa - ele diz._ Hum, hum... - é o que respondo.Nossos olhares estão grudados. Está acontecendo. Finalmente.Vejo com raiva e até um pouco de ciúme, a enfermeira se esfregar nele, roçando os peitos no corpo que me pertence.Quero dizer, que eu quero que seja meu, por um tempo limitado, é claro.Meus seios ficam duros enquanto o flerte entre nós dois acontece á distância, com nossos parceiros tentando chamar nossa atenção.Queria puxar aquela garota pelos cabelos e jogá-la na piscina. O pirata é meu.O safado passa a mão pelo corpo da garota, mas continua a me olhar. É tipo um aviso do que pode acontecer se nós ficarmos juntos.E eu quero. Quero muito.É carnaval, porra. Vim aqui só pra isso. Não estou nem aí pra folia. O que eu quero é ele.No carnaval ninguém é de ninguém, mas eu quero esse pirata para mim. Depois a vida segue.Não sei se estou sendo muito confia
Parte 1...E então ele vem pra cima de mim do jeito que eu sempre quis.Segura meu rosto entre suas mãos e desce sua boca sobre a minha. Meu coração dispara e minhas mãos começam a suar.Todo meu corpo se acende com seu toque.O espaço é grande, mas está tão cheio de gente que fica pequeno para nós dois, dançando ali, agarrados daquele jeito.Eu retribuo o beijo enquanto me movo com ele, sentindo a vibração da música se misturar com os tremores de meu corpo.Eu sabia que ele tinha uma pegada diferente, mas não imaginei que fosse tão forte, tão boa. É por isso que ele vive cheio de mulheres.Gostaria de estar em outro lugar com ele e parecendo ler meu pensamento, ele me puxa pela mão e sai comigo entre as pessoas, abrindo o caminho.Vejo a cara de tonto do meu acompanhante ao me ver passar com Artur em direção ao fundo. Ousada e abusada, apenas dou um tchauzinho para ele e continuo seguindo Artur.Sua mão na minha de modo seguro e forte me faz sentir estranha. Mas é bom.Passamos por m
Parte 2...Eu gosto de chupar um pau, fazia muito isso quando era casada, mas agora isso tem outra dimensão, literalmente. É outro tipo de desejo, de excitação.Talvez pelo momento, não sei, mas esse foi o boquete mais gostoso que eu já fiz.O som dos gemidos dele e sua mão em minha cabeça me deixam mais molhada e ansiosa._ Chega - ele diz meio rouco.Artur me ergue, me beija demorado e trocamos seu gosto, excitante. Ele puxa minha calcinha, apressado e com a mão rude, me vira e me inclina sobre a mesa, abrindo minhas pernas.Tudo o que uso agora são as meias até as coxas e os saltos altos.Me apoio no tampo de madeira, empino a bunda e olho para trás, como um desafio.Artur investe contra mim, entrando de uma só vez, me fazendo dar um gritinho por sua estocada forte que me abre, me preenchendo toda.Seguro a borda da mesa para ter apoio contra suas investidas, que fazem meu corpo balançar para frente e para trás, sem parar, rápido e com uma urgência que eu nunca senti antes.Gemo de
Parte 3...Ele me vira, sorri e me beija, me erguendo do chão como se eu fosse leve como uma pena. Me penetra quando eu o abraço com as pernas e anda comigo até a parede, me encostando.Começa a estocar de novo, olhos nos olhos, deixando só os corpos unidos falarem. Me seguro nele, arranho suas costas e mordo seu lábio, atiçando-o.Não falamos mais, só gememos. Nunca pensei que um homem gemendo era algo tão excitante. Eu encaro sua boca cada vez que ele geme.Seu sorriso me deixa louca. Seu queixo me atrai, seus olhos me hipnotizam.Nunca imaginei que eu seria tão fora da casinha assim. Não tenho pudor agora. Artur sabe que estou morrendo de tesão por ele.Quero guardar essa noite para sempre em minha memória, como se fosse tatuagem.Sinto um novo gozo começar e mordo seu ombro, gemendo como uma vadia e choramingando meu prazer para o deleite dele.Já é convencido, vai ficar muito mais agora.Ele goza e um instante depois, me solta devagar e ficamos abraçados, encostados na parede.Se
Parte 1...Quando eu chego em casa, vou logo me enfiando no chuveiro para tirar o grude do chantilly, mas é uma pena que vai sair também o toque dele de minha pele que ainda arde de tesão.Nem acredito que consegui viver essa experiência maluca com Artur.Saio da ducha e começo a me secar como uma zumbi, a cabeça ainda naquela adega. Será que isso vai passar um dia? Vou conseguir esquecer?O relógio marca quase cinco da manhã, nem vi o tempo passar. Então ficamos mais tempo lá dentro nos agarrando do que eu pensei.Mas não reclamo, ao contrário. Queria que fosse ainda mais, isso sim.Me jogo na cama com um sorriso idiota na cara, olhando para meu teto branco. Nem vou vestir nada, vou dormir assim mesmo.Me viro de lado e puxo o lençol fino por cima do corpo. O sono vem logo e já sei que vou sonhar com Artur de novo, mas agora eu tenho um enredo pronto.***************Meu celular toca e vibra sem parar em cima do pequeno móvel branco ao lado da cama. Esfrego os olhos e estico a mão te
Parte 2...Sábado de carnaval. O médico nos diz que podemos levar mamãe para casa.Não sei bem se isso é uma boa notícia. Algo me diz que é a tal melhora antes do fim. Suspiro e agradeço com um sorriso meio chocho.Joana e eu a levamos para casa, junto de suas plantas para animá-la um pouco.Ela passa o dia bem, consegue comer devagar e até vê um pouco do desfile na tevê. Dorme muito e nós ficamos de olho.No domingo ela manda que eu vá embora e eu brinco fazendo de conta que estou com raiva._ Você não me ama mais, é? - finjo estar triste _ Quer me mandar embora?_ Não sua boba - ela ri de leve, com dificuldade _ É carnaval, vá curtir sua festa._ Até parece - torço a boca _ Quantas vezes eu curti o carnaval quando me casei com Armando?Ela balança a cabeça e olha para fora._ Verdade. Aquele homem foi uma desgraça em sua vida - suspirou _ E te deixou com uma mão na frente e outra atrás._ É passado, mãe.Não quero que ela se aborreça por algo que não vai mudar. Ela bate em minha mão