ZOE MONDEGO
Faltavam menos de duas horas para o meu encontro e até agora o dia estava sendo tranquilo, ao chegar, a primeira coisa que pedi a Kate foi a encomenda de um café da manhã decente, ou ao menos o suficiente para eu não sentir fome até chegar o horário do almoço.
E em respeito a Christine, tudo menos algo proveniente de qualquer lanchonete.
E para tentar distrair a minha cabeça, procurei concentrar as minhas forças no trabalho, mas minha paz durou muito pouco tempo.
O celular fixo que descansava em minha mesa tocou.
— Srta. Mondego, o Sr. Lecos pretende falar consigo — Kate informou.
O que o Hugo quer comigo hoje?
— Claro, pode transferir a chamada — autorizei e a linha ficou silenciosa por alguns instante, e quando estou prestes a desligar ela voltou a falar:
— Não, Srta. Mondego, o Sr. Lecos está aqui na recepção — informou e eu desliguei na mesma hora.
Levantei de forma urgente e respiro e inspiro até ter a certeza de que estava bem o suficiente para prosseguir com tudo aquilo, abri a porta da minha sala, me deparando em seguida com o meu melhor amigo barra superior, de pé apoiado ligeiramente no balcão da minha secretária.
Hugo Lecos é um homem completamente charmoso, gosto de comparar a sua beleza e características físicas ao de Alexandre Nero, um ator brasileiro. O homem é alto e com um físico atlético visível mesmo em baixo dos seus costumeiros ternos sociais, olhos negros que parecem duas bolinhas de gude pretas, cabelos negros que sobressaem várias mechas grisalhas e barba sempre por fazer completamente grisalha.
Enfim, um homem belo e charmoso, tenho que admitir.
Entretanto, Hugo apesar de ser bastante bonito também é bastante irritante, e pior, ele me conhece tão bem quanto o seu puzzle de cinco mil peças.
— Ora, ora, Srta. Mondego, como é bom vê-la — cumprimentou com ironia sem se afastar da bancada da Kate. — Quase pensei que estivesse fugindo de mim.
— Mesmo se eu quisesse, você arranjaria um jeito de me perturbar — revirei os olhos e fiz sinal para que ele entrasse.
— É sempre um prazer conversar contigo, Kate — elogiou ele antes de passar por mim e entrar na minha sala.
Apesar de meu chefe, Hugo é bastante educado, jamais se senta sem que eu o convide, por isso, indiquei que ele se sentasse na cadeira defronte a mim enquanto dou a volta à mesa para me sentar também.
— Ao que devo a tua maravilhosa presença, Sr. Lecos? — perguntei evitando olhar em seus olhos e fingindo que estou organizando os papéis que descansam em minha mesa.
— Minha visita veio em sinal de amizade, estava com imensas saudades de você já que tem me ignorado nessa última semana por uma razão que eu realmente desconheço. — diz com ironia.
Nunca fui boa em mentir, especialmente em pessoas que me conhecessem com a palma da mão, e repito, Hugo me conhece tão bem quanto o seu puzzle de cinco mil peças.
— Claro que não, eu sinto que você está sendo apenas melodramático — respondi ainda evitando olhar em seu rosto. — E você sabe como tem sido essas últimas semanas próximas do grande evento, têm sido bastante corridas.
— Zoe, olha para mim — ele ordenou e eu precisei largar os papéis novamente na mesa para o encarar.
Eu estou dançando em uma corda bamba, prestes a suar.
— Que noivo é esse que eu não sei da existência? — perguntou ele cruzando os braços. — Nos conhecemos há sete anos e jamais vi você sequer namorando desde o sucedido com o seu ex-noivo — acusou.
— Bom, eu conheci ele em uma boate em que fui com a Louise, simples — eu disse mais para mim mesma do que para ele.
— Você está mentindo — acusou em uma risada. — Você conhecendo pessoas em uma boate? Duvido.
— As coisas mudaram — tentei desviar mas ele continuou a rir.
— Pelo amor de Deus, Zoey, você é bem melhor do que isso, em nenhum momento você me apresentou o cara ou mencionou um aspecto sobre ele, é muito conveniente só ter dito sobre a existência dele em um momento bastante delicado para a tua carreira — acusou novamente e isso me irritou.
— Eu só não disse nada porque tudo que acontece comigo em questões de relacionamento são estragados por pessoas que eu considerava amigas — retruquei, mas não demorei nenhum segundo para perceber que eu havia dito algo de muito mal gosto.
A expressão de Hugo murchou e o olhar de decepção que ele lançou para mim me fez querer bater com a cabeça na mesa e me questionar onde eu havia guardado o meu bom senso.
— Bom, não sabia que isso se aplicava também a mim, e se é assim que você se sente, também acho certo não teres dito nada — disse descruzando os braços e já se preparando para levantar.
— Não, Hugo, por favor, eu peço desculpa — pedi e ele apenas fez um sinal indicando que eu não me preocupasse.
Mas eu estava me sentindo culpada e com razão, portanto não medi esforços em gritar em alto e bom som antes que ele chegasse à porta.
— Você tem razão, você tem toda razão do mundo! — gritei e ele virou-se bastante confuso. — Você tem toda em relação ao meu noivo, ele não existe — libertei.
Hugo voltou a fazer o seu caminho até mim, e se sentou na cadeira e olhou sério para mim, mas não demorou muito para ele relaxar e dar um belo sorriso.
Maldito.
— Eu sempre soube, só estava querendo confirmar diretamente da tua boca — disse ainda rindo e eu voltei a revirar os olhos. — Mas acredito que você deu um jeito de arranjar um noivo para esse sábado, certo?
— Sim, contratei um acompanhante de luxo — confessei tranquilamente, retornando ao meu trabalho de organizar todas as papeladas.
Mas isso não caiu nada bem no Hugo porque começou a tossir bastante como se tivesse se engasgado com a própria saliva.
— Você fez o quê!? — gritou indignado, respirei fundo e voltei a lhe encarar.
— Contratei um acompanhante de luxo, e aliás, daqui a pouco terei que ir lhe conhecer — dou uma breve olhada no relógio. — Não te preocupes, Hugo, vai correr tudo bem — afirmei.
— Correr tudo bem? Com certeza vai ter que correr tudo bem, deve correr tudo bem porque é o teu emprego que está em risco, Zoe, esquece a Penthouse e esquece o carro, você terá que voltar para o teu estado natal. — alertou já furioso. — Você quer isso? Eu duvido bastante.
— Eu sei, eu sei disso tudo, Hugo, farei funcionar — afirmei confiante.
— Ah, eu espero que você faça mesmo para compensar o teu capricho em querer sacrificar tudo aquilo que conquistou em pró de apenas uma mera promoção — ameaçou já se levantando. — Nos vemos no jantar, Zoe, boa sorte. — desejou ele já se levantando para sair da sala.
Observei o homem caminhar até a saída e depois desaparecer pelo corredor porque deixou a porta aberta de propósito.
Sorri em um suspiro.
Pelo menos tenho certeza que se tudo der errado Hugo estará lá me consolando ou provavelmente me atazanando acerca do meu plano, enfim, espero que eu não precise descobrir isso.
...................
Ouvi o barulho irritante do alarme do meu celular assim que bateu onze horas e meia, o que além de significar o horário próximo do meu almoço também implicava que precisaria conhecer o meu "noivo" e tentar perceber se valeria a pena tudo o que eu estava arriscando.
Que foda-se, claro que vale a pena isso tudo.
Me apressei em arrumar a minha bolsa e sair da sala. Ao passar pela recepção, Kate também arrumava as suas coisas e um funcionário da limpeza entrou no meu escritório para o organizar.
Geralmente Kate me acompanha nos almoços, ou seja, sempre almoçamos juntas no restaurante pago pela empresa, só que hoje não dará por motivos óbvios, e apesar de gostar e confiar na minha secretária, tenho certeza que se quiser seguir de forma tranquila com esse plano, o melhor é ninguém saber além de Louise e Hugo.
— Hum, Katherine — a chamei já próxima do balcão, ela levantou os seus olhos amendoados para me olhar.
— Sim, Srta. Mondego? — perguntou. — Precisa de alguma coisa antes de nós irmos?
— Não, não te preocupes, hoje não poderei almoçar contigo, preciso resolver uns assuntos particulares — mencionei e ela apenas movimentou a cabeça, concordando. — Até logo e bom apetite — despedi-lhe em um aceno e caminhei até o elevador.
Assim que saí da empresa percebi que o sol estava escondido devido as nuvens pesadas, deixando o céu com uma aparência mais acinzentada, ameaçando dessa forma uma forte chuva.
E constatando isso, é óbvio que não dispensei ir ao restaurante — que fica apenas um quarteirão da empresa segundo o endereço que me foi passado pela Moulin Lounge — com o meu Mercedes classe C.
Ao chegar, pude constatar que eles têm certamente um bom gosto, porque o restaurante tem uma aparência bastante sofisticada. O edifício tem uma aparência do século XXVII e é um hôtel paticulier com fachada de arquitetura clássica em pedra calcária, cheia de ornamentos e destacada pelos guarda-corpos de ferro forjado. O acesso é feito por uma Passage Cochere que leva a um pátio interno, para onde se abre o restaurante, parecendo uma imitação do restaurante da marca Ralph Lauren em Paris.
Ao chegar na recepção do restaurante, me aproximei do balcão para me identificar e saber qual era a mesa de reserva.
— Perdão, Sra. Mondego, mas não tem nenhuma reserva em nome da Moulin Lounge — a mulher me olhou meio desconfiada ao recitar o nome.
Não sei se é por ela saber que tipo de serviços a empresa presta ou se por ela achar que eu simplesmente quero furar a fila de reserva. De qualquer das formas, eu não me lembrava do nome do homem para perguntar se a reserva está em seu nome ou não.
Maravilhoso.
Peguei o celular já pronta para procurar o número do acompanhante de luxo entre as chamadas, mas fui interrompida ao ouvir uns murmúrios femininos atrás de mim. Olhei para trás disposta em saber qual era o problema e percebi então que nem sequer estavam prestando atenção em mim e sim para algo à frente de mim.
Havia um homem caminhando em direção a receção, e seus olhos em momento algum desviaram de mim, o que me incomodou de certa forma.
Ele possuía curtos cabelos loiros de um tonalidade escura, quase morena, mas que evidenciavam as suas íris verdes e a barba por fazer que assentavam perfeitamente ao seu queixo.
O homem é alto, bastante alto até para mim que sou uma mulher também alta, ele tem um porte atlético, braços fortes e aparentemente másculos, bem como seu peitoril, ombros largos e pernas torneadas.
As suas formas estão perfeitamente ajustadas ao seu elegante terno preto que acompanha um sobretudo escuro.
Agora é fácil perceber os murmúrios atrás de mim e que não sou a única mulher atordoada pela beleza do homem.
Próximo o suficiente de mim, ele não sorriu mas chamou a atenção da recepcionista com um gesto.
— Quando eu cheguei, pedi para que a mulher que se designa-se por Zoe Mondego tivesse logo a passagem liberada, e que deveria ser trazida diretamente para mim, certo? — perguntou a encarando seriamente e ela apenas assentiu, e antes da mulher tentar retornar a falar, eu a cortei sem querer.
— Christian Mcnegro? — perguntei e os olhos esverdeados caíram em mim com forma bastante inexpressiva.
— É um prazer conhecer-lhe, Srta. Mondego — estendo minha mão e ele a captura, depositando um beijo nela sem desviar o olhar um segundo sequer.
O meu nariz inala o seu perfume amadeirado, e isso é o suficiente para me deixar atordoada.
Jackpot.
Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.Se ela te fosse direta, você a rejeitaria. — Rodrigo AmaranteZOE MONDEGOConfesso que fiquei um pouco desnorteada observando o homem loiro a minha frente e, obviamente, depositar um singelo beijo na minha mão não minimizou a situação.Entretanto, eu precisava-me recompor, e de preferência rápido, por isso, sorri gentilmente, tentando não demonstrar toda a minha surpresa e recolhi a minha mão, ainda sentindo a minha pele formigar.Definitivamente eu precisava agradecer a Louise.— Por favor, acompanhe-me — ele se apressou em dizer antes que eu pudesse dizer alguma coisa. — Tomei a liberdade de pedir uma bebida para mim, espero que não se importe.— Não me incomodo, eu é que deveria desculpar-me por ter-me atrasado — eu disse e ele nada respondeu.Caminhamos pouco até chegarmos à nossa mesa que ficava num local mais reservado, mas não menos bonito, Christia
ZOE MONDEGO Terminei mais um dia de trabalho sem mais aventuras, e Kate, que geralmente espera por mim, terminou o seu expediente mais cedo e partiu para casa enquanto eu fiquei uma hora a mais do que fico em dias convencionais. Arrumei a minha bolsa enquanto os aparelhos eletrónicos da minha sala estavam desligando, e olhando para uma Los Angeles iluminada, despedi-me da minha sala e tranquei a porta. Ao subir no elevador, a notificação de Louise alerta-me. — Vinho e macarrão à putanesca? Era é o que dizia, e embora não estivesse explícito, eu podia sentir a sua animação, mas tudo o que eu queria era descansar no meu quarto, mas Louise parecia uma bruxa, pois outra mensagem caiu no meu celular: — E nem vale a pena recusar, porque você precisa me contar tudo sobre o gatinho do Moulin Lounge, vou estar a espera no restaurante ao lado da minha casa. Revirei os olhos com um sorriso e subi no meu carro assim que cheguei no estacionamento. De qualquer forma, precisava passar em casa
ZOE MONDEGOO tão esperado sábado chegou e com ele veio a minha forte ansiedade, quase me desesperando.Na sexta-feira de noite, a única coisa que Hugo fez foi me reforçar que o jantar já estava confirmado com o vice-presidente da empresa incluído, e que seria na casa do Hugo, o que me deixou bem mais descansada, mas não menos preocupada.Porém, ao longo da semana eu não me comuniquei com o acompanhante de luxo, embora a empresa tenha feito questão de me mandar um contacto para eu me comunicar com ele. E depois do meu jantar com Louise na segunda-feira, tudo o que eu menos queria era procurar um motivo para desistir.Não é como se eu tivesse poucos, mas o mal já estava feito, só me restava seguir com o plano.Christine de repente bateu na porta, e suficientemente preguiçosa para abrir eu mesma, pedi para ela entrar. A cara redonda e bronzeada da minha empregada apareceu entre a frecha, sem abri-la totalmente, os seus olhos verdes e enormes me olharam com curiosidade antes de entrar por
A sedução é uma arte que poucos sabem usar com maestria. Geralmente são cruéis, tecendo as suas teias para atrair a suas presas incautas. — Dienes. ZOE MONDEGO Jamais fui o tipo de mulher ingênua, mesmo que depois da declaração de Colton sobre os meus dotes na cama tenha dado cabo total da minha autoestima. Sim, eu não dormia com um homem faz dois anos e agora isso está me afetando profundamente, porque sei que se ele pendurar, posso estar no limiar de cair em tentação. Pigarreei, afastando todos os pensamentos incoerentes que tomaram conta da minha cabeça. Ele afastou-se calmamente e eu pude ver um canto da sua boca se curvar num sorriso, como se estivesse se divertindo com a minha reação. Preferi não responder a sua provocação e segurei firme a minha bolsa, saindo apressadamente do espaço apertado assim que as portas metálicas foram abertas, me permitindo respirar por fim. O estacionamento subterrâneo estava consideravelmente vazio, havia pouquíssimos carros. — Achei
ZOE MONDEGO Use os meus beijos Use os meus beijos,para se satisfazer.Cada um com um sabortodos dedicados a você.Use os meus beijos,abundantemente quentes,Deliciosamente ardentes,para encharcar-te de prazer.Use-os molhados,Utilize-os dedicados.Busque novas texturas,Aproveite-os com gula.São nos meus beijos,que encontrara,toda a minha "fúria "em possuir você. — "Enide Santos" 13/06/14 Eu nunca me esqueci dos motivos que me faziam fugir dos muito dos convívios ao qual era convidada pelo pessoal da empresa, principalmente aqueles em que eu sabia que o vice-presidente estaria com a metade da mesa administrativa da Mr. Walter 's. Walter Degrey é um idiota e William Conway é um invejoso que sempre soube disfarçar bastante bem, e eu não consigo suportar nenhum dos dois, mas obvio até a duas semanas eu realmente não me importava em suportar os dois. Não me admiraria se eles é que tivessem tomado partido na decisão de me excluir do evento e “adiar” para um futuro incerto a
ZOE MONDEGOA água quente lavava a minha pele enquanto massageava ela delicadamente, passando a esponja com gel de banho com essência de laranja silvestre, precisava me preparar da forma mais relaxante possível para enfrentar a minha querida família. Já faz muito tempo que não os vejo, e para ser sincera, no início eles ligavam todos os santos dias, eu jamais atendi alguma chamada e então foram ficando cada vez mais espaçadas, até que um dia eles simplesmente desistiram. Sinto não, tenho certeza de que tudo o que fiz foi para proteger a minha saúde mental, e apesar dos meus esforços, estou voltando para casa só para testar o quanto consigo suportar. Eu deveria ganhar um prêmio de como ser a garota mais idiota do mundo.Desliguei a torneira e enrolei a toalha em torno do corpo enquanto a minha mão alcançava a outra para enxugar o excesso de água no cabelo.Queria poder dizer que tive uma excelente noite de sono, mas seria mentir para mim mesma. Por alguma razão, me pegava sempre ima
ZOE MONDEGO Quero-te assim...As paredes tão quentes como a tua ofegante respiraçãoE a música teceu-nos no seu tear padronizadoValente vibração de amor ardenteEstávamos no quartoQuando lancei o meu olhar sobre tiLembras?As tuas mãos movem se sobre o meu rostoFluindo docementeMudei-me entre os teus dedosPor dentro da tua roupaDos teus dedos senti-me conhecidoE naquele desesperado momentoEu ouvi dizeres o meu nomeA tua voz encontra o caminho do meu ouvidoSoltando os cabelos como um vento de invernoOs teus lábios e os meus caíram na sombraA tua vida foi derramandoSobre a minha alma entre os beijos e sussurrosE eu estava desolado e doente de paixãoUm distúrbio no teu doce olharUm entrelaçar de dedos que erraVou passar meus dias negligenteEnquanto cada vez mais enfeitiçadoImortalizei-te na minha arteEnquanto preciso de tiEm todas as partesE ainda assim se chega de alguma forma.Quero te assim toda dengosaAs ágeis mãos mais quentes do que o fogoO maravilhoso olh
ZOE MONDEGOAs minhas duas figuras parentais olham para mim com um misto de descrença e surpresa, e eu não soube muito bem digerir isso, não sabia se me sentia insultada ou vitoriosa. Tenho certeza que degustarei muito mais da reação do Colton e da Kristen.As minhas mãos, que antes estavam livres, foram agarradas delicadamente pelas mãos masculinas, quentes e grandes, e o olhar dos meus progenitores desceram para o gesto. — Eu… eu nem sei o que dizer — Pamela balbucia e volta a se aproximar de mim, na verdade, disposta a cumprimentar o loiro ao meu lado. — Bom, seja bem-vindo, querido, eu sou a Pamela Mondego, como suponho que saiba.— Christian Mcnegro — ele ergue a mão para a cumprimentar e sorri cordialmente, arrancando um olhar confuso da mulher que apenas aperta a mão de volta. Ela chama o meu pai com um gesto, e ainda encarando o sujeito, ele aproxima-se. — Este é o pai de Zoey, Nicolas Mondego — ela apresenta-o e Christian faz o mesmo que havia feito com ela, ergue a mão e