Depois que Nicolas saiu levando o pequeno Jonas, o clima no quarto se tornou novamente constrangedor, Glaucia evitou o máximo de se aproximar e olhar para Augusto, que logo percebeu o seu desdém, se culpando por ter sido rígido com ela mais cedo. Querendo chamar sua atenção ele se mexeu na cama e deu um gemido no qual ela logo se aproximou perguntando: o que houve, você está bem, o que você está sentindo? —Está sentindo alguma dor? —Quer que eu chame alguém? Não, foi só um mau jeito, eu estou bem obrigado! Você não está cansada de ficar nessa poltrona? —Porque, quer que eu vá embora? —ela pergunta irritada. —Ao ouvi-la responder com um tom de voz tão malcriado, ele logo se explicou dizendo: Calma, eu só estou me sentindo culpado por você está dormindo nessa poltrona, mas já entendi…já entendeu o que posso saber? —Mais uma vez com tom malcriado ela o interrompeu. —Nada! Nada não! —Como nada não, agora eu quero saber, anda, fala de uma vez
Ao chegar em casa, Glaucia entrou e se jogou no sofá, mas logo depois de respirar fundo ela sentiu falta de Augusto, coisa que ela estranhou, já que esses dois dias juntos só fizeram brigar. Exausta, ela levantou e seguiu pro banho, antes que Nicolas chegasse com seu pequeno, já debaixo do chuveiro ela não pode deixar de lembrar da pergunta que Augusto fez sobre o pai do Jonas, coisa que, o que ela mais quer é esquecê-lo por odiá-lo tanto. Ela se lembra da noite que tudo aconteceu, de como ele a tratou e depois a deixou chorando no escuro naquele quarto. Sacudiu a cabeça pra se livrar daquelas lembranças que foi o pior momento de sua vida, pois perde sua virgindade daquele jeito, ninguém merece passar por isso, saiu do banho, se enxugou e vestiu uma calça de moletom rosa, com um blusa de manga curta branca, um chinelo, se sentindo bem melhor e confortável, respirando fundo pensou. —Agora o que mais quero é me jogar na cama e dormir muito com meu filhotinho a
Os dias passaram e logo chegou o fim de semana, Jonas, estava muito ansioso em ir para a casa do seu amigo Augusto, não só porque iria vê-lo mas que também iria poder brincar com duque, e também iria passar o dia com os novos amiguinhos Leo e Camila. Já na casa Bell, Augusto, acordou muito melhor e bem animado por ter chegado o final de semana e ele teria movimento naquela casa enorme, e sem vida. E ainda por cima iria não só ter as crianças correndo por toda parte com seu cachorro, como também iria ver a topetuda da mulher que anda tirando seu sono, e mexendo com sua estrutura. Logo depois de tomar seu café ele posicionou sua cadeira de rodas perto da janela, já que dali dava pra ele ver a entrada, e assim iria ver o momento que…Ding dong — a campainha tocou despertando Augusto que lia seus e-mails — Jonas chegou todo animado, contudo, Glaucia não entrou, deixou o filho e voltou no mesmo táxi sem nem ao menos entrar, nem pra ver como ele estava, no qual ficou bem
A tarde chegou e depois do lanche da tarde, Breno chegou para buscar os filhos, querendo levar também o pequeno Jonas, mas Augusto não deixou, com o propósito que se a mãe o viesse buscá-lo, quem sabe assim ele poderia vê-la e até mesmo convidá-la a entrar, e assim poderiam conversar um pouco —mas o que eu estou pensando porque eu quero conversar com aquela mulher topetuda, não, não estou me reconhecendo o que está acontecendo comigo… —Augusto, você está me ouvindo? —Breno perguntou colocando a mão no ombro do amigo para despertá-lo já que o amigo está distraído, mesmo estando rodeado com as três crianças e o amigo. Augusto simplesmente saiu do ar. —Augusto —hã, oi Breno, o que foi? — Cara, o que está acontecendo com você? —Estou aqui falando que já estou indo com as crianças, e você está aí tão distraído, me fala Augusto, você está sentindo alguma coisa, quer ir ao hospital? não, não precisa, eu estou bem obrigado. Bom, como eu te falei, deixa
Assim que ouvir um carro parando em frente a minha casa, me levantei apressada do sofá onde estava nervosamente pensando o que iria fazer agora que aquele petulante, ogro não deixou Breno trazer meu filho, falando que eu iria buscá-lo, logo eu que não quero me aproximar dele, e nem estou gostando dessa proximidade toda com o meu filho, mas que agora não sei como evitar isso, assim que olho pela janela vejo que é uns dos carro do senhor Bell. Corro para a porta abrindo rápido, mas travei ali de pé pensando, e se eu for correndo até o carro e ele estiver lá dentro? —Eu não sei se vou me controlar, pois aquela petulância dele me tira do sério, enquanto estou ali pensando se me aproximo ou não, vejo o motorista sair e seguir para a porta traseira tirando Jonas da cadeirinha, não vi nem sinal do…deixa pra lá. Vejo Jonas entrar pelo portão de madeira pintado de branco igual a cerca que rodeia toda casa. Reparo que ele está tristinho, andando de cabeça baixa —o que
A tarde chegou é hora de voltar, depois de chamar novamente o uber Gláucia e Jonas que não se aguenta de tão cansado pegando no sono logo que o carro pega estrada. Quando chegam em casa ela o chama: Jonas, filho acorda já chegamos anda vamos o moço está com pressa — ele acorda mas ainda sonolento sai do carro e entra no portãozinho de madeira e segue pelo caminho de pedras mineira, ao chegar na porta ele parar esfregando os olhos esperando a mãe abrir a porta que assim que abre logo fala: ei rapazinho, vai pro banho agora mesmo você está fedendo a suor, enquanto isso eu vou fazer uma sopinha de pacote rápido pra você não dormir sem se alimentar. —Augusto olha pro telefone na sua mão pensando se liga ou não pra casa dela pra saber se está tudo bem com o menino que não entrou em contato com ele o dia inteiro e já são oito da noite —será que ela encontrou o cartão que eu dei a ele e jogou fora por isso ele não me ligou? —Se foi isso, como ele vai se comunicar comigo?
Na manhã de segunda feira, Glaucia acordou com o celular despertando, já era hora de levantar e seguir com os compromissos da semana não só com o seu trabalho mas também com o do filho que precisa se levantar e se arrumar pra ir para a escolinha, pensando nisso ela levantou e seguiu pro quarto do filho onde o acordou com muitos beijinhos pelo rosto e pescoço falando: acordar dorminhoco, já é segunda feira, temos que dar início as nossas tarefas e a primeira e se levanta e cuidar pra sairmos pros nossos compromissos, e sem reclamar já que o nosso final de semana foi maravilhoso não foi? Sim, mamãe, mas e por isso mesmo que eu quero dormir mais um pouquinho eu ainda estou muito cansado! —Hum eu entendo meu amor, mas a mamãe tem que ir trabalhar! Senão como eu vou ter dinheiro pra te levar pra mais passeios no futuro, huh! — E você tem razão, então isso quer dizer que eu preciso me levantar e ir para a escolinha né! —Isso mesmo e como eu sei que você é um rapazinho bem obediente
Toc toc, Glaucia estava na sua sala quando ouviu batidas na porta —entre —ela disse se ajeitar na sua cadeira confortável de couro marrom, atrás da sua mesa de madeira na cor ameixa negra, logo que falou a secretária do diretor geral, entrou já dizendo: —Com licença, senhora Bellaver, bom dia, não sei se a senhora se lembra de mim, eu sou a secretária do diretor geral e vim lhe entregar isso a mando dele! —Oi, me lembro da senhorita, sim, E o que é isso? Então, dentro dessa caixinha tem a chave de um carro que a empresa está disponibilizando para a senhora a partir de agora, o carro se encontra no estacionamento da empresa e o documento no porta luvas! —E porque, a empresa está me oferecendo um carro? Porque é normal da empresa senhora Bellaver! Todos os acionistas e os que têm cargos mais elevados, têm um carro proporcionado pela empresa, e com a senhora não pode ser diferente ou a senhora prefere que seja? Não, claro que não, eu prefiro que me tratam igual aos outros —entã