Bruno Castellazzo
A localização que foi informada ficava bastante afastada da cidade, gastamos em média duas horas para chegar na propriedade.As estradas estavam todas esburacadas e de difícil acesso, suponho que não moravam habitantes próximos naquele lugar, pelos arredores enxergamos muita vegetação e no meio de todo esse matagal encontramos uma imensa casa que se encontrava num estado deplorável.Apenas faço um sinal para que meus homens desçescessem e se espalhassem para saber se não fomos vítimas de alguma emboscada.Depois de uma rápida revista, Leonardo sinalizou para que pudéssemos entrar dentro da casa sem sermos pegos de surpresa.Entramos na casa, meus homens foram na frente fazendo um cerco ao meu redor. Fomos surpreendidos por um cheiro forte de algo podre, marcas de sangue estavam espalhadas pelo chão.— Chefe, precisa ver isso. — Leonardo gritou do segundo andar.Subo aAurora Lancellotti Horas antes Gustavo não permitiu ir trabalhar, disse com aquela voz arrogante que queria uma mulher elegante e sorridente ao seu lado e não uma morta viva, então me levou direto para um dos melhores salões de beleza da cidade. — Você está lindíssima — comentou a maquiadora. Agradeço em um sorriso simpático, mesmo não me encontrando em um bom humor.Quando ela virou a cadeira giratória para o espelho, arregalei os olhos, mas não porque estava feia, e sim porque estava incrível. Meus olhos azuis estavam realçados num tom dourado e castanho e meus lábios estavam pintados de vermelhos, os cabelos estavam em cachos. Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz aveludada. — Querida, seu namorado tem sorte de ter uma mulher tão bonita — falou a maquiadora que Gustavo havia trocado algumas palavras antes de sair. Fiquei envergonhada pelo seu comentário, pois eu e Gustavo não éramos namorad
Bruno Castellazzo Seus olhos estavam fixos ao meu, o semblante carregado de puro pavor, mesmo de longe, observei uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto. Meus lábios curvaram num sorriso sarcástico, rapidamente, a garota desviou o olhar e seguiu para dentro do hotel acompanhada de um homem. Não pude deixar de notar as mãos possessivas envoltas da sua cintura. Senti uma sensação incomum no meu peito. Enquanto permanecia do lado de fora, observando o casal, uma mistura de emoções me invadiu. O sorriso sarcástico que se formou em meus lábios foi substituído por uma sensação de vazio.Ouvia vozes chamando pelo meu nome, ao mesmo tempo, em que flashes de luz eram disparados em meu rosto, ofuscando minha visão. Respirei fundo para não matar cada um desses imbecis e, aos poucos, recuperei minha visão. Estava tão perdido em meus pensamentos que não percebi a aproximação dos paparazzi. Eu acenei de fo
Bruno Castellazzo Meus olhos encontraram os dele, e um jogo silencioso de olhares começou a se desenrolar. Havia um desafio latente entre nós, uma tensão palpável que preenchia o ar. Eu sabia que ele era o acompanhante da garota, e pela sua expressão deixava claro que ele não gostava da minha presença perto dela.Enquanto ele se aproximava, eu me mantinha imóvel, exibindo um sorriso de superioridade. Ele estava claramente tentando me intimidar, mas não seria tão fácil assim. Eu era um Castellazzo, um homem acostumado a lidar com ameaças e a superá-las com maestria.— Parece que interrompendo um momento interessante aqui, não é mesmo? — disse ele, com uma voz carregada de desdém para a menina. A garota olhou para mim com um semblante assustado. Rapidamente, respondi: — Apenas puxei um assunto inusitado com a senhorita. Nada de mais. — Minha voz era calma e controlada, transmitindo confiança.Ele estreitou os olhos, tentando me
Bruno Castellazzo A urgência em sua voz deixava claro que não podíamos perder tempo. Nossas vidas estavam em perigo, e era crucial agir com determinação e eficiência.Apesar do meu desejo de ficar e proteger a garota, eu sabia que não poderia me permitir sucumbir a esse impulso. A situação era perigosa demais, tanto para as pessoas ao meu redor quanto para a própria garota. — Vamos, Henrico. Não podemos correr riscos. Me leve até um lugar seguro e informe a equipe de segurança. Henrico assentiu, saímos rapidamente do salão, evitando chamar a atenção. Nossa prioridade era a nossa segurança, e eu faria o que fosse necessário para proteger aqueles que estavam sob minha responsabilidade.Antes de sair, dei uma última olhada na garota, deixando para trás um sentimento confuso que eu jamais havia experimentado antes.Na verdade, já havia experimentado esse sentimento antes, e uma sensação de vazio se alastrou em meu peito, causando
Aurora Faria Hoje foi um daqueles dias terríveis, dignos de filmes de terror. Gustavo me levou a um leilão com o único propósito de me exibir como um troféu para os outros, mas tudo acabou se tornando ainda pior quando ele explodiu de ciúmes ao me ver conversando com outro homem.O pior era saber que o homem com quem eu estava conversando era exatamente aquele com quem eu tinha vomitado naquele maldito hotel. Minha cara quase caiu no chão de tanta vergonha, pois ele teve a audácia de mencionar o incidente, mesmo depois de me ameaçar de morte naquele dia. Sua coragem em trazer à tona esse assunto era desconcertanteNaquele bendito dia, uma onda de vergonha, desorientação e desespero me invadiu, me deixando completamente abalada. Além da intensa vergonha que me consumia, as palavras ameaçadoras proferidas por ele despertaram em mim um profundo medo, como se estivesse diante da própria morte. A simples lembrança da
Aurora Faria — Você só pensa em si mesma, é egoísta e se acha superior só porque tem o Gustavo aos seus pés. Deveria pelo menos considerar nossa família, pensar em nós. Não invejo o que ele te proporciona, mas me revolta que você não corresponda, que não pense que podíamos viver uma vida melhor, longe de toda essa violência e miséria. Tudo o que eu mais desejo é o melhor para nossa mãe e para nós. Droga! Ela se esforça tanto para nos dar uma vida digna, para não deixar faltar nada em casa, enquanto você está ocupada com seu próprio mundo egoísta. É como se não enxergasse a realidade ao seu redor, como se estivesse cega para as necessidades daqueles que realmente se importam com você. Eu só queria que você entendesse, que abrisse os olhos e percebesse. É tão difícil entender isso? PORRA! — Olhei para Laura com os olhos marejados e com o coração angustiado. Pensei que ela havia terminado, mas continuou — É frustrante ver como você desperdiça as oportuni
Bruno Castellazzo Ando pelos corredores da mansão acompanhado por minha noiva, Blanca Montenegro. Estou disposto a me casar para conseguir fechar negócios com os pais dela e com isso ter o meu passaporte para a máfia Colombiana.Blanca é uma mulher inteligente, empoderada e elegante. Não posso deixar de falar dos seus cabelos ruivos que são encantadores. Contudo, mesmo sendo uma bela mulher, não sinto nada por ela além de atração. Ela segue cada passo que dou, me acompanhando até o carro, onde o motorista dá partida nos levando para a festa de inauguração da joalheria de um dos meus sócios.Sou o tipo de homem que precisa tomar cuidado a cada passo que dou. Não posso sob hipótese alguma permitir que desconfiem de quem sou de verdade. Por isso tenho diversas empresas dentro e fora do meu território para disfarçar o meu envolvimento com a máfia. Todos pensam que sou um empresário de sucesso, e bom, isso não deixa de ser verdade, já que os meus negócios são sempre um sucesso.Desde o fa
Aurora Lancellotti Estou ansiosa esperando minha carta de admissão da Accademia Del Gioiello, na Itália, e espero ganhar uma bolsa. Só assim poderei realizar o meu sonho de me tornar uma designer de joias. Infelizmente minha mãe não pode pagar meus estudos. Apesar dela se esforçar muito para não deixar faltar nada em casa, sempre passamos por algumas privações, mas apesar dos momentos difíceis eu a admiro muito, ela me criou sozinha, já que meu pai a abandonou quando eu ainda estava na barriga e mesmo se encontrando sozinha e com uma criança nos braços, adotou a Laura, filha da sua melhor amiga, que morreu no parto e foi rejeitada pelo pai. Laura e eu somos mais que irmãs, somos melhores amigas.Durante a maior parte do ensino médio, Laura e eu trabalhamos como garçonetes em um restaurante para juntar dinheiro para irmos em busca dos nossos objetivos. Os donos eram bem complicados e pagavam pouco, porém não tínhamos muita opção, por isso seguimos trabalha