CAPÍTULO 3 GIAN

Da casa do Fausto fui diretamente para a minha casa, o que chamo de rancho porque é uma casa afastada da cidade, tudo aqui é rodeado por árvores, cheio de pássaros, com um lindo e grande jardim composto por variados tipos de flores, uma enorme piscina na qual eu quase não tenho tempo de desfrutar, o único lugar que vou frequentemente e extravaso todo o meu estresse do dia é na minha academia e no meu saco de pancada e aqui é o meu refúgio onde tenho momentos de paz.

Sento-me no meu escritório diante do meu computador e começo a trabalhar para saber o que de fato está acontecendo nos empreendimentos Montes e após duras horas de trabalho é inegável os desfalques que eles estão sofrendo, pretendo terminar esse trabalho em pelo menos em duas semanas.

Nesses dias trabalhei arduamente para descobrir o desfalque que não é pequeno, liguei para Fausto Montes e Romero marcando uma reunião para mostrar todas as planilhas com o que eu descobri.

No dia seguinte dirigi-me até a empresa no horário marcado e a secretária leva-me até a sala de reuniões onde os dois esperam-me e ao entrar Fausto e Romero se levantam para me cumprimentar.

— Caro Gian estamos surpresos com a sua rapidez! — Fausto fala.

— Por favor Gian estamos certos das nossas suspeitas? — Romero pergunta.

— Sim, houve desfalques. — Falo.

Romero b**e forte na grande mesa, assustando a mim e o senhor Fausto com a sua fúria.

— Sabia que eu estava certo! — Romero afirma nervoso.

— Acalme-se Romero essa sua falta de controle colocará tudo a perder. — Fausto fala bravo.

Fausto pede-me que eu explique para ele onde é o referido golpe e quem está atrás de tudo isso! Expliquei que Walter, o homem que trabalha com eles há muito tempo e ainda está à frente das empresas cuidando de todo o financeiro é o responsável pelo desfalque de todos os seus empreendimentos, inclusive as empresas ilícitas no qual Fausto é chefe desde jovem. Romero fica completamente irritado querendo fazer justiça com as próprias mãos saindo da sala de reuniões e Fausto pede-me que eu o acompanhe.

Consegui, alcança-lo e no seu carro seguimos para um lugar estranho, Romero marcar um encontro com Walter num lugar um tanto quanto estranho e no caminho ele faz-me a seguinte pergunta.

— Gian sabe manusear armas? Sabe lutar?— Romero pergunta enquanto dirige.

— Sei, aprendi de tudo nessa vida. — O respondi.

Mas ao chegarmos no encontro com Walter no grande galpão que parece estar só e Romero completamente sem controle já partir para cima do Walter o que ocasionou uma briga entre eles, Romero conseguiu desarmar Walter e por incrível que pareça a arma veio até os meus pés, seguro a arma entre as mãos e vejo Romero matando Walter, mas um capanga surge com a arma apontada para Romero e naquele momento só eu poderia salvar Romero, silenciosamente mirei na direção daquele desconhecido e puxei o gatilho em direção ao homem desconhecido e o mesmo cai no chão sem vida.

— Obrigado por salvar-me Gian? — Romero abraça-me.

— Melhor matar que morrer! — Falo.

— Preciso tirar esses vermes daqui, o galpão não tem ninguém o que me faz ter mais raiva desse imundo é assim agora entendo como acontece todos os desvios o porquê de tantos desfalques.

Respiro fundo após essa adrenalina que passei junto com Romero, ele liga para alguns homens que imediatamente chegam para enterrar os dois homens, ele leva-me para conhecer o enorme galpão no qual fico admirado por tanto armamento pesado e Romero dá-me aulas de como atirar corretamente com armamento pesado e o restante do dia foi somente para conhecer o meu novo trabalho e atirar com todas aquelas armas e no final ainda ganhei uma arma de presente por salvar a vida do Romero.

Daquele dia em diante tornei-me o melhor amigo do Romero, equilibro todas as finanças daquela família, hoje Romero e Fausto sabem o que entra e sai daquelas empresas ganhei o coração de todos naquela casa menos de Natasha!

Fui convidado para um jantar na mansão em agradecimento por salvar a vida do Romero, comprei flores para as mulheres da casa e quando cheguei sou recebido pela anfitriã da casa Lúcia Montes.

— Gian meu querido obrigada pelas flores seja bem-vindo sempre a esta casa, quero muito agradecer pessoalmente por salvar a vida do Romero, não sei nem o que seria de mim se tivesse acontecido algo com o meu filho.

— Não tem o que agradecer, faria tudo novamente. — Falo e fico com as outras flores nas mãos.

Natasha desce silenciosamente, os seus cabelos curtos, pretos e lisos, fazem-me perder a noção do tempo, nunca pensei que um dia iria desejar outra mulher como desejo Natasha é algo inevitável.

— Natasha venha falar com o nosso convidado! — Lúcia a chama.

— Esse homem não é meu convidado! — Natasha fala encarando-me.

— Natasha você me mata de vergonha! — Lúcia fala.

— Trouxe rosas! — Falo entregando-lhe o buquê.

— Não quero nada de você, as suas mãos são sujas de sangue e pólvora! Sabia que você era como papai e Romero.

— Quem é igual a mim Natasha? Receba Gian com se ele fosse da família e aceite as rosas dele. — Fausto ordena.

O senhor Fausto apareceu e faz Natasha aceitar as minhas rosas na força do ódio, a mesma as aceita a contragosto e fui conversar com ele enquanto Romero chega e sempre que posso olho Natasha disfarçadamente para ninguém perceber o quanto estou admirado com a beleza dela.

Romero enfim chegou conversamos mais um pouco, sentamos todos ao redor da mesa, percebo Natasha e Romero trocando farpas, não entendo tamanha rebeldia da Natasha com a sua família, eu amaria ter pelo menos a minha mãe ao meu lado, já que o meu pai não foi um exemplo. Até entendo um pouco ela não querer ser de uma família que se tornou rica através do crime, como também não entendo ela permanecer nesse meio, eu na idade da Natasha já sustentava a mim e a minha mãe apesar das dificuldades jamais quis permanecer no ambiente de dor e miséria que eu vivia.

O luxo aqui é maior, deve ser difícil para ela largar toda a sua herança para viver uma vida de ativista politicamente correta.

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