AZRAEL ..Durante três dias, eu me mantive isolado em meu próprio universo, imerso em pensamentos e dúvidas que jamais havia sentido. Enquanto eu ainda estava imerso na escuridão do meu próprio exílio auto imposto, uma visão se formou diante de mim, uma cena da qual não fui convidado a participar, mas que me foi mostrada como uma punição, um teste. Eu vi Ayla, seu rosto corado, a ansiedade e hesitação visíveis em cada gesto seu. Ao lado dela estava Daniel, seu pretendente, o homem que ela escolheu para cumprir o que deveria ser o meu papel.Eu ouvi cada palavra como se estivesse ali, presente no mesmo ambiente que eles, invisível, mas fervendo por dentro com um ódio que ameaçava me consumir. Ele pedindo permissão pra namorar Ayla, como se ela fosse realmente dele.Ele era gentil, amoroso, exatamente o oposto do que eu era. Ele a olhou como se ela fosse uma deusa, mas deixava claro a vontade que tinha de consumi-la.Cada palavra era uma lâmina afiada cortando minha carne, atingind
AYLA..Três dias. Três longos e angustiantes dias se passaram desde que Azrael desapareceu da minha vida. Eu esperava que ele surgisse a qualquer momento para me confrontar, para fazer o que sempre fazia, me encurralar, me fazer questionar meus princípios, testar a minha resistência. Mas ele simplesmente sumiu, como se nunca tivesse existido. Como se fosse apenas um fantasma que veio me assombrar e depois desapareceu na escuridão.A princípio, achei que isso era tudo o que eu queria. Que essa ausência traria paz ao meu coração e à minha mente. Mas conforme os dias passavam, eu comecei a perceber que algo estava errado. O silêncio dele não me trazia alívio, mas uma sensação incômoda de vazio, de algo faltando. Como se parte de mim estivesse esperando por ele, por sua presença avassaladora, por aquele toque que era capaz de me fazer perder o controle de tudo o que eu achava conhecer sobre mim mesma.E era exatamente esse o problema. Eu deveria estar feliz, mas o que sentia era uma
As folhas secas rangiam sob meus pés enquanto caminhava de volta da lavoura. O sol estava começando a se pôr, tingindo o céu com tons alaranjados, e meu corpo doía em cada músculo. O cansaço era mais do que físico, era como se eu carregasse um peso dentro de mim que não conseguia aliviar. Cada dia sem Azrael era uma luta para não me perder nos meus próprios pensamentos.Assim que entrei em casa, senti um alívio momentâneo ao deixar a cesta de legumes na cozinha. Minha mãe me lançou um olhar preocupado, mas eu não queria conversar, então fui direto para o meu quarto. Eu fechei a porta atrás de mim e me sentei na cama, tentando expulsar a imagem dele da minha mente, mas era inútil.Levantei e fui para o banheiro. Talvez um banho ajudasse a lavar a sensação horrível que me consumia por dentro. Liguei o chuveiro e deixei a água escorrer pelo meu corpo, sentindo a quentura relaxar meus músculos tensos. Fechei os olhos e, sem querer, me peguei lembrando do toque de Azrael, do jeito com
AZRAEL ..A escuridão era minha aliada, um véu que me mantinha separado do mundo dos mortais e de suas complicações. Mas mesmo no abismo em que eu me escondia, a voz dela conseguia me alcançar. Uma fraqueza que me perturbava. Eu ouvi Ayla me chamar. Não era um chamado físico, mas uma força etérea, uma invocação que atravessava as dimensões, me encontrando em meio às sombras.Havia desespero na voz dela, um tremor que fez cada fibra do meu ser estremecer. Por um momento, me perguntei se era um truque. Será que ela sabia como me invocar? Ou era simplesmente o destino me pregando peças, brincando com minha mente já perturbada?A voz dela se arrastava como um eco, como se estivesse presa em um vazio do qual não conseguia escapar. Eu a via, em minha mente, seus olhos escurecidos pelo medo e pela necessidade. Eu podia sentir o calor dela, a angústia e o desespero pulsando através do véu que nos separava.Por que ela me chamava? Era isso o que ela sempre quis, que eu desaparecesse, que
AYLA..Entrei em casa com o coração pesado e a mente girando em uma espiral confusa. Cada passo que eu dava soava oco, como se a realidade ao meu redor estivesse desmoronando. Fechei a porta do quarto e me joguei na cama, abraçando o travesseiro com força, tentando conter as lágrimas que começaram a cair de forma incontrolável.Me sentir daquela forma era absurdamente desesperador. E saber que Azrael conseguia me afetar tanto daquela forma, me deixava ainda mais vulnerável?Azrael não tinha sentimentos, ele havia deixado isso claro. Eu era apenas uma missão para ele, nada mais. Ainda assim, o fato de ele ter sumido por tanto tempo e depois reaparecido só porque eu o chamei... aquilo mexia comigo. Meu coração estava confuso, minha mente uma bagunça, e o vazio que ele deixava cada vez que desaparecia me consumia.Mas eu não podia continuar daquela forma. Não podia deixar que ele me destruísse pouco a pouco. Eu decidi naquele momento que iria acabar com aquilo de uma vez por todas. E
AZRAEL..Eu sempre fui implacável. Anos se passaram, séculos, e nunca vacilei em minhas missões. Nunca hesitei diante da pureza que deveria ser corrompida, nunca permiti que sentimentos interferissem no meu propósito. Até ela: Ayla.Cada vez que eu fechava os olhos, era a imagem dela que surgia. Cada detalhe. Seus olhos inocentes, que carregavam um desejo que antes era impossível. Seus lábios, que tremiam de raiva, medo, e algo mais profundo. Algo que eu nunca deveria ter despertado. Mas a verdade era que estava se tornando quase impossível conter meus instintos e sentimentos.Eu tentei me manter distante. Tentei me lembrar de quem eu era, um anjo obsessor, mas vê-la se distanciar, e sentir o peso dos sentimentos dela como se eles tivessem voz, me maltratou de uma forma inimaginável.Eu sabia que devia ficar longe, mas mesmo na escuridão, eu ouvi os gemidos dela, eu ouvi os lábios dela pronunciando o meu nome.— Azrael, não...Hariel estava a espreita, analisando todos os meus pas
AYLA..No dia seguinte eu acordei com peso no mundo nas costas, parecia que eu havia levado uma surra e tinham me deixado para morrer, não era apenas o peso do meu coração, era o peso de todas os sentimentos que eu estava sendo obrigada a guardada dentro de mim.Eu desci para o café da manhã antes de ir trabalhar com a minha mãe, e eu tinha a impressão de que os meus pais tinham medo de perguntar o que estava acontecendo, pois eles não sabiam como me ajudar.Apesar de eu ter tomado a decisão de namorar com o Daniel, o fato do sentimento por Azrael ter penetrado em meu coração, já era problema suficiente para toda uma vida, e o meu namoro com Daniel talvez não fosse capaz de eliminar todo esse sentimento.— Eu fui entregar alguns legumes hoje, e encontrei o Daniel. Ele pediu permissão pra sair com você, então, está livre do trabalho hoje.O meu pai disse, com um sorriso no rosto. Eu tentei sorrir de volta, e apenas concordei com a cabeça.A minha mãe me olhou com compaixão, ela sabia
Ele olhou em direção aos meus peitos, com o olhar tão faminto capaz de penetrar a minha alma. O meu coração parecia que estava prestes a sair pela minha boca.— O que você vai fazer?Perguntei ao vê-lo se aproximar ainda mais, o rosto dele estava tão próximo do meu, que deu pra sentir a respiração quente dele.Ele levou as mãos até os meus peitos e começou a desabotoar a minha camiseta. A minha garganta estava seca, e por alguma razão, eu não senti vontade de contê-lo, eu deixei que ele continuasse a me despir. Quando ele abriu a minha camisa, ele se deparou com o meu sutiã.— Termine de tirar a camisa e depois retire o sutiã.A voz dele estava carregada de desejo.Eu deixei a minha camisa cair no chão e fiz o que ele pediu, tirei o sutiã e revelei os meus seios.— Oh, Céus. Você é perfeita. Ele encostou o corpo totalmente no meu, e apertou os meus peitos com força, e eu senti o volume dele pressionando a minha barriga.— Ayla, como eles são durinhos. Ele começou a mordê-los leve