Depois do banho, desci para tomar café com meus pais. O cheiro de pão fresco e café encheu o ambiente, mas eu mal conseguia sentir o aroma. A minha mente ainda estava presa na noite anterior, na destruição do meu quarto, nas palavras de Azrael, e no que eu estava prestes a fazer.— Ayla, você está bem?A voz do meu pai cortou meus pensamentos. Ele estava me observando atentamente do outro lado da mesa.— Você parece... diferente.Levantei os olhos lentamente para ele, forçando um sorriso que eu sabia que não era convincente.— Estou bem, pai. Só um pouco cansada. Não dormi muito bem, isso é tudo.— Aconteceu algo mais?Eu sabia que ele estava se referindo a Azrael, mas se eu contasse o que ele fez e o meu plano, ele jamais permitiria que eu seguisse adiante.— Não, só o que você já sabe.Ele estreitou os olhos, claramente não satisfeito com a minha resposta, mas não insistiu. Ao invés disso, ele sorriu suavemente e assentiu.— Eu gostaria de aproveitar que o dia está mais bonito hoje
AZRAEL ..Eu os observei, cada movimento calculado, cada palavra impregnada de desejo e manipulação. Ela ousou propor o impensável. Se entregar a ele, como se eu, Azrael, não fosse nada além de uma sombra em sua mente. Um mero obstáculo a ser superado. O vento ao meu redor começou a ganhar força, rugindo como uma fera que se liberta de suas correntes. Meu poder se manifestava, uma tempestade em ascensão, meus olhos fixos naquela cena de traição.— Como ele ousa? Como Daniel, um mortal insignificante, ousa me desafiar?Com um grito de fúria que ecoou como um trovão, a ventania cresceu. Árvores balançaram violentamente, folhas se soltaram e voaram, e eu vi o medo nos olhos dela, ainda que tentasse escondê-lo. Mas Daniel... ah, Daniel. Ele estava diferente. O pavor havia sido substituído por algo mais: Arrogância. Ele acreditava que poderia me desafiar, que poderia tomar Ayla para si sem sofrer as consequências.Eu jamais deixaria que ele tocasse no corpo dela como eu tocava, muito m
Senti a vagina dela úmida, e enquanto ela lutava pra se desprender da parede, eu tirei a calcinha dela e comecei a alisar os grandes lábios dela.— Azrael, por favor... Um gemido saiu dos seus lábios, e eu senti cada desenho do meu corpo se acender, aqueles desenhos representavam cada uma das virgens que penetrei ao longo da minha existência, e a cada vez que isso acontecia, uma nova ramificação era criada na minha pele.— Gema alto, Ayla, eu quero ouvir você.Eu levei os meus dedos até o clitóris dela, e os movimentei de forma rápida, e os gemidos dela ficaram cada vez mais intensos.— Peça pra eu penetrá-la, Ayla, peça agora.A minha voz grave ecoou por todo o ambiente, revelando o meu intenso desejo de finalmente pegar o que deveria ser meu, mas eu sentia a mente dela rejeitar aquele ato, e aquilo me confrontou de uma forma absurda.Eu tirei os meus dedos da vagina dela, e me afastei, porém mantive os meus olhos no corpo dela, e na forma descompassada que ela respirava.Ela me olh
AYLA ..A fúria de Azrael, assustou até mesmo os pais do Daniel, ninguém nunca havia visto uma ventania tão forte naquela época do ano.Corremos pra dentro da casa de Daniel, depois dos pais dele nos chamar, e a interrogação era evidente nos olhos deles.— O sol estava radiante até pouco tempo, o que está acontecendo?A mãe de Daniel jogou a pergunta ao vento, esperando que alguém pudesse ter as respostas pras dúvidas dela.Eu e o Daniel nos olhamos, nós sabíamos exatamente o motivo daquilo tudo, mas não podíamos revelar com o que estávamos lidando, se eles soubessem, certamente iriam impedir que o Daniel ficasse comigo.— Acho que devo ir pra casa, os meus pais devem estar preocupados.— Não Ayla, quando tudo passar, vou levar você até em casa e explico pros seus pais o motivo da demora, não é seguro você sair daqui agora.Eu concordei com a cabeça e fiquei com eles conversando sobre assuntos aleatórios, depois almoçamos juntos, e mesmo já dando pra voltar pra casa, eu fiquei o res
Quando me levantei da cama, senti o meu corpo inteiro tremer, ele não havia sido violado, não de forma definitiva, mas ainda sentia os dedos de Azrael nas minhas partes íntimas.Eu caminhei até o banheiro, ainda tentando assimilar o que havia acabado de acontecer. Como um anjo podia se comportar tão intensamente como um humano? Eu conseguia sentir o pênis dele fazendo pressão em mim, e pra mim, ainda era inacreditável tudo aquilo.Enquanto eu tomava banho, eu senti o líquido liso na minha vagina, e eu fiquei toda arrepiada, cada toque daquele anjo ainda reverberava pelo o meu corpo.Eu não falei nada em voz alta, mas a mente estava gritando, eu estava sedenta por mais e aquilo poderia significar minha ruína.Eu demorei a pegar no sono, eu fiquei imaginando se o sexo com o Daniel iria me fazer sentir as mesmas coisas que senti com Azrael, e pensar nisso soou tão errado.Na manhã seguinte, acordei com os primeiros raios de sol invadindo meu quarto. A sensação do que havia acontecido na
AZRAEL ..Durante três dias, eu me mantive isolado em meu próprio universo, imerso em pensamentos e dúvidas que jamais havia sentido. Enquanto eu ainda estava imerso na escuridão do meu próprio exílio auto imposto, uma visão se formou diante de mim, uma cena da qual não fui convidado a participar, mas que me foi mostrada como uma punição, um teste. Eu vi Ayla, seu rosto corado, a ansiedade e hesitação visíveis em cada gesto seu. Ao lado dela estava Daniel, seu pretendente, o homem que ela escolheu para cumprir o que deveria ser o meu papel.Eu ouvi cada palavra como se estivesse ali, presente no mesmo ambiente que eles, invisível, mas fervendo por dentro com um ódio que ameaçava me consumir. Ele pedindo permissão pra namorar Ayla, como se ela fosse realmente dele.Ele era gentil, amoroso, exatamente o oposto do que eu era. Ele a olhou como se ela fosse uma deusa, mas deixava claro a vontade que tinha de consumi-la.Cada palavra era uma lâmina afiada cortando minha carne, atingind
AYLA..Três dias. Três longos e angustiantes dias se passaram desde que Azrael desapareceu da minha vida. Eu esperava que ele surgisse a qualquer momento para me confrontar, para fazer o que sempre fazia, me encurralar, me fazer questionar meus princípios, testar a minha resistência. Mas ele simplesmente sumiu, como se nunca tivesse existido. Como se fosse apenas um fantasma que veio me assombrar e depois desapareceu na escuridão.A princípio, achei que isso era tudo o que eu queria. Que essa ausência traria paz ao meu coração e à minha mente. Mas conforme os dias passavam, eu comecei a perceber que algo estava errado. O silêncio dele não me trazia alívio, mas uma sensação incômoda de vazio, de algo faltando. Como se parte de mim estivesse esperando por ele, por sua presença avassaladora, por aquele toque que era capaz de me fazer perder o controle de tudo o que eu achava conhecer sobre mim mesma.E era exatamente esse o problema. Eu deveria estar feliz, mas o que sentia era uma
As folhas secas rangiam sob meus pés enquanto caminhava de volta da lavoura. O sol estava começando a se pôr, tingindo o céu com tons alaranjados, e meu corpo doía em cada músculo. O cansaço era mais do que físico, era como se eu carregasse um peso dentro de mim que não conseguia aliviar. Cada dia sem Azrael era uma luta para não me perder nos meus próprios pensamentos.Assim que entrei em casa, senti um alívio momentâneo ao deixar a cesta de legumes na cozinha. Minha mãe me lançou um olhar preocupado, mas eu não queria conversar, então fui direto para o meu quarto. Eu fechei a porta atrás de mim e me sentei na cama, tentando expulsar a imagem dele da minha mente, mas era inútil.Levantei e fui para o banheiro. Talvez um banho ajudasse a lavar a sensação horrível que me consumia por dentro. Liguei o chuveiro e deixei a água escorrer pelo meu corpo, sentindo a quentura relaxar meus músculos tensos. Fechei os olhos e, sem querer, me peguei lembrando do toque de Azrael, do jeito com