Ragnar treinava com os seus homens.
Bjorn já tinha partido do reino do Norte. Ele e o filho se despediram com um abraço fraternal e a promessa de que voltaria em breve. Erik acompanhou Sigurd até o Reino do Fogo, sabia que precisava conversar com o irmão e deveria ser o mais breve possível.
Rolf permaneceu no reino com Ragnar, sua mente não parava de pensar sobre tudo o que descobriu e o que estava prestes a acontecer. Estava perdido em seus pensamentos quando sentiu duas mãos delicadas o abraçando de maneira ousada, arregalou os olhos e começou a se virar devagar, mas Thyra o impediu sussurrando no seu ouvido:
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Depois do constrangimento ao flagrar Thyra acariciando Rolf, Astrid voltou a atenção para seu marido, imerso em seu treinamento com os homens. O coração dela se aqueceu ao observar os movimentos ágeis de Ragnar, que empunhava sua espada com destreza. Cada golpe era uma dança, uma demonstração de força e agilidade, enquanto ele se esquivava de seu oponente com um jogo de quadril e pernas que a deixava hipnotizada.O sol, em sua trajetória, banhava a pele bronzeada de Ragnar, fazendo-a brilhar de forma tentadora. A forma como as gotículas de suor deslizavam por seu corpo musculoso despertava um desejo incontrolável em Astrid. Ela observava atentamente cada movimento, cada expressão que passava pelo rosto dele enquanto lutava, e sua respiração se tornava mais pesad
Ragnar finalizou seu intenso treino ao ar livre, o calor do sol refletia nas gotas de suor que escorriam por seu corpo musculoso. Ele olhou ao redor, buscando sua rainha com um olhar atento e ao se deparar somente com Sigrid e Thyra em um canto do campo, um leve estranhamento o invadiu. Onde estaria Astrid? A preocupação fez com que ele se aproximasse lentamente das mulheres que ao perceberem sua chegada, curvaram-se em reverência.— Por favor, vocês não precisam fazer isso! — disse Ragnar com a voz firme, mas amigável. Ele apreciava o respeito, mas também desejava que todos se sentissem à vontade. Encarou as mulheres e perguntou: — Onde está Astrid?Thyra, com um sorriso travesso nos lábios, respondeu:<
Astrid sentiu o seu corpo estremecer, Ragnar urrou como um animal e ambos se entregaram ao orgasmo. A morena sentiu o corpo desfalecer e quase caiu sobre a cama, mas Ragnar puxou o corpo pequeno para seus braços e buscou seus lábios a beijando com carinho. Astrid sorriu. Estava em êxtase. Nunca tinha sentido esse mix de sentimentos e sensações como sentiu dessa vez. Era como se eles tivessem se fundido em um só. Ragnar se retirou de dentro dela e deitou com sua amada sob a cama, Astrid se aninhou no corpo grande do esposo que sorriu ao ver sua mulher tão manhosa. Sorriu e desceu a cabeça até o ventre da esposa, sorriu beijando o local com carinho. Astrid ainda de olhos fechados acariciava os fios loiros de seu marido. Ele amava esse gesto, representava intimidade. Nenhuma outra mulher já havia pego em seus cabelos antes, assim como o beijo era apenas dela. Os olhos azuis do marido encararam os seus e ele perguntou: — Minha lua… machuquei você? Astrid sorriu e puxou o corpo grande
Do lado de fora do quarto do casal, Inga estava paralisada, seu corpo estremecia de raiva. As juras de amor, os gemidos e a paixão que ela ouviu através da porta eram facadas dadas em seu coração. A energia vibrante que emanava do quarto parecia palpável, um lembrete cruel de tudo o que ela havia desejado e lutado, durante toda a vida, Ragnar entregou a outra mulher. Ela se afastou com um nó na garganta e caminhou até a cozinha, decidida a preparar um chá para Astrid, sabia que sua rainha apreciava uma xícara antes de dormir. Ia esperar Ragnar partir para oferecer a Astrid quando estivesse só. Queria presenciar Astrid em seu momento de vulnerabilidade, queria que a rainha levasse sua imagem como a última, antes do fim. Estava determinada a colocar seu plano em ação.✲ ✲ ✲ Ragnar acordou mais cedo que o habitual, mas permaneceu deitado com os olhos fechados e sua mente ainda envolta em um sonho enigmático. Ele sonhou com uma bela mulher de longos cabelos ruivos dizendo que fosse fo
Nas terras do fogo… Voltar ao lugar que um dia foi seu lar, não foi nada fácil. Erik no momento que avistou as muralhas do castelo, foi atingido por lembranças de sua amada mãe, das brincadeiras com o seu irmão, de sua infância feliz… O reino era coberto de paz, alegria e harmonia. Desde quando seu pai assumiu o trono após a morte de seu avô, existia paz e justiça no reino do fogo, invejado por todas as outras quatro nações. Até o fatídico dia em que ceifaram a vida de sua amada mãe. Uma traição. Uma vida inocente que foi tirada pela ambição do homem pelo poder. Erik pode ver como o seu pai foi consumido pelo ódio, como os ideais de justiça, liberdade e fraternidade foram facilmente esquecidos. Viu o declinar de um líder e o surgimento de um carrasco, genocida, um rei sem misericórdia, tudo o que sua mãe mais abominava. Um líder antes venerado, foi corrompido, se aliando às piores cobras da idade média. Um rei tolo, segundo Erik. O que mais o magoava era perceber que seu irmão s
Nas terras do Norte além da muralha… Ragnar encontrava-se pronto para partir. Algo dentro de si o deixava temeroso e ele não entendia o porquê. Nunca foi um homem de acreditar em pressentimentos, mas pela primeira vez, estava inseguro. Não queria deixar Astrid sozinha, sabia que ela ficaria protegida por Rolf, Sigurd e todos os outros selvagens, mesmo assim sentia como se apenas ele pudesse protegê-la. Suspirou fundo. Já tinha brigado até com Ræv, seu demônio dizia que eles precisavam partir, porque apenas ele era capaz de ensinar o rei do Reino do fogo a extrair o poder que deveria ser entregue a Erik. Mas Ræv também estava temeroso. Sentia que algo muito ruim estava prestes a acontecer, como se fosse um mal necessário. O sonho que o humano teve com sua mãe, foi um sinal… Lagherta deixou claro para Ræv que ele precisava afastar Ragnar da vila o quanto antes. Partiria, mas sem romper sua conexão com Vaskebjørn, sua rainha seria protegida mesmo de longe. Astrid estava ao lado de
No reino da terra…Ingrid acabara de chegar no seu antigo reino. Depois de alguns anos, retornar às suas terras causava uma certa nostalgia. Sabia que o motivo de seu retorno era seu marido. Ela percebeu as mudanças de Bjorn há três luas, quando seu marido teve um descontrole em seus poderes. Ao compreender que a selvagem havia morrido, uma parte de Bjorn morreu naquele exato momento. Ingrid sabia que se o marido descobrisse que ela estava por trás da morte de sua amada, nunca a perdoaria. Escutar seu marido chorar embaixo daquela árvore, local criado para pensar nela, era extremamente doloroso. Nunca desejou isso. Quando seu pai contou que o homem que ela sempre amou, estava de caso com uma selvagem, teve ódio, raiva de seus sentimentos, de como foi boba por achar que Bjorn um dia olharia para ela. No fundo, sabia que isso ia acabar acontecendo. O loiro sempre teve espírito aventureiro e sempre quis ir além das muralhas. Nunca almejou ser rei, este era um dos tópicos que ela mais
No Reino do Fogo… — Então Ivar, você acredita que Gudrun está estudando uma forma de extrair o seu poder? — perguntou Erik ao irmão o olhando atentamente. — Infelizmente sim. Antes de morrer, Vidar me procurou e descobriu que Gudrun estava envolvido com a magia das trevas. Ele acreditava que o rei tinha feito, em troca de poder, um pacto de sangue e alma com Jotun. Ele pediu a minha ajuda e a do Bjorn para desmascará-lo, mas acabou morrendo antes…— Disse Ivar bebericando o seu vinho. Olaf estava ao lado de seu rei e Erik que se encontrava em pé olhando a vista do reino virou-se para o seu irmão e perguntou: — E você acredita que me cedendo seu poder poderemos impedir que ele se torne poderoso? — perguntou Erik.— Acredito que já deva saber que Bjorn é o pai de seu bárbaro. — disse o rei encarando o irmão que ficou surpreso e perguntou: — Você já sabia disso? Mas como? Ivar sorriu e respondeu:— Quando nos conectamos ao portador do demônio, eu tive uma visão… compartilhada. Is