Ragnar finalizou seu intenso treino ao ar livre, o calor do sol refletia nas gotas de suor que escorriam por seu corpo musculoso. Ele olhou ao redor, buscando sua rainha com um olhar atento e ao se deparar somente com Sigrid e Thyra em um canto do campo, um leve estranhamento o invadiu. Onde estaria Astrid? A preocupação fez com que ele se aproximasse lentamente das mulheres que ao perceberem sua chegada, curvaram-se em reverência.
— Por favor, vocês não precisam fazer isso! — disse Ragnar com a voz firme, mas amigável. Ele apreciava o respeito, mas também desejava que todos se sentissem à vontade. Encarou as mulheres e perguntou: — Onde está Astrid?
Thyra, com um sorriso travesso nos lábios, respondeu:
<Astrid sentiu o seu corpo estremecer, Ragnar urrou como um animal e ambos se entregaram ao orgasmo. A morena sentiu o corpo desfalecer e quase caiu sobre a cama, mas Ragnar puxou o corpo pequeno para seus braços e buscou seus lábios a beijando com carinho. Astrid sorriu. Estava em êxtase. Nunca tinha sentido esse mix de sentimentos e sensações como sentiu dessa vez. Era como se eles tivessem se fundido em um só. Ragnar se retirou de dentro dela e deitou com sua amada sob a cama, Astrid se aninhou no corpo grande do esposo que sorriu ao ver sua mulher tão manhosa. Sorriu e desceu a cabeça até o ventre da esposa, sorriu beijando o local com carinho. Astrid ainda de olhos fechados acariciava os fios loiros de seu marido. Ele amava esse gesto, representava intimidade. Nenhuma outra mulher já havia pego em seus cabelos antes, assim como o beijo era apenas dela. Os olhos azuis do marido encararam os seus e ele perguntou: — Minha lua… machuquei você? Astrid sorriu e puxou o corpo grande
Do lado de fora do quarto do casal, Inga estava paralisada, seu corpo estremecia de raiva. As juras de amor, os gemidos e a paixão que ela ouviu através da porta eram facadas dadas em seu coração. A energia vibrante que emanava do quarto parecia palpável, um lembrete cruel de tudo o que ela havia desejado e lutado, durante toda a vida, Ragnar entregou a outra mulher. Ela se afastou com um nó na garganta e caminhou até a cozinha, decidida a preparar um chá para Astrid, sabia que sua rainha apreciava uma xícara antes de dormir. Ia esperar Ragnar partir para oferecer a Astrid quando estivesse só. Queria presenciar Astrid em seu momento de vulnerabilidade, queria que a rainha levasse sua imagem como a última, antes do fim. Estava determinada a colocar seu plano em ação.✲ ✲ ✲ Ragnar acordou mais cedo que o habitual, mas permaneceu deitado com os olhos fechados e sua mente ainda envolta em um sonho enigmático. Ele sonhou com uma bela mulher de longos cabelos ruivos dizendo que fosse fo
Nas terras do fogo… Voltar ao lugar que um dia foi seu lar, não foi nada fácil. Erik no momento que avistou as muralhas do castelo, foi atingido por lembranças de sua amada mãe, das brincadeiras com o seu irmão, de sua infância feliz… O reino era coberto de paz, alegria e harmonia. Desde quando seu pai assumiu o trono após a morte de seu avô, existia paz e justiça no reino do fogo, invejado por todas as outras quatro nações. Até o fatídico dia em que ceifaram a vida de sua amada mãe. Uma traição. Uma vida inocente que foi tirada pela ambição do homem pelo poder. Erik pode ver como o seu pai foi consumido pelo ódio, como os ideais de justiça, liberdade e fraternidade foram facilmente esquecidos. Viu o declinar de um líder e o surgimento de um carrasco, genocida, um rei sem misericórdia, tudo o que sua mãe mais abominava. Um líder antes venerado, foi corrompido, se aliando às piores cobras da idade média. Um rei tolo, segundo Erik. O que mais o magoava era perceber que seu irmão s
Nas terras do Norte além da muralha… Ragnar encontrava-se pronto para partir. Algo dentro de si o deixava temeroso e ele não entendia o porquê. Nunca foi um homem de acreditar em pressentimentos, mas pela primeira vez, estava inseguro. Não queria deixar Astrid sozinha, sabia que ela ficaria protegida por Rolf, Sigurd e todos os outros selvagens, mesmo assim sentia como se apenas ele pudesse protegê-la. Suspirou fundo. Já tinha brigado até com Ræv, seu demônio dizia que eles precisavam partir, porque apenas ele era capaz de ensinar o rei do Reino do fogo a extrair o poder que deveria ser entregue a Erik. Mas Ræv também estava temeroso. Sentia que algo muito ruim estava prestes a acontecer, como se fosse um mal necessário. O sonho que o humano teve com sua mãe, foi um sinal… Lagherta deixou claro para Ræv que ele precisava afastar Ragnar da vila o quanto antes. Partiria, mas sem romper sua conexão com Vaskebjørn, sua rainha seria protegida mesmo de longe. Astrid estava ao lado de
No reino da terra…Ingrid acabara de chegar no seu antigo reino. Depois de alguns anos, retornar às suas terras causava uma certa nostalgia. Sabia que o motivo de seu retorno era seu marido. Ela percebeu as mudanças de Bjorn há três luas, quando seu marido teve um descontrole em seus poderes. Ao compreender que a selvagem havia morrido, uma parte de Bjorn morreu naquele exato momento. Ingrid sabia que se o marido descobrisse que ela estava por trás da morte de sua amada, nunca a perdoaria. Escutar seu marido chorar embaixo daquela árvore, local criado para pensar nela, era extremamente doloroso. Nunca desejou isso. Quando seu pai contou que o homem que ela sempre amou, estava de caso com uma selvagem, teve ódio, raiva de seus sentimentos, de como foi boba por achar que Bjorn um dia olharia para ela. No fundo, sabia que isso ia acabar acontecendo. O loiro sempre teve espírito aventureiro e sempre quis ir além das muralhas. Nunca almejou ser rei, este era um dos tópicos que ela mais
No Reino do Fogo… — Então Ivar, você acredita que Gudrun está estudando uma forma de extrair o seu poder? — perguntou Erik ao irmão o olhando atentamente. — Infelizmente sim. Antes de morrer, Vidar me procurou e descobriu que Gudrun estava envolvido com a magia das trevas. Ele acreditava que o rei tinha feito, em troca de poder, um pacto de sangue e alma com Jotun. Ele pediu a minha ajuda e a do Bjorn para desmascará-lo, mas acabou morrendo antes…— Disse Ivar bebericando o seu vinho. Olaf estava ao lado de seu rei e Erik que se encontrava em pé olhando a vista do reino virou-se para o seu irmão e perguntou: — E você acredita que me cedendo seu poder poderemos impedir que ele se torne poderoso? — perguntou Erik.— Acredito que já deva saber que Bjorn é o pai de seu bárbaro. — disse o rei encarando o irmão que ficou surpreso e perguntou: — Você já sabia disso? Mas como? Ivar sorriu e respondeu:— Quando nos conectamos ao portador do demônio, eu tive uma visão… compartilhada. Is
Quando chegou à cozinha, a cena era desesperadora.Astrid se debatia no chão. Thyra e Ylva tentavam conter as convulsões e Sigrid estava inerte, sem saber o que fazer. — O que houve? — gritou Sigurd. — Eu… eu não sei! Acho que o chá… o chá… o chá … Sigrid tentava falar alguma coisa. Rolf se aproximou de Astrid e pode sentir a vida de sua rainha se esvaindo entre seus dedos. Thyra tentava usar o seu poder para reverter o feitiço e Ylva tentava entrar na mente de Astrid e impedir a passagem. Foi quando um estrondo surgiu na cozinha e uma luz verde surgiu das mãos de Sigrid. Na sua testa surgiu uma marca, característica de um poder oculto, conhecido como Helbredende, o poder de regeneração mitótica, capaz de curar e desfazer feitiços. Todos estavam assustados. Rolf sorriu e por um momento se acalmou. — Afastem-se de nossa rainha! Ela se aproximou da amiga e levou suas mãos até seu corpo. Uma energia verde saiu de suas mãos e assolou o corpo de Astrid. Sigrid depositava todo o seu p
No Reino do Fogo…Erik estava posicionado nos portões da cidade, ao lado de Olaf, ambos à espera da chegada de Ragnar. O céu estava tingido de laranja e vermelho, refletindo a intensidade do reino que habitavam. As chamas dos fogos de sinalização dançavam ao vento e o som distante de martelos batendo em metal ecoava, criando um ambiente vibrante e pulsante. Logo, a figura loira de Ragnar apareceu ao longe, montado em seu cavalo negro, acompanhado por Arne e Njall. A presença dele era imponente e Erik sentiu um frio na barriga com a expectativa do que estava por vir.Ragnar se aproximou, seu sorriso largo iluminando o rosto marcado pelas batalhas. Ele estendeu o braço em um cumprimento brutal, um aperto de punhos que simbolizava a amizade e a camaradagem entre eles.— Nunca pensei que fosse sentir tanto sua falta, Erik. — exclamou, com o tom de voz forte e cheio de vida.Erik sorriu de volta e respondeu divertido:— Admita que não vive sem mim. — A conexão entre eles era inegável, er