— Quem é você? — perguntou Ragnar encarando o homem diante de si. De alguma forma, ele sabia o que Bjorn iria revelar e antes que o homem começasse a falar, Ragnar continuou, com a voz carregada por um misto de dor e desconfiança. — Na verdade, eu imagino quem deva ser você… Bjorn Thorsen, não é mesmo? O lorde do Reino Relâmpago, casado com Ingrid Vargdottir… e que agora, depois de vinte e quatro anos, acaba de descobrir que é o ser que me gerou.Os olhos de Ragnar refletiam um misto de mágoa e ressentimentos. Ele encarou Bjorn e com a voz firme perguntou:— O que quer de mim depois de tantos anos? Ser meu aliado? Precisa da ajuda do meu exército? Só espero que não esteja aqui, depois de todo esse tempo, querendo ser MEU PAI! — As palavras saíram em um grito, carregadas de dor e amargura.Bjorn suspirou fundo. Ele sabia que a conversa com seu filho não seria fácil, mas precisava tentar. Afinal, até aquele momento, ele não tinha ideia da existência de Ragnar. Levantou-se e caminhou a
As tochas nas paredes lançavam sombras que dançavam, criando uma atmosfera quase mística. O ar na sala de reuniões era pesado, repleto de incertezas e segredos não ditos, com os homens reunidos ao redor da mesa de madeira escura, polida pelo tempo e marcada por cicatrizes de batalhas passadas. Entre eles estavam Bjorn, Ragnar, Erik, Rolf e Sigurd, cada um com expressões que revelavam a seriedade da situação.Após longas horas de discussões acaloradas, Ragnar e Bjorn finalmente conseguiram encontrar um entendimento mútuo.Rolf, com os olhos ardendo de curiosidade, rompeu o silêncio.— Lorde Bjorn, conte-nos o que aconteceu nessa reunião. — Sua voz ecoou, pesada de expectativa, enquanto ele fixava o olhar no loiro, buscando respostas.Bjorn respirou profundamente, seu semblante era sério refletindo o peso das palavras:— Gudrun já sabe que a profecia está se cumprindo. Quando você, Ragnar, recebeu aquele poder, todos nós nos conectamos a você de alguma forma. Ele se sente ameaçado pelo
Astrid estava na parte externa do castelo, cercada por Sigrid, Ylva e Thyra. O sol da tarde iluminava seus rostos, refletindo a alegria que flutuava no ar. As quatro mulheres falavam animadamente sobre o reencontro de Ragnar com seu pai, um momento que poderia mudar o destino dos cinco reinos. O vento suave balançava seus cabelos, enquanto risadas ecoavam, entrelaçando-se com a brisa.— Quem diria que nosso Meishu fosse um príncipe? — exclamou Ylva, seus olhos brilhando de entusiasmo. — Como será que as coisas vão ficar entre os cinco reinos quando souberem disso?Thyra, com um olhar sério, balançou a cabeça e disse:— Você está maluca, Ylva. Isso não poderá vir a público. O Meishu possui um enorme poder e provavelmente é o jovem da profecia. Revelar isso só arriscaria a vida dele e o futuro do nosso reino. Precisamos manter tudo em segredo. — A Thyra está certa! — concordou Sigrid, com um semblante preocupado. — Se Gudrun já tentou matar a princesa, ele poderá fazer algo ainda pior
Na sala de reunião, o ambiente era tenso, mas o cheiro de madeira polida e as sombras projetadas pelas tochas nas paredes, amenizam o clima do local.Ágata, a selvagem de cabelos escuros e olhos castanhos, curvou-se em frente à figura imponente de seu rei em sinal de respeito. A luz suave das chamas iluminava seu rosto austero, enquanto seus olhos azuis, observavam a morena com um sorriso discreto. Ao levantar a vista, Ágata se deparou com um homem loiro ao lado de seu Meishu, tão semelhante aos de seu rei, sentiu um frio percorrer sua espinha, mas se manteve em silêncio e apenas inclinou a cabeça respeitosamente:— Meu Meishu solicita os meus serviços?
Ragnar treinava com os seus homens.Bjorn já tinha partido do reino do Norte. Ele e o filho se despediram com um abraço fraternal e a promessa de que voltaria em breve. Erik acompanhou Sigurd até o Reino do Fogo, sabia que precisava conversar com o irmão e deveria ser o mais breve possível.Rolf permaneceu no reino com Ragnar, sua mente não parava de pensar sobre tudo o que descobriu e o que estava prestes a acontecer. Estava perdido em seus pensamentos quando sentiu duas mãos delicadas o abraçando de maneira ousada, arregalou os olhos e começou a se virar devagar, mas Thyra o impediu sussurrando no seu ouvido:— Depois do constrangimento ao flagrar Thyra acariciando Rolf, Astrid voltou a atenção para seu marido, imerso em seu treinamento com os homens. O coração dela se aqueceu ao observar os movimentos ágeis de Ragnar, que empunhava sua espada com destreza. Cada golpe era uma dança, uma demonstração de força e agilidade, enquanto ele se esquivava de seu oponente com um jogo de quadril e pernas que a deixava hipnotizada.O sol, em sua trajetória, banhava a pele bronzeada de Ragnar, fazendo-a brilhar de forma tentadora. A forma como as gotículas de suor deslizavam por seu corpo musculoso despertava um desejo incontrolável em Astrid. Ela observava atentamente cada movimento, cada expressão que passava pelo rosto dele enquanto lutava, e sua respiração se tornava mais pesadCap 56 — Consumida pelo desejo
Ragnar finalizou seu intenso treino ao ar livre, o calor do sol refletia nas gotas de suor que escorriam por seu corpo musculoso. Ele olhou ao redor, buscando sua rainha com um olhar atento e ao se deparar somente com Sigrid e Thyra em um canto do campo, um leve estranhamento o invadiu. Onde estaria Astrid? A preocupação fez com que ele se aproximasse lentamente das mulheres que ao perceberem sua chegada, curvaram-se em reverência.— Por favor, vocês não precisam fazer isso! — disse Ragnar com a voz firme, mas amigável. Ele apreciava o respeito, mas também desejava que todos se sentissem à vontade. Encarou as mulheres e perguntou: — Onde está Astrid?Thyra, com um sorriso travesso nos lábios, respondeu:<
Astrid sentiu o seu corpo estremecer, Ragnar urrou como um animal e ambos se entregaram ao orgasmo. A morena sentiu o corpo desfalecer e quase caiu sobre a cama, mas Ragnar puxou o corpo pequeno para seus braços e buscou seus lábios a beijando com carinho. Astrid sorriu. Estava em êxtase. Nunca tinha sentido esse mix de sentimentos e sensações como sentiu dessa vez. Era como se eles tivessem se fundido em um só. Ragnar se retirou de dentro dela e deitou com sua amada sob a cama, Astrid se aninhou no corpo grande do esposo que sorriu ao ver sua mulher tão manhosa. Sorriu e desceu a cabeça até o ventre da esposa, sorriu beijando o local com carinho. Astrid ainda de olhos fechados acariciava os fios loiros de seu marido. Ele amava esse gesto, representava intimidade. Nenhuma outra mulher já havia pego em seus cabelos antes, assim como o beijo era apenas dela. Os olhos azuis do marido encararam os seus e ele perguntou: — Minha lua… machuquei você? Astrid sorriu e puxou o corpo grande