“O amor é mais poderoso que a razão. Todos sabemos isso.”Astrid estava sentada em seu pequeno jardim, um refúgio de tranquilidade ao lado do castelo. A lua iluminava o céu noturno, sua luz prateada derramando-se sobre as delicadas flores que floresciam ao seu redor. Era uma noite silenciosa, mas o coração de Astrid estava longe de estar em paz. Faziam cinco dias desde que Ragnar partiu em uma jornada para se encontrar com seu primo e a ausência dele deixou um vazio imenso em seu peito. A briga que tiveram antes de sua partida ainda a magoava, saber que ele preferiu dar ouvido a outra pessoa ao invés de conversar com ela, ainda incomodava. Ela se lembrou dos momentos juntos, dos beijos apaixonados que trocavam, do corpo forte e quente a envolvendo em um abraço protetor. Sentia falta de cada detalhe, desde o toque suave de suas mãos calejadas até a forma como ele a fazia sentir-se viva. Os sonhos que a visitavam durante a noite eram um lembrete constante do desejo ardente que queimav
“Você não é um monstro, eu sei disso. Eu sei porque já vi.”Ragnar se aproximou de sua mulher e a olhou com ternura, carinho, saudade e desejo. Acariciou seus longos fios negros fazendo Astrid fechar os olhos, apreciando o pequeno contato e disse:— Eu sou um homem amaldiçoado, minha rainha… não posso amar você. Astrid abriu os olhos, sentou-se na cama imediatamente e disse olhando nos olhos azuis do amado:— Você ainda não entendeu? – Ragnar a olhou em confusão e Astrid continuou: — Eu sou sua e você é meu. Fomos destinados a ficarmos juntos, meu amor…Os olhos azuis de Ragnar encararam sua rainha, seu sangue ferveu de desejo, mas ele sabia que a tinha magoado. Percebeu que sua rainha estava estranha, um pouco envergonhada, às vezes desviava o olhar do dele, mas depois voltava a encará-lo, totalmente rubra. Ragnar estava apenas de calça de flanela, o tórax desnudo, deixava exposto seus músculos trabalhados e suas tatuagens tribais, junto com suas cicatrizes que o deixavam ainda ma
“Acho que lutar por amor faz mais sentido do que todo o resto.”Ele se posicionou no meio das pernas dela e começou a deslizar seu membro pela cavidade apertada e molhada. Tentava ir o mais devagar possível, para que ela se acostumasse. Percebeu ela hesitar e o abraçar, ficou parado dentro dela, controlando o desejo insano de continuar, mas estava determinado a pensar nela, apenas nela. — Minha rainha… Ele beijava seus lábios com ternura, não se tratava dele e sim dela. Astrid sentia uma dor incômoda, afinal, tinham transado apenas uma única vez e Ragnar era bem grande para o seu corpo pequeno, mas sentir o corpo quente do esposo, a maneira carinhosa que ele agia e o pulsar do seu membro no seu interior, a deixava sedenta por mais. Ragnar percebendo que ela estava mais relaxada, passou a se movimentar devagar, retirava e colocava o membro na cavidade dela, fazendo um movimento lento, mais profundo.— Own, minha lua… —Ann, Meishu… Ragnar a penetrava, dando atenção aos seios, chu
"Eu prometi protegê-la e vou cumprir minha promessa, nem que para isso eu perca minha própria vida." Ragnar Meishu“O céu estava escuro e no chão o sangue se misturava com lama sujando ainda mais as minhas vestes que pareciam mais pesadas. Talvez fosse o cansaço, mas os inúmeros corpos mortos no caminho atrapalhavam o movimento rápido, tão necessário na batalha, causando mais esforço físico.A espada passou rápido rasgando a carne do homem a frente e enquanto eu a tirava do peito do inimigo, fui cercado por trás. Três soldados vieram de uma só vez tentando a todo custo me acertar, tive que usar de movimentos rápidos para desviar das lâminas afiadas. Era certo que sentiria o efeito desta luta depois, por mais que já estivesse acostumado.Estava à frente do campo de batalha sozinho, diante de mim uma figura não humana me encarava com seus enormes olhos amarelados, parecia uma cobra rastejante. Era algo não humano, Ræv estava fundido comigo e parecia imóvel, como se existisse uma forç
“Uma promessa feita deve ser honrada. Isso é tão verdadeiro para um plebeu, quanto para uma rainha.”Após uma noite intensa de amor, Ragnar levantou cuidadosamente, certificando-se de que Astrid dormia serenamente, envolta nos lençóis. O sol já começava a iluminar o quarto, lançando um brilho suave sobre seu rosto e ele não pôde deixar de sorrir ao vê-la assim, tão tranquila. Mas havia assuntos urgentes a serem discutidos. Ele precisava reunir seus homens e planejar a estratégia de ataque, contra o rei portador do cetro, Gudrun.Ao chegar à sala de jantar, Ragnar foi recebido por uma surpresa inesperada. Reconheceu de imediato a figura da rainha do Reino do Fogo, esposa do irmão de Erik. O fato dela estar ali significava que algo importante havia acontecido. Ragnar se aproximou e ao notar sua presença, ela levantou e curvou-se em respeito.— Rainha Runa. — ele disse, com um tom respeitoso enquanto a encarava com curiosidade. Runa encarou o selvagem, surpresa com a recepção e a mane
“Os deuses nos invejam. Eles nos invejam porque somos mortais, porque qualquer momento pode ser o nosso último. Tudo é mais bonito porque estamos condenados. Você nunca vai ser mais bonita do que você é agora. Nós nunca estaremos aqui novamente.”O campo de treinamento fervilhava com o som de armas sendo afiadas e as vozes dos soldados discutindo táticas. Bjorn ajustava as fivelas de sua armadura enquanto observava seu pequeno exército se preparando para a marcha. O destino era o Reino da Terra, onde uma reunião extraordinária seria realizada com os cinco lordes. Ele não sabia o motivo exato para a convocação de Gudrun, mas algo lhe dizia que estava relacionado ao descontrole do poder que sentiu há algumas luas. Desde então, a visão dos olhos vermelhos e o rosto de sua amada Lagherta não saíam de sua mente.O peso da perda de Lagherta ainda o esmagava. Desde que teve a confirmação de sua morte, o toque de Ingrid se tornou insuportável. Ele sabia que era errado, mas sua mente e seu co
“A noite é escura e cheia de horrores. Todos os homens devem morrer, mas nós não somos homens. Quando a neve cai e os ventos brancos sopram, o lobo solitário morre, mas a matilha sobrevive. Deixe um lobo vivo e as ovelhas nunca estarão seguras.”Dentro do grande salão, o som das vozes e o murmúrio de descontentamento preenchiam o ar pesadamente. Gudrun levantou-se de seu trono de ferro, com o olhar penetrante fixado em Leif. A vontade de acabar com sua vida ali, diante de todos, pulsava em suas veias, mas sabia que Leif era um lorde, possuidor da coroa do reino do Vento e não podia perder a cabeça diante dos outros reis. Ivar, quebrando o silêncio, dirigiu-se a Leif com um olhar inquisitivo e perguntou:— Com quem você a casou, Leif? — sua voz era firme, mas havia um fio de curiosidade que não podia ser ignorado. — Nenhum outro lorde conhecido, a não ser Einar, está disponível para tal ato.Leif sorriu, sabia que aquela revelação poderia colocar tudo a perder, inclusive sua coroa,
“O inverno está chegando, será longo e a escuridão virá com ele... Quando chegar, que os deuses nos ajudem se não estivermos prontos!”No Reino do NorteSala do tronoNa sala principal, um silêncio tenso se instalava, apenas interrompido pelo som da respiração dos presentes. Erik estava visivelmente incomodado, seu olhar fixo em Olaf, que se mantinha à distância, como se temesse uma tempestade iminente. Não suportando mais a angústia, disse:— Diga-me, Olaf, o que Ivar quer comigo? Você não veio às terras do Norte à toa. — disse Erik com sua voz carregada de ansiedade.Ragnar mantinha-se calado, observando cada movimento, cada expressão no rosto dos presentes. Dentro dele, Ræv berrou, clamando por atenção. Em um instante, o selvagem saiu de seu corpo, permitindo que o demônio assumisse o controle. A voz grotesca de Ræv ecoou pela sala, preenchendo o espaço com uma aura de poder, assustando a todos os presentes.— Humano… o que você e o outro desejam só é possível com a retirada do olh