''Eu sou a Drottning dos Meishu. Eu sou a esposa do grande rei do norte e eu levo seu filho dentro de mim. A próxima vez que você levantar a mão para mim será a última vez que você vai ter mãos.''Inga estava decidida, iria retornar às terras além das montanhas, organizou uma pequena bagagem para um dia e meio de viagem, queria sair sem que ninguém percebesse. Desde que Astrid e Ragnar se resolveram como homem e mulher, ela evitava esbarrar com eles pelo castelo. Inga sabia que Ragnar a procurava e no fundo, temia por sua ira, mas estava determinada a acabar com a alegria do casal. Novamente seguiu seu caminho indo em direção às montanhas geladas do norte. Escalou a montanha e se dirigiu até chegar ao ponto mais alto e entrar na caverna escura. As Tochas acenderam como mágica, iluminando o corredor, conforme Inga avançava. A loira não se assustou mais como da vez anterior, seu ódio pela princesa era tão grande que estava ali motivada a conseguir o que queria. Dessa vez não desejava
“O amor entre um homem e uma mulher é sagrado.”Após a reunião com o rei das cinco nações, Bjorn sentiu o peso da responsabilidade em seus ombros enquanto seguia em direção ao norte, acompanhado por seu leal conselheiro, Frode. Tinha combinado com Ivar que conversaria pessoalmente com o selvagem o alertando sobre os planos de Gudrun em invadir seu reino e tomar a sua rainha. O ar estava frio e uma brisa cortante soprava das montanhas, trazendo consigo o cheiro da terra úmida. O coração de Bjorn batia de forma irregular, a ideia de retornar ao local onde o grande amor de sua vida, Lagertha, havia vivido e morrido, era uma tormenta de emoções que ele mal conseguia suportar. A vila que se aproximava era familiar, mas ao mesmo tempo estranha. Ele não conhecia ninguém que morava ali, exceto as histórias sobre a anciã Syr, uma figura mística cujos sussurros chegavam até ele, como ecos de um passado distante. Bjorn ponderava se ela ainda estaria viva ou se o tempo a teria consumido. Ao avi
“Você deve lutar. Lutar por tudo que deseja, lutar por sua liberdade.”No Reino da TerraLeif se encontrava preso no calabouço, o ambiente úmido e sombrio refletia seu estado de espírito. O peso da culpa o consumia enquanto ele analisava sua situação. Após a descoberta de que a princesa Astrid estava viva e casada com o selvagem, sua coroa foi arrancada e os grilhões que o prendiam, pareciam mais pesados do que nunca. Seus braços estavam amarrados, as cordas cortavam sua pele e seus olhos, vendados, o deixavam em um estado de vulnerabilidade total. Solitário, pensava em seu povo e em como havia colocado seu reino à mercê de seu inimigo. A lembrança de sua prima o assombrava, ele havia prometido a seu tio que cuidaria dela e estava determinado a cumprir essa promessa, mesmo que isso significasse arriscar sua vida. Ele orou silenciosamente aos deuses e esperava que Magnus, Hakon e Brynhildr, cuidassem de seu reino enquanto buscava a salvação de Astrid. Um profundo suspiro escapou de s
“ No meio da escuridão mais sombria, nasce a luz.”Ragnar se encontrava em seus aposentos, os primeiros raios da manhã invadiam as cortinas, iluminando suavemente o ambiente. Ele observava sua linda rainha que dormia tranquilamente. Seu corpo nu e esbelto estava coberto apenas por uma manta de pele que escorregava delicadamente, deixando à mostra seus seios, desafiando-o a resistir. O desejo ardente que se acendia dentro dele era quase insuportável, ele precisava se acalmar, afinal ela era uma princesa, não uma mera bárbara.Tentando conter a ereção e o desejo avassalador de se deitar ao seu lado e possuí-la mais uma vez, Ragnar se perdeu no suave perfume de flores que emanava dos cabelos de Astrid. O aroma era intoxicante não permitindo que afas
“Se você não sabe onde quer ir, então não importa qual caminho tomar.”Ragnar havia retornado de sua profunda introspecção, ainda tentava processar as informações de Ræv,então sua rainha esperava um filho… um filho deles? Com um sorriso nos lábios desviou o olhar para Astrid que ainda dormia serenamente em seus braços.A luz suave da manhã entrava pelas janelas, lançando um brilho suave sobre os traços delicados de seu rosto. Ele ficou encantado ao ver como a manta de pele se ajustava ao corpo nu de sua rainha, revelando a beleza pura e esbelta que sempre o deixava sem palavras. Um sorriso involuntário
— O que significa isso, Siv? — A voz de Ragnar era uma mistura de confusão e angústia, seus olhos transicionavam entre o azul profundo e o vermelho intenso, refletindo a luta interna que se desenrolava dentro dele. Ræv, o demônio que habitava seu corpo, começava a se agitar com a intensidade das emoções que permeavam a sala. A anciã, percebendo a tensão crescente, aproximou-se do jovem rei, com a expressão séria e vociferou:— Ræv! — exclamou com sua voz firme, mas cheia de compaixão.Ragnar fechou os olhos, tentando se concentrar e então baixou a cabeça, permitindo que a transformação ocorresse. Quando ele levantou novamente, os olhos azuis foram substituídos pelos vermelhos do demônio. Bjorn, o rei do Reino do Relâmpago, ficou assustado com a mudança repentina, mas logo se lembrou das memórias que compartilhava com aqueles olhos vermelhos em seus sonhos. Ræv encarou Bjor, desviando o olhar para Siv e grunhiu com rispidez:— O que quer, velha? — A fúria nos olhos do demônio era palp
— Quem é você? — perguntou Ragnar encarando o homem diante de si. De alguma forma, ele sabia o que Bjorn iria revelar e antes que o homem começasse a falar, Ragnar continuou, com a voz carregada por um misto de dor e desconfiança. — Na verdade, eu imagino quem deva ser você… Bjorn Thorsen, não é mesmo? O lorde do Reino Relâmpago, casado com Ingrid Vargdottir… e que agora, depois de vinte e quatro anos, acaba de descobrir que é o ser que me gerou.Os olhos de Ragnar refletiam um misto de mágoa e ressentimentos. Ele encarou Bjorn e com a voz firme perguntou:— O que quer de mim depois de tantos anos? Ser meu aliado? Precisa da ajuda do meu exército? Só espero que não esteja aqui, depois de todo esse tempo, querendo ser MEU PAI! — As palavras saíram em um grito, carregadas de dor e amargura.Bjorn suspirou fundo. Ele sabia que a conversa com seu filho não seria fácil, mas precisava tentar. Afinal, até aquele momento, ele não tinha ideia da existência de Ragnar. Levantou-se e caminhou a
As tochas nas paredes lançavam sombras que dançavam, criando uma atmosfera quase mística. O ar na sala de reuniões era pesado, repleto de incertezas e segredos não ditos, com os homens reunidos ao redor da mesa de madeira escura, polida pelo tempo e marcada por cicatrizes de batalhas passadas. Entre eles estavam Bjorn, Ragnar, Erik, Rolf e Sigurd, cada um com expressões que revelavam a seriedade da situação.Após longas horas de discussões acaloradas, Ragnar e Bjorn finalmente conseguiram encontrar um entendimento mútuo.Rolf, com os olhos ardendo de curiosidade, rompeu o silêncio.— Lorde Bjorn, conte-nos o que aconteceu nessa reunião. — Sua voz ecoou, pesada de expectativa, enquanto ele fixava o olhar no loiro, buscando respostas.Bjorn respirou profundamente, seu semblante era sério refletindo o peso das palavras:— Gudrun já sabe que a profecia está se cumprindo. Quando você, Ragnar, recebeu aquele poder, todos nós nos conectamos a você de alguma forma. Ele se sente ameaçado pelo