“Nunca se esqueça de quem você é, o mundo não esquecerá. Faça disso sua força, não a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, assim ela nunca poderá ser usada para magoar.”Nas Terras do NorteAstrid despertou de um sono profundo, sentindo o coração acelerado e a mente confusa. Um frio intenso a envolvia e ela sentia como se houvesse algo mais, uma conexão inexplicável com outras almas. A lembrança de ter despertado o Altseende ainda ecoava em sua mente, mas agora havia uma sensação de interligação com outras pessoas, como se todos fossem parte de um mesmo tecido, entrelaçados em um destino maior. Em meio à escuridão, ela vislumbrou enormes olhos vermelhos e por um instante, pensou em seu amado Ragnar.Levantou-se da cama ainda tonta e a visão girou ao seu redor. Um passo incerto e ela perdeu o equilíbrio, caindo no chão com um baque surdo. No mesmo instante, a porta do quarto se abriu, revelando Sigrid e Ylva, que entraram com expressões de preocupação.— Astrid… cuidado, você aind
“ O inimigo do meu inimigo, meu amigo é.”Nas montanhas além das muralhas Gudrun seguia montado em seu cavalo. Ao seu lado apenas dois servos o acompanhavam. Estavam assustados, sabiam que era proibido estar além das muralhas, um lugar amaldiçoado pelos deuses e pelos reis. Ouviram sempre histórias de povos nórdicos, chamados de selvagens. Eles eram cruéis e se alimentavam de carne e sangue humano. Não entendiam porque o rei das cinco nações, portador do cetro do poder, estava viajando por ali. Chegavam próximo de uma montanha onde existia uma caverna escura. Era pouco iluminada e rodeada de galhos secos e árvores mortas com troncos contorcidos. Um frio na espinha percorreu a coluna dos soldados que se entreolharam apavorados. Um deles resolveu se pronunciar: — Majestade… — Gudrun o olhou com curiosidade. — Aqui não é perigoso? As terras além das muralhas são amaldiçoadas e… — Ora, ora… a quem devo a honra de receber o líder das cinco nações em minha humilde residência? — Eis que
“Pela minha experiência, os eloquentes têm razão em tudo, com a mesma frequência que os imbecis.”— Até o inferno se for preciso! A bruxa sorriu e disse: — Existem nove demônios espalhados pelo mundo. Dois estão em posse de humanos, mas os outros sete estão selados em pequenos receptáculos que estão sobre o domínio de Jotun. Você já selou um pacto de sangue e alma com ele, portanto, alma não tem mais… porém, o ceifeiro aceitaria presenteá-lo se oferecesse algo importante, como a alma de alguém que ama, sua filha, Ingrid. — disse a bruxa olhando no fundo dos olhos de seu rei. Gudrun arregalou os olhos e ficou de costas. Desejava mais que tudo ser o possuidor de todos os poderes ocultos. Suspirou fundo e perguntou: — O que Jotun faria com minha filha? — a bruxa sorriu e logo respondeu: — Ela se tornaria sua serva e amante pessoal. Você a condenaria a uma eternidade ao seu lado, sofrendo as piores coisas já imaginadas. Só assim, Jotun lhe cederia o poder das sete bestas. Só assim
“O amor é mais poderoso que a razão. Todos sabemos isso.”Astrid estava sentada em seu pequeno jardim, um refúgio de tranquilidade ao lado do castelo. A lua iluminava o céu noturno, sua luz prateada derramando-se sobre as delicadas flores que floresciam ao seu redor. Era uma noite silenciosa, mas o coração de Astrid estava longe de estar em paz. Faziam cinco dias desde que Ragnar partiu em uma jornada para se encontrar com seu primo e a ausência dele deixou um vazio imenso em seu peito. A briga que tiveram antes de sua partida ainda a magoava, saber que ele preferiu dar ouvido a outra pessoa ao invés de conversar com ela, ainda incomodava. Ela se lembrou dos momentos juntos, dos beijos apaixonados que trocavam, do corpo forte e quente a envolvendo em um abraço protetor. Sentia falta de cada detalhe, desde o toque suave de suas mãos calejadas até a forma como ele a fazia sentir-se viva. Os sonhos que a visitavam durante a noite eram um lembrete constante do desejo ardente que queimav
“Você não é um monstro, eu sei disso. Eu sei porque já vi.”Ragnar se aproximou de sua mulher e a olhou com ternura, carinho, saudade e desejo. Acariciou seus longos fios negros fazendo Astrid fechar os olhos, apreciando o pequeno contato e disse:— Eu sou um homem amaldiçoado, minha rainha… não posso amar você. Astrid abriu os olhos, sentou-se na cama imediatamente e disse olhando nos olhos azuis do amado:— Você ainda não entendeu? – Ragnar a olhou em confusão e Astrid continuou: — Eu sou sua e você é meu. Fomos destinados a ficarmos juntos, meu amor…Os olhos azuis de Ragnar encararam sua rainha, seu sangue ferveu de desejo, mas ele sabia que a tinha magoado. Percebeu que sua rainha estava estranha, um pouco envergonhada, às vezes desviava o olhar do dele, mas depois voltava a encará-lo, totalmente rubra. Ragnar estava apenas de calça de flanela, o tórax desnudo, deixava exposto seus músculos trabalhados e suas tatuagens tribais, junto com suas cicatrizes que o deixavam ainda ma
“Acho que lutar por amor faz mais sentido do que todo o resto.”Ele se posicionou no meio das pernas dela e começou a deslizar seu membro pela cavidade apertada e molhada. Tentava ir o mais devagar possível, para que ela se acostumasse. Percebeu ela hesitar e o abraçar, ficou parado dentro dela, controlando o desejo insano de continuar, mas estava determinado a pensar nela, apenas nela. — Minha rainha… Ele beijava seus lábios com ternura, não se tratava dele e sim dela. Astrid sentia uma dor incômoda, afinal, tinham transado apenas uma única vez e Ragnar era bem grande para o seu corpo pequeno, mas sentir o corpo quente do esposo, a maneira carinhosa que ele agia e o pulsar do seu membro no seu interior, a deixava sedenta por mais. Ragnar percebendo que ela estava mais relaxada, passou a se movimentar devagar, retirava e colocava o membro na cavidade dela, fazendo um movimento lento, mais profundo.— Own, minha lua… —Ann, Meishu… Ragnar a penetrava, dando atenção aos seios, chu
"Eu prometi protegê-la e vou cumprir minha promessa, nem que para isso eu perca minha própria vida." Ragnar Meishu“O céu estava escuro e no chão o sangue se misturava com lama sujando ainda mais as minhas vestes que pareciam mais pesadas. Talvez fosse o cansaço, mas os inúmeros corpos mortos no caminho atrapalhavam o movimento rápido, tão necessário na batalha, causando mais esforço físico.A espada passou rápido rasgando a carne do homem a frente e enquanto eu a tirava do peito do inimigo, fui cercado por trás. Três soldados vieram de uma só vez tentando a todo custo me acertar, tive que usar de movimentos rápidos para desviar das lâminas afiadas. Era certo que sentiria o efeito desta luta depois, por mais que já estivesse acostumado.Estava à frente do campo de batalha sozinho, diante de mim uma figura não humana me encarava com seus enormes olhos amarelados, parecia uma cobra rastejante. Era algo não humano, Ræv estava fundido comigo e parecia imóvel, como se existisse uma forç
“Uma promessa feita deve ser honrada. Isso é tão verdadeiro para um plebeu, quanto para uma rainha.”Após uma noite intensa de amor, Ragnar levantou cuidadosamente, certificando-se de que Astrid dormia serenamente, envolta nos lençóis. O sol já começava a iluminar o quarto, lançando um brilho suave sobre seu rosto e ele não pôde deixar de sorrir ao vê-la assim, tão tranquila. Mas havia assuntos urgentes a serem discutidos. Ele precisava reunir seus homens e planejar a estratégia de ataque, contra o rei portador do cetro, Gudrun.Ao chegar à sala de jantar, Ragnar foi recebido por uma surpresa inesperada. Reconheceu de imediato a figura da rainha do Reino do Fogo, esposa do irmão de Erik. O fato dela estar ali significava que algo importante havia acontecido. Ragnar se aproximou e ao notar sua presença, ela levantou e curvou-se em respeito.— Rainha Runa. — ele disse, com um tom respeitoso enquanto a encarava com curiosidade. Runa encarou o selvagem, surpresa com a recepção e a mane