No Reino da Terra
Finalmente a lua cheia brilhava no céu. O grande dia para Verner tinha chegado. Inga havia dito que se livraria de Gunnhild para que ele fosse até os aposentos de seu rei amado e lhe oferecesse uma bebida para relaxar.
Gudrun estava irritado, tinha recebido um corvo vindo do Reino das Águas confirmando que o rei Einar havia sumido.
“O que será que houve com aquele crápula?” — pensou o rei.
Gudrun estava reunido com os seus generais e estava furioso.
No Reino do NorteErik estava do lado de fora do castelo, observando a imensidão à sua frente e refletindo sobre o que estava por vir. A guerra foi selada no instante em que Ragnar cravou sua espada em Einar.“Ele mereceu” — Um sorriso escapou de seus lábios ao se lembrar da cena.Pela primeira vez em muito tempo, viu Ragnar leve, como se uma tempestade dentro dele tivesse finalmente se dissipado e a razão de tudo era Astrid. Erik fechou os olhos e suspirou, grato aos deuses por isso.De repente, sentiu um perfume familiar com notas de cerejeira e braços finos ao redor de sua cintura o envolvendo.— No Reino do VentoRagnar estava do lado de fora do castelo, com os olhos fixos na lua cheia que pairava sobre o horizonte. Pensava na guerra iminente e na quantidade de vidas que seriam ceifadas pela ambição de um único homem.Um leve sorriso surgiu quando o aroma familiar invadiu seus sentidos - a fragrância de sua amada.— Meu amor, Sir o chama — disse Astrid, aninhando-se em seus braços.Ragnar sorriu. Astrid era a mulher mais doce que já conhecera, além de ser, sem dúvida, a mais carinhosa.— Já vou, mas antes deixe-me sentir você e nosso filho — sussurrou, abraçando-a e beijando sua nuca.Astrid se aconchegou ainda mais, enquanto Ragnar acariciava seu ventre arredondado. Sentiu o exato momento em que o bebê se moveu.— Pelo visto, nosso filho será mais apegado a você. SeCap 114 - A confirmação
Erik apareceu de repente no salão. Todos se levantaram, ansiosos pela notícia que ele trazia. O brilho intenso em seus olhos e o sorriso largo em seu rosto já antecipavam a resposta. Ele olhou para Ragnar e Bjorn.— Ela está lá.O salão explodiu em risos e murmúrios de alívio e felicidade.— E, Ragnar… ela é desconfiada como você — brincou Erik, provocando risos.Ragnar ficou paralisado, sentindo o coração apertado.O retorno de sua mãe era real?&
No Reino da TerraGudrun despertou com uma dor latejante na cabeça. O chão frio de pedra estava áspero contra sua pele. Ele piscou, tentando se localizar. Quando seus sentidos voltaram, percebeu que estava no chão do quarto.“O que diabos aconteceu?”A última lembrança veio em flashes: a fúria cega contra Einar, as ordens dadas aos generais para marcharem rumo ao Reino da Água... e então Verner.Lembrou-se do sorriso sereno do homem enquanto lhe entregava uma bebida. Seus olhos se arregalaram e o calor subiu pelo corpo como se estivesse em chamas.Verner... o que aquele miser
No Reino do NorteO altar estava pronto. A mesa de sacrifício, coberta com flores de todas as cores, exalava um perfume que misturava suavidade e reverência. Cada detalhe foi cuidadosamente preparado. Astrid, Thyra, Ylva, Sigrid e Agatha mal conseguiam conter a expectativa pelo que estava por vir.Astrid fechou os olhos por um momento e quase sentiu o abraço caloroso da sogra, aquele que a consolou quando ela perdeu seu primeiro filho. Um sorriso leve se formou em seu rosto ao lembrar a alegria estampada nos olhos de Ragnar quando Sir revelou que era chegada a hora de trazer sua mãe de volta à vida. Mesmo acostumada aos mistérios místicos, Astrid ainda se maravilhava com a ideia de um poder capaz de desafiar a própria morte.Seus olhos buscaram Ragnar. Ele esta
LaguertaMeu corpo ainda doía, mas tudo que eu queria era sentir aquele abraço. Estava nua, deitada sobre pedras frias, mas o calor dele era tudo o que importava.Bjorn acariciou meu rosto com dedos suaves, secando minhas lágrimas com ternura.— É você mesmo? — perguntou com a voz entrecortada pela emoção.Eu o abracei com força, ainda incrédula e deixei escapar em um sussurro:— Você está diferente…Ele riu com aquele sorriso que um dia roubo
RagnarQuando senti os braços de minha mãe ao meu redor, algo indescritível tomou conta de mim. Um calor diferente, antigo, mas ao mesmo tempo novo. Uma paz tão completa que parecia me dissolver por inteiro. Por um instante, eu não era um guerreiro, um líder ou um homem. Eu era apenas um garoto de seis anos, aconchegado no abraço mais seguro do mundo.Quando ela acariciou meus cabelos e seus olhos azuis se encontraram com os meus, senti meu coração acelerar, parecia querer escapar do peito. As lágrimas vieram sem aviso e eu as deixei cair. Não importava quem estivesse ali, não importava se era tolice um homem do meu tamanho chorar. Naquele momento, nada mais importava além daquele abraço.Minha mãe estava de vol
BjornQuando Laguerta surgiu diante de mim, o mundo pareceu parar.Eu não sabia como descrever a mistura de emoções que explodiu no meu peito.Era medo de que tudo aquilo fosse apenas um sonho e eu acordasse sozinho novamente. Era alegria, uma felicidade quase dolorosa, por estar ao lado da única mulher que amei em toda a minha vida.Ela parecia confusa, perdida entre dois mundos, mas eu sabia o que precisava ser feito. Sir havia sido clara: ela só ficaria se quisesse ficar. Então, fiz o que meu coração mandou, chamei seu nome com todo o amor e desespero que existia em mim. Por um instante, temi que ela não reconhecesse minha voz…então, vi seu sorriso nascer e seus olhos azuis brilh