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A CAMAREIRA DO HOTEL

Seu corpo estava deitado na cama, conectado a uma série de máquinas e tubos. Ele parecia estar dormindo, mas Otávio sabia que não era assim. Ele sabia que seu corpo estava em estado crítico, e que sua alma estava agora separada dele.

Ele sentiu uma onda de pânico e desespero. Ele parecia não acreditar no que estava acontecendo; por um momento, pensou que poderia estar apenas sonhando.

Então, ele fechou os olhos achando que, quando ele abrisse novamente tudo passaria e aquele sonho chegaria ao fim. Ele então ficou com os olhos fechados por alguns segundos e, enquanto seus olhos estavam fechados, pôde ouvir o som da voz da enfermeira que falava com o médico de plantão.

Ela relatava o estado em que Otávio estava. Por mais que ele tentasse não prestar atenção na conversa, não conseguia. Ele não queria aceitar a verdade, que ele não estava sonhando. De repente, houve um silêncio no quarto e ele então sentiu um vazio . Ele abriu os olhos e viu que todos os médicos já haviam saído do quarto.

Ele começou a caminhar pelo hospital, desesperado. Ele tentava conversar com as pessoas que passavam por ele, mas ninguém o via. Ele se sentia como se estivesse invisível.

"Por favor, alguém me ouça!" gritou ele, mas sua voz foi ignorada por todos do hospital.

Ele continuou a caminhar, passando por corredores e salas, mas ninguém parecia notá-lo. Ele se sentia como se estivesse em um pesadelo do qual não podia acordar.

De repente, ele parou em frente a uma janela e olhou para fora. Ele viu as pessoas passando pela rua, vivendo suas vidas normais, enquanto ele estava preso em um mundo de desespero e isolamento.

Otávio se sentiu como se estivesse à beira de um precipício, olhando para o abismo da morte. Ele perguntou a si mesmo se estava realmente morto, se sua alma havia sido separada de seu corpo para sempre.

A ideia o fez desmoronar. Ele se sentou no chão, encostado na parede, e começou a chorar. Suas lágrimas caíam como chuva, enquanto ele se lamentava por sua situação.

"Por que ninguém me vê?" gritou ele, entre soluços. "Por que ninguém me ouve?"

Seu corpo se sacudia com os soluços, enquanto ele sentia como se estivesse sendo consumido pela dor e pelo desespero.

Ele se sentia como se estivesse sozinho no mundo, sem ninguém para ajudá-lo ou ouvi-lo. Ele se sentia como se estivesse à mercê do destino, sem controle sobre sua própria vida.

E, enquanto ele chorava, o hospital continuava a funcionar normalmente, sem ninguém notar a presença do jovem desesperado que se sentava no chão, chorando por sua vida.

Depois de chorar por um tempo, a alma de Otávio se levantou do chão e começou a caminhar. Ele não sabia para onde estava indo, mas sentia uma necessidade de se afastar do hospital e de todas as lembranças dolorosas que estavam lá.

Ele caminhou pelas ruas da cidade, passando por prédios e lojas, até que chegou ao seu hotel.

Sem perceber, ele acabou indo para o hotel. Quando olhou bem e reconheceu o local, abriu um sorriso. Ele pensou que talvez alguém ali seria capaz de vê-lo.

Então ele entrou no lobby e começou a ir um por um dos funcionários do hotel, na esperança de que algum deles pudesse vê-lo.

Mas, para sua infelicidade, ninguém conseguiu. Ele ficou abalado ao perceber que ninguém podia vê-lo ou ouvi-lo. Com a cabeça baixa e o coração destruído, ele se dirigiu ao elevador. Ele ficou parado na porta por alguns minutos, parecendo estar com a mente longe.

Sem perceber o que estava acontecendo à sua volta, de repente viu as portas do elevador se abrindo e alguns hóspedes saindo. Então, ele aproveitou a oportunidade e entrou antes que as portas se fechassem, junto quando ele entrou um hóspede muito elegante que estava subindo para seu quarto, exatamente no mesmo andar que ficava sua suíte.

Otávio ficou observando o homem com um olhar de admiração, mas também sentindo um pouco de inveja. Ele sentiu inveja não pela aparência do homem, nem pelas suas roupas caras, mas sim pelo fato dele não ser um espírito e sim um humano de verdade, de carne e osso.

Quando o elevador parou e as portas se abriram, o homem desceu e logo em seguida Otávio desceu. Quando olhou para o lado, percebeu que estava na cobertura e então notou a suíte que costumava ocupar.

Ele caminhou até a porta e para sua surpresa a porta estava meio aberta, então ele aproveitou para entrar. A suíte estava exatamente como ele a havia deixado antes de sair do trabalho, horas antes de sofrer o acidente. Otávio sentiu uma onda de nostalgia e tristeza ao ver o lugar onde havia passado tantas noites sozinho.

Ele se sentou no sofá e olhou em volta, lembrando-se de todas as vezes que havia trabalhado até tarde e se hospedado ali. Ele se lembrava de como se sentia sozinho e isolado, mas também de como se sentia livre e independente.

Ele suspirou e se levantou do sofá. Ele se dirigiu em direção à cama e deitou nela, olhando para o teto. Ele não sabia o que estava acontecendo com ele ou por que estava ali. Ele apenas sabia que estava sozinho e que não sabia o que fazer.

De repente, Mirella saiu do banheiro com um balde e um espanador, pronta para fazer a limpeza do quarto. Mas, quando viu Otávio deitado na cama, levou um susto e deixou os objetos caírem no chão.

Otávio, que estava deitado na cama, assustou-se com o barulho e levantou a cabeça em direção ao som. E foi então que viu Mirella, curvada e fazendo uma reverência.

"Me desculpe, senhor," disse Mirella, ainda assustada. "Eu pensei que não havia ninguém no quarto. Eu estava apenas fazendo a limpeza."

Otávio se levantou da cama rapidamente e se aproximou de Mirella, com um olhar de surpresa e curiosidade.

"Você está me vendo?" perguntou ele, com uma voz baixa e hesitante.

Ela olhou para ele, um pouco confusa, e respondeu: 

"Sim, senhor. Eu vejo o senhor."

Ele sentiu como se tivesse recebido um choque elétrico. Ele não podia acreditar que Mirella o estava vendo. Ele tinha pensado que estava completamente sozinho no mundo, que ninguém podia vê-lo ou ouvi-lo. Mas agora, Mirella estava ali, olhando para ele como se ele fosse uma pessoa real de carne e osso.

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