ALINA Me levantei cedo para preparar um bolo para o café da manhã, organizei toda a alimentação para os meus irmãos antes de ir trabalhar e pedi um favor a Yanah que levasse Ykaro para a escola, pois preciso passar na igreja para fazer orações por Yanah. Ela pede que eu clame a Deus também por riqueza, como se dinheiro fosse o eixo do mundo e tudo girasse somente ao redor dele, não liguei para as suas reclamações e fui. Ao chegar na igreja, meu coração fica mais calmo, não transpareço muito as minhas emoções para ninguém, mas hoje amanheci com uma angústia, e isso não é um bom sinal. Cheguei no trabalho e fiquei com a dúvida ou não de questionar Otton sobre esse lance dele com Yanah, se eu não por essa história em pratos limpos, ficarei muito mal. Então, criei coragem e conversei com Otton, e o meu coração ficou mais aliviado quando ele disse que não vai mais procurar Yanah. Alguém tem que enxergar que esse romance não daria certo, a não ser que o amor seja forte e verdadeiro a
MALVINO A cada encontro meu com Alina, fica mais difícil dobrar essa mulher, após ela ir embora, fui também. Durante o caminho, Jeff me pediu uma lista de convidados, e eu estou sem cabeça para isso hoje, pedi a ele que convidasse todas as pessoas que conheço. Afinal, não é a primeira vez que ele organiza uma festa para mim. Ao chegar em casa, fui diretamente para a sala de projetos, dobrei as mangas da minha camisa e comecei a desenhar o projeto da casa da Alina, totalmente centrado, fiquei lembrando de todos os detalhes dela, para que a casa saia do jeitinho que ela sempre sonhou. Afinal, ela tem um irmão que ainda é criança, e criança gosta de espaço, trabalhei a noite inteira em prol dessa casa. Paro um pouco para descansar, a casa está toda pronta, amanhã mesmo quero dar ordem para começar a tirar esse projeto do papel. No dia seguinte, foi a primeira coisa que fiz quando cheguei ao meu escritório. Ordenei o Martin que viesse ao meu encontro. — Bom dia, Malvino, est
ALINA Apesar da noite passada ter sido um verdadeiro inferno, por mais que a minha vida nunca tenha sido um mar de rosas, mas, desde que cruzei com o Malvino, eu tenho vivido dias apreensivos, não sei qual a próxima armadilha que ele irá preparar para mim. Consegui dormir bem, mas me acordei com Ykaro. — Alina, Alina! — Ykaro me chama, ofegante. — Bom dia, meu amor. Aconteceu alguma coisa? — Pergunto, sonolenta. — Estou com falta de ar. — Ykaro fala devagar. — Se acalma, meu amor, que vai ficar tudo bem. — Levanto-me rápido e busco a sua bombinha, desesperada, e mando ele inalar. O levei para a sala, ficando do seu lado até ele melhorar, enviei uma mensagem para Otton, avisando que não irei trabalhar, pois vou ao médico com o meu irmão. Me arrumei o mais rápido que pude, após Ykaro melhorar, avisei Yanah que vou ao médico. Meu coração está apertado, mas tento não transparecer insegurança para ele. Juntos, de mãos dadas, fomos ao médico, a minha preocupação com ele é
Está sendo difícil seguir o conselho do Martin de ir procurar ir viajar e esquecer Alina. Estava à tarde no escritório quando o meu assistente me ligou para falar do assunto da igreja, essa do bairro da Alina. Pedi a sua vinda pessoalmente para tratarmos da reforma daquele local. Recebi a notícia que alguns convites da minha festa já foram entregues, Jeff organizou tudo e mandou somente as fotos para mim. No final do expediente, o meu assistente chegou, ele me repassou quantas famílias são beneficiadas com cestas básicas, fiz somente uma ligação e garanti alimentos para ajudar os mais carentes daquele lugar. Pedi o comparecimento do Martin no meu escritório, e ele, ao entrar, falo logo: — Martin, quero que vá nesse bairro, se reúna com o padre e veja como ele quer a reforma da igreja. — Falo entregando-lhe o endereço e a foto da igreja — Igreja?! — Martin pergunta, surpreso. — É um projeto social, um presente que estou dando àquele bairro e ao padre, capricha nessa reforma. A
ALINA Deixei todos saírem da igreja e fui falar com o padre para parabenizá-lo pessoalmente. Não contei para ele o que estou passando na minha vida pessoal, e sim sobre Yanah, então peço conselhos em como agir em meio a tudo o que está acontecendo entre ela e o meu chefe, e sua resposta foi “livre arbítrio”, Yanah tem a sua própria vida e precisa vivê-la. O padre pediu que eu deixasse essa preocupação e angústia no altar de Deus e que eu descansasse o meu coração. Em silêncio, diante do altar, deixei também uma perseguição chamada Malvino, e, em seguida, voltei para a casa com o meu irmão. Mal cheguei e Yanah já estava de saída, não questionei mais nada, deixei ela sair com quem quisesse. Fui somente descansar, ela me avisou que vai dormir fora, cada dia que passa, sinto que em breve Yanah vai embora desta casa. Acordei no dia seguinte com café feito por ela, Yanah caiu da cama literalmente, os olhos dela estão brilhando, e o meu coração diz que ela está aprontando. Trabalhe
MALVINO Queria ir além com Alina, mas senti ela me empurrar, tentando se soltar dos meus braços, tive que voltar para a realidade e a soltei também, me afastando. Não posso ter essa mulher à força na minha cama. Completamente cego de prazer, tento me recompor do nosso beijo que acabou de acontecer, ver Alina tentando fugir de mim me causou um certo arrependimento, de ter beijado ela à força. Quando abri a porta da suíte e Alina saiu correndo, sem olhar para trás, fiquei mais frustrado ainda por uma mulher sentir medo de mim, tudo estava errado. Fiquei sozinho com desejos reprimidos e rejeitados, andando sozinho de um lado para o outro, jurando que, um dia, Alina vai pagar por ter me desprezado, espero muito que ela precise de mim, só assim ela irá pagar cada palavra que me disse. Lembro dos conselhos do Martin, é hora de ficar longe dela, não vou aguentar por muito tempo esse joguinho. Ela me enlouquece demais. Ao voltar para a minha festa, Otton já ia embora, nos despedimos e
ALINA Dormi e, quando acordei, olhei para o lado, vi a cama da Yanah vazia, perdi a hora, não consegui nem me despedir dela, Ykaro também não estava na cama. Ao me levantar, fui até a sala, e ele estava sentado à mesa, fazendo desenhos. — Desculpa a sua irmã por dormir demais e ter esquecido de você, o cansaço me derrotou. — Você merece descansar, Alina, estou bem. — Ykaro fala. Dei-lhe um beijo e voltei para o quarto para trocar de roupa e fazer a minha higiene. Como Otton viajou, quero aproveitar esses dias de folga para descansar um pouco e dar atenção necessária ao meu irmão. Mandei uma mensagem para Yanah para saber se ela fez uma boa viagem. Quando ela me respondeu que está bem, o meu coração sossegou. Uma hora ou outra me pego pensando no beijo que Malvino me deu, fecho os olhos, lembrando do fogo do corpo daquele homem me queimando, bebo um copo de água para esquecer tudo o que aconteceu e leio um pouco de um livro para ocupar a minha mente. Zoraide nos convida pa
ALINA Quando eu penso que tudo está calmo para o meu lado, Malvino está sentado em um banco na mesma igreja que eu estou, sei que tudo isso é para me atingir, o mesmo disse com todas as letras que não acredita em Deus, então é claro que está aqui por mim. Para piorar a situação, no dia seguinte, Yanah voltou de viagem magoada e triste, e vejo todo o sofrimento que eu queria que fosse evitado, mas ela fez a sua escolha, mas, como ela é minha irmã, só me resta apoiá-la neste momento. Nada do que aconteceu entre ela e Otton pode afetar o meu trabalho, afinal, não posso misturar vida pessoal com profissional. Agi como se nada tivesse acontecido e falei isso para Otton que não há culpado nessa relação conturbada e que só nos resta esquecer o que aconteceu. Ouço muito Yanah falar de um estágio, vi muito ela virando noites fazendo um trabalho, mas nunca imaginei que o estágio era oferecido pela Cruz Engenharia, no qual ela estar radiante por ser escolhida. Fico pensando se ela foi rea