Théo estava longe de se sentir saciado, mas tinha que se conformar por hoje. Depois de dois grandes orgasmos, ele se sentia mais relaxado. Ainda lamentava não poder dormir com a sua loira, mas em breve ela estaria livre, e ele teria a oportunidade de acordar ao seu lado e ter o libertador sexo matinal, que ele tanto gostava.— Se quiser tomar um banho, não tem problema, eu pego uma toalha para você. – Théo fechou os olhos quando ela passou a mão pela sua testa suadaEra estranho ter uma mulher que se preocupava com ele. Suas ex-namoradas sempre estiveram mais preocupadas com as aparências delas depois do sexo do que propriamente com ele.— Estou bem. – Ele secou a testa na própria blusa antes de colocá-la. – Não vou mais perturbar sua noite.— Você sabe que não perturba. – Suzana passou a mão pelo cabelo bagunçado deleAdorava desfazer seu cabelo e ver os seus cachos revoltos desalinhados. Para Suzana, ele ficava sexy quando não estava todo arrumadinho.— Bom saber. – Théo pegou a blu
— Nem eu, nem a Fátima podemos pagar por duas enfermeiras, Théo. Acho que você sabe disso. Não posso deixar que você faça isso, eu mesma vou cuidar da minha amiga. Tento tempo de sobra para ajudá-la no que precisar. Ou você se esqueceu que proibiu a minhaentrada na sua fábrica? – Ela ainda se sentia revoltada com essa decisão deleSequer perguntou o que ela achava, apenas informou que não entraria tão cedo na fábrica. Mesmo diante dos seus protestos, ele não cedeu.— Eu pedi para alguém pagar? – Essa história de ficar sempre falando de pagamento deixava Théo cada dia mais irritado — Sou eu que vou pagar as enfermeiras, você apenas terá que ficar de olho nelas. E sobre a sua entrada na fábrica, depois vamos conversar com calma.— Não aceito enfermeira. – Suzana não aceitaria que ele gastasse tanto dinheiro assim. Quando Fátimadescobrisse tudo, ficaria possessa.— Eu já contratei, já paguei uma semana de trabalho e não vou voltar atrás agora. Elas estarão trabalhando pelo próximo mês.
Uma semana depoisA recuperação de Fátima estava indo melhor do que esperado. Ela já levantava da cama sozinha e conseguia comer certos alimentos sem ajuda. Suzana se sentia feliz em acompanhar a evolução da mulher que a apoiou desde que sua vida desmoronou. Ela queria que sua amiga se recuperasse o quanto antes.Quando saiu do hospital, Fátima ficou irritada ao descobrir que teria duas enfermeiras cuidando dela. Também não gostou de saber que foi parar em um hospital particular e exigiu que Suzana contasse como conseguiu interná-la no lugar. Foi difícil explicar todos os detalhes, mas, com cuidado, Suzana disse que Théo era o responsável e que ele não queria o dinheiro da internação. Como já esperava, ouviu Fátima dizer que pagaria cada centavo, mas Suzana contou que se ela fosse pagar, teria que depositar o dinheiro na conta de uma instituição de caridade que o próprio Théo informaria. Sua amiga ficou passada, e aos poucos Suzana foi contando tudo o que ele fez por elas, mas pediu q
Carmem entrou irritada no apartamento e Théo sabia que ser enganada era algo que a mãe não admitia.Agora teria que ter todo cuidado para não a deixar ainda mais enfurecida. Precisava que a mãe aceitasse não só Suzana, mas também Sofia na vida dele.Assim que entrou na sala, Carmem olhou os brinquedos espalhados e tentou compreender o que acontecia. Ela tinha consciência que o filho havia mudado, ele já não estava mais disponível como antes e andava dando desculpas para não ir aos jantares que sempre tinham durante a semana. Só que ela jamais imaginou que isso acontecesse por conta da existência de uma criança.Se por acaso ele escondeu a própria neta dela, iria deserdá-lo para sempre. Deveria existir uma maneira legal de punir financeiramente filhos mentirosos.— Essa criança é sua? Se for, me diga logo, assim começamos a nossa briga sem enrolação. – Como sempre, Carmem foi direta, não gostava de meias palavras.— Calma, mãe, não quer se sentar?— Não quero sentar droga nenhuma, quer
Depois que sua mãe foi embora, Théo ficou aliviado. Para a surpresa dele, ela não fez o escândalo que ele imaginou, muito pelo contrário, ela foi sensível com a história de Suzana e tratou Sofia muito bem. Pelo jeito, ela apoiaria a relação deles, porém isso Théo só saberia na manhã seguinte, quando passasse na casa dela. Antes de ir embora, ela deixou bem claro que os dois precisariam ter uma conversa. Isso significava que ela não ficou completamente satisfeita com tudo o que haviam conversado hoje.— Sofia está dormindo? – Théo perguntou assim que entrou no quarto. Suzana estava sentada na cama, mas pela maneira que o olhou, algo não ia bem— O que foi minha linda? Algum problema?— Claro que temos um problema, Theodoro. – Suzana se sentia chateada por ele deixá-la sozinha com a sua mãe, sabendo do constrangimento dela. O pior era ver o sorriso debochado no rosto dele.— Aconteceu algo enquanto levava a minha mãe na porta? – Ele se surpreendeu quando ela lançou um travesseiro na s
— Bom dia, Marta. – Théo se preparou para ouvir sua secretária gritar, Marta odiava quando ele mudava os planos sem avisá-la— Bom dia, senhor. – Chamá-lo de senhor era praticamente uma ofensa para elaEntretanto, desde que seu pai morreu, Théo exigiu esse tipo de tratamento. Na empresa, ele era o todo poderoso, já na vida real não se importava quando Marta se referia a ele como "menino".Marta fazia parte da vida dele desde que era adolescente e merecia a intimidade que possuíam fora da empresa.— Desmarque a minha agenda, não chegarei ao escritório antes das onze.— O quê? Como assim? O senhor tem algum problema? – Théo olhou Suzana se movimentar na cozinha, enquanto preparava o café da manhã deles, e pensou que seu único problema era estar apaixonado por ela.— Tenho que resolver um assunto que requer a minha presença. – Ele não queria deixar Suzana, pela primeira vez na vida não sentia vontade de ir ao escritório.— Mas não pode resolver esse assunto aqui no escritório? Não consig
Se não fosse a manhã gloriosa que Théo tivera, ele estaria soltando fumaça nesse instante. Por pura vingança, Marta jogou um monte de problemas para ele resolver assim que chegou. Ele estava na empresa há menos de uma hora, mas pelo tamanho de documentos na sua mesa, parecia que estava há horas nesse maldito escritório. Porém, depois de ter uma noite fantástica e uma manhã perfeita, ele não se aborreceria com sua secretária mal-humorada. Agora que sabia que teria Suzana sem nada entre eles, Théo sorria como um bobo, esse era mais um passo para consolidar um relacionamento. Sem perceber, ela estava se prendendo a ele, mas Théo tinha planos para fazê-la ficar dependente dele em vários níveis da sua vida, não deixaria Suzana fugir por nada.— Senhor! – Marta apareceu na porta com o rosto fechado, hoje ela estava impossível — O gerente do banco acabou de chegar com o Doutor Rodolfo.— Mande os dois entrar. – Finalmente Théo resolveria o problema da dívida de Suzana no banco, o próximo pa
Suzana desligou o telefone e ficou estática. Ela não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir, sua dívida no banco estava quitada. Isso só podia ser uma pegadinha, ela não tinha conseguido pagar sequer uma das parcelas que havia combinado com o gerente, então não podia ter uma dívida encerrada.— O que foi, querida? – Ela saiu da inércia e viu Fátima parar de dar o suco de Sofia. – Você está pálida, Suzana, parece que viu um fantasma.— Foi praticamente isso. – Suzana colocou o celular na mesa ao lado — Acabo de saber que não tenho dívida no banco.— O quê? – Depois dessa informação, até mesmo Fátima se surpreendeu — Como não tem dívida?— Não sei. O gerente só me informou que não preciso mais me preocupar, que tudo foi pago. Preciso ir lá apenas para assinar algo.— Isso é impossível. – Fátima olhou para além de Suzana, até que um pensamento por sua cabeça — Suzana, eu posso estar enganada, mas isso parece ser coisa do Theodoro.Assim que a sua amiga disse o nome dele, Suzan