— Cale-se, ou vou fazer você engolir seus dentes e não vai ser pela boca.Tive vontade de dar um soco no rosto de Arthur, por falar do corpo de Ana, desrespeitosamente. Ele, que já estava espantado olhando para o palco como se tivesse vendo uma sombração, ficou ainda pior, seus lábios não tinham traços de sangue, era como uma folha de papel em branco.— Vai me bater por ciúmes, primo? Raios de ódio atravessaram meu peito quando agarrei o colarinho da camisa de Arthur, o encarei nos olhos profundamente, querendo fazê-lo engolir cada palavra pela bunda.— Quer chamar atenção, Adriel? Me larga!O infeliz já vem me aborrecendo a dias! Sua atitude agora, sugou a última gota de paciência que me restava.— Não estou nenhum pouco preocupado com o público...Mediante a ira, apertei a mandíbula com força para suprimir o desejo que tive de quebrar os dentes do meu primo. — Chega de imaturidade, babaca!Meus olhos cerraram e os dele se abriram, espantados!— Parem com isso, já! — Sr. Louis inte
— O senhor não precisa explicar nada! — seus olhos tremulavam, o peito subia e descia ofegante. — Não posso demorar, tenho que...— Sim, preciso! Eu lhe devo muito. Neste momento, senti um nó na garganta ao pensar que talvez fosse seu namorado que estivesse aguardando ansioso demais por ela. Seu celular começou a tocar na pequena bolsa que ela carregava, deixando-a em alerta.— Um momento.Sua testa enrugou quando olhou para o celular, ela logo retornou a ligação parecendo preocupada. — O que houve? Enquanto ela falava ao telefone, aproveitei para avaliar seu rosto saliente e impecável, o corpo capaz de fazer qualquer homem perder o raciocínio. O aroma floral era a única coisa que pertencia a minha Ana Lis do passado. Ela estava tão diferente que, embora sua matéria estivesse ao meu lado, eu sentia sua alma e seu coração distante.— Como ele está? A voz soou desconfortável e em tom alto. Sua mão estava em punhos cerrados confirmando minhas dúvidas, de que talvez seu namorado deve
Ana Lis. No momento que senti o assoalho da Limusine estremecer, o veículo parou. Ficamos momentaneamente quietos, pensando que talvez fosse um engarrafamento e logo conseguiríamos continuar a viagem, mas aí, a porta foi aberta.— Vamos, precisamos sair rápido! O segurança nos avisa completamente preocupado.— Senhores, vocês precisam sair imediatamente! Um guarda chegou logo atrás do meu segurança, ambos o olhavam de maneira assustadora, nem conseguia imaginar o que estava acontecendo, entretanto, pelas expressões de ambos, não esperava uma boa notícia. — Oh, caramba! Melissa gritou quando ouvimos outra explosão bem próximo de onde estávamos. Saímos às pressas da condução e fomos para calçada. A via principal estava um caos, a situação era lastimável, não conseguimos ir, nem voltar, porque nosso veículo estava encurralado. A multidão indo e vindo impediam a saída dos outros carros que estavam atrás. Meu peito doía com a sensação de que algo ruim poderia acontecer a qualquer mo
Não poderia mais esconder o estado de saúde de Andrew, Dylan o veria se recuperando em uma clínica e já que tudo ocorreu bem, o levei à sala de visitas, mas antes de encaminhá-lo para ver o avô, expliquei sobre seu quadro atual da melhor maneira possível para não assustar o garoto. Após isso, fui para a empresa dar início aos primeiros procedimentos na capital.Horas mais tarde, era impossível não sentir a tensão da ansiedade contaminar meu cérebro com pensamentos negativos. Porém, não podia recuar do encontro com Adriel, não seria uma atitude inteligente por hora. Enquanto assimilava tudo mentalmente, o telefone começou a tocar na minha mesa.— Senhorita Henderson, tem um rapaz à sua procura, diz que precisa lhe entregar algo pessoalmente. A julgar pelos últimos eventos, a visita inusitada deixou alerta.— Pergunte o que ele trouxe. Minha secretária pareceu incomodada com a exigência. — Senhorita Aikon, não o deixe entrar a menos que mostre o que tem para mim.— Como quiser!Mesmo
— E qual foi minha sentença?Não consegui evitar a ironia no rosto ao fingir interesse na sua explicação. Contudo, o deixei se explicar. Afinal, eu não era como eles e sempre gostei de ouvir às duas versões de cada história.— Pedi a Filippo para levá-la ao lar para idosos e deixá-la trabalhar voluntariamente. Para complementar o castigo, teria que rezar quatro horas seguidas diariamente, sem folga.Mas isso não era um castigo, eu o faria sem problema algum.— Confisquei seu celular e seu computador, juro que foi só isso, Ana!Ele rugia prestes a perder o controle, estava chateado, e logicamente não queria acusar ninguém da sua família.Houve momentos em que cheguei a acreditar que ele definitivamente não sabia de nada. No entanto, depois de tudo que aconteceu no passado, as dúvidas surgiam e os eventos sempre o incriminavam.— Enquanto eu passava fome, você aproveitava a viagem com Cecília, não é mesmo? Isso também é mentira?Deixei que os fatos que complementavam os acontecimentos n
Os dias arrastaram-se devido ao excesso de contratos com clientes e inúmeras reuniões que tivemos com os grupos 'HENSYSTEM' e 'M&G'Lobos'. Afinal, éramos uma só equipe e precisávamos trabalhar em conjunto para não prejudicar as empresas. Mas, ainda precisava tirar as frutas podres da 'M&G'Lobos'.— Mãe, você não vai mesmo ficar conosco?— Oh, querida! Eu sinto muito.Pelas expressões tímidas já sabia sua resposta, mas fiz o convite por educação. Havíamos preparado uma festinha para receber Andrew, ele chegaria da clínica em poucos minutos. — Espero você amanhã em minha casa.Ela segurou meus ombros e os massageou levemente. — Por favor, Lis! Esquece o passado, sua irmã Carmélia fez o convite. Ela realmente quer que você vá para o aniversário dela.— Tudo bem! Vou porque estou com muita saudade de Casse e sei que ela chegará amanhã de viagem. Cassandra estava curtindo suas férias. Terminou a faculdade e, fiquei sabendo, que é uma das melhores médicas da região. — Então, estou indo!
— O que está acontecendo, mamãe? Pergunta assustado, o corpo tremendo de modo irrefreável. — Está tudo bem, meu amor. Explico depois, ok? A verdade era que eu estava mais assustada que meu filho, não sabia se ambos sairíamos dali vivos depois deste novo atentado. Mais uma vez, dei uma rápida olhada pela beirada do vidro e, graças a Deus, os assassinos recuaram.Visto que não seriam páreo para cinco homens, saíram a marcha ré rapidamente, como covardes, tão sem colhões quanto o mandante do crime.— Está vendo? — olhei em seus olhos assustados — já passou! Eu disse que ficaria tudo bem, certo? Enxuguei o suor que escorria no seu rosto, com o coração a ponto de sair pela boca. Tive que ser persistente para lidar com a emoção que senti e não chorar na frente de Dylan. Abri a porta do carro e saí com meu filho, vários seguranças da própria empresa se juntaram aos meus guardas. O estacionamento ficou completamente aglomerado de homens de preto. Só queria encontrar com Tomás e Lívia.
Adriel me olhou com um sulco entre as sobrancelhas, visivelmente confuso e deixando transparecer sua dúvida de como eu iria fazer, para refutar a situação.— Ela não pode interferir em nada, doutor! Dê seguimento ao processo, por favor. Arthur bateu na mesa indignado na tentativa desesperada de encerrar a divisão dos bens. Ele sabia exatamente que, se tornando o chefe dos Lobos, nada poderia detê-lo. A madame não me interrompeu, na verdade, ela ficou um tanto agitada na cadeira, parecia empolgada. Acredito que a malévola ponderava se os acontecimentos a seguir, de alguma forma, a beneficiará. Vez que sua vida sempre fora regada a luxos, nunca iria aceitar viver uma vida tendo que regrar seus gastos exacerbados.Peguei o celular na bolsa e liguei para Lívia, ela atendeu na primeira chamada.— Lívia? — É para levá-lo?Perguntou apressadamente, ao fundo ouvi a voz de Dylan, perguntando a Lívia se era eu quem estava no celular.— Sim! Dei-lhe a ordem e, no mesmo instante, senti o frio