— Ana Lis, esse aqui é um ex aluno dessa faculdade. — meu orientador me apresentou o estranho.Quem se importa? Eu só queria que me desse a oportunidade, além disso, meu tempo já tinha se esgotado.— Outra hora você me apresenta seu amigo. Sr. Róger. Preciso ir agora. Tenham um ótimo domingo!— Ei! Espera. — o importuno me chamou.Fingir que não ouvi nada era a melhor forma de não ser grosseira.Dei às costas e sai do prédio apressadamente. Meu motorista me aguardava do outro lado da rua, com o carro ligado.— Me leve aquele mesmo restaurante, chinês.— Como a Sr.ª desejar.Desconfio que Miguel esteja vigiando meus passos e passando as informações para meu marido.Primeiro, ele foi contratado pelo próprio Adriel. Segundo, fui pega de surpresa no restaurante com meu primo, quando eu não havia dito a ninguém que iria naquele restaurante. Exceto, Tomás.Segui em direção à mesma mesa que usamos da última vez. Respirei fundo quando o vi degustando vinho enquanto me aguardava.— Pensei que
— Parece bom! — mais uma vez ele me olhou curioso.Percebi estar com fome só depois que vi aquela bandeja recheada com mariscos e saladas à sua volta.Nos servimos em silêncio e assim começamos a comer. Adriel me ofereceu um brinde com a taça que eu ainda não havia tocado desde que a depositou ao meu lado.— Então...Após tilintar minha taça contra a sua, senti vontade de saber mais sobre o alfabeto. — Você fala quantos idiomas?Uma de suas sobrancelhas levantou em curiosidade, tomou mais um gole de vinho franzindo o cenho.— Português, inglês, espanhol e francês.Foi rápido na resposta, mas fiquei sem entender a mensagem dá, Marie.— Quer ouvir algo diferente?A pergunta veio acompanhada de um sorriso fraco.— Se eu não vou entender o que você vai falar, então não faz sentido nenhum. — continuei degustando os mariscos.— Hm... j'ai des envies pour toi' — o francês soa ‘sexy’.Não sei bem o que é ser ‘sexy’, mas deve ser isso. Penso. — Por que fez isso? Eu ainda não aprendi a falar
Continuei de joelhos, com o coração tão acelerado quanto as borboletas em meu estômago.— Essa bocet4 pequena deve ser uma delícia. Anda, deixe-me provar, Ana Lis.Segurei firme em seu pescoço, enquanto ele fazia movimentos em volta da minha entrada molhada com sua gland3. Ele me puxou para baixo ao se encaixar no meu canal.— Um pouco mais, Ana. Vamos, você consegue.A rouquidão da sua voz me deixou com vontade de saber qual será a nova sensação de tê-lo, lá dentro.— Ai... Não tenho coragem.Não sei o quanto havia entrado, mas se fosse doer mais que aquilo, eu desistiria fácil, mesmo que eu estivesse sentindo boa parte do meu corpo, dormente e leve.— Tudo bem eu te ajudo, olha para mim.Fiz o que me pediu, em questão de segundos me perdi em seus olhos e me esqueci por completo, de tudo à nossa volta.Adriel apertou forte minha cintura, colou nossos corpos sem deixar uma sobra.Seus toques me esquentavam mais do que imaginei ser capaz, pois suas mãos guiavam nossos movimentos bem de
— Uau! Quantas pessoas vão tomar café aqui?Sorri tentando não demonstrar o descontentamento ao ver aquele exagero, porém, fiquei grata sabendo qual era seu intuito.— É para a senhora! Sente-se.“Quanto exagero de comida.” Digo, mentalmente.— Você poderia me fazer companhia?A sua expressão ficou ligeiramente distorcida.— Eu não posso. Sr.ª Lis. — a mulher pareceu nervosa.As suas mãos fecharam-se na barra do avental preto. Todos os servos da casa, tem um único padrão de vestes, até mesmo a cor dos calçados são iguais.— Ah! Não se preocupe comigo. Além disso, toda comida que sobra, são divididas entre nós, os empregados. Nada vai para o lixo.— Magáh, é uma ordem! Sente-se comigo.Ela abaixou a cabeça, rapidamente puxou uma cadeira e logo começa a se servir.— Detesto fazer minha refeição sozinha.— Quer saber? Eu não também não gosto!Após dizer isso, um sorriso logo apareceu no rosto de Magáh.Peguei uma pequena bandeja com queijo suíço e cortei uma fatia fina! Assim que dei a p
— Tudo bem! Não posso sair daqui sem antes falar com meu marido. Sorri ao pronunciar a frase, pois fico imaginando qual seria a reação de Tomás se soubesse o que aconteceu e, que possivelmente fui enganada e depois descartada. Portanto, deixei esse assunto para ser resolvido entre mim e Adriel, somente. — Se essa é sua decisão, eu a respeito. Só quis lhe precaver de passar por mais uma situação ruim. — Suas palavras soam tristes.— Obrigada, Tomás! Agradeço sua preocupação comigo. Posso se dizer que tenho alguém da minha família que realmente se importa comigo. Ficamos algum tempo vagueando em meio às pessoas. Soube haver muitos clientes entre nós, não eram só funcionários e amigos. Enquanto conversávamos aleatoriamente, eu tentava esconder minha figura dos olhos de meu pai. Depois de ontem, me mantive longe das bebidas alcoólicas. Para me poupar de mais surpresas desagradáveis, nem a água que me ofereceram, me atrevi a beber.Não pagaria para ver, com os Lobos não se brinca. Se
— Ora, não se dê ao trabalho de contracenar mais uma vez. Você não precisa mais disso, eu já sei de tudo.— Dá para me dizer o que está acontecendo, Ana Lis? Eu não entendo. O que mais você quer?— Oh! — olhei para o lado e suspirei pesadamente. — só me responde uma coisa. — me aproximei — com quem estava me comparando ontem? Com Marie, ou com sua namorada Cecília?Ele fechou os olhos e resmungou baixinho, sua expressão agora, já não era a mesma.— Não entendo porque insiste tanto nelas, era você quem eu queria.— Ah! É verdade. Sou apenas sua barriga de aluguel, não é mesmo? Afinal, eu fui obrigada a continuar fazendo isso para lhe dar um filho.Olhou a nossa volta e depois voltou a me encarar com a expressão amarga.— Me deixe em paz!O deixei sozinho, tentei me acalmar enquanto eu caminhava entre os empresários. Ao me deparar com Cecília, apenas fingi não tê-la visto, mas como esperado, ela veio para o mesmo caminho.— O que você quer, Cecília? — Nossa! O que aconteceu com você? E
Dias depois…Desde o dia que Ana Lis cruzou meu caminho, tenho me lembrado muito daquele trágico acidente.A garota que me arrastou pelo asfalto para eu não morrer queimado, voltou a invadir meus sonhos por várias noites seguidas e isso tem me tirado sono.— Então, Igor? Não encontrou a garota ou alguma pista dela? — Faço a pergunta pela décima vez.A semelhança entre Ana Lis e ela, tem me perturbado dia após dia. Quando vi aquela foto na casa dos Duartes, comecei a procurá-la, as intuições só me levavam a ela.— Por passar muitos anos, o hospital não tem mais as gravações das câmeras daquela época. O investigador disse que a probabilidade de a encontrarmos é mínima. Esgotado após um dia cansativo de reuniões, Igor suspira e senta-se à minha frente. — Sinto muito — diz categoricamente. — Mas, você perguntou a sua esposa?— Perguntei. Ela disse que não, sem hesitar. Penso que não é ela, se estivesse mentindo eu teria percebido.— Eu acredito que você está muito envolvido emocionalmen
Ana Lis. Sentindo minha pele febril, desci as escadas sem pressa alguma e completamente apática para ir à faculdade. Usava uma roupa leve e sapatilhas confortáveis, não queria nada que me incomodasse.Meus joelhos ameaçavam ceder à medida que eu dava os passos, sentia meu corpo sofrendo a dor da maldade humana. E de sobra, meu pescoço ganhou um hematoma causado pelos dedos de Adriel.— Bem, só precisava da sua assinatura.Parei no meio do corredor quando ouvi a voz firme e um tanto familiar, era um som grave que eu reconheceria de longe, sem confundir.No instante em que entrei em alerta, dobrei os joelhos e fiquei agachada no canto da parede alta que poderia esconder até cinquenta Ana Lis.— Ok, nos vemos daqui à meia hora. Adriel estende o braço para um aperto de mão.— Até lá.Igor sai rapidamente em direção a porta. Soltei um gemido baixo e o ar dos pulmões.Meu orientador não me disse que Igor trabalhava justo na empresa dos Lobos. Isso mudaria tudo, eu jamais teria colocado o