Éder: O Coração SilenciosoÉder era um homem mais reservado, mas seus olhos carregavam a profundidade de alguém que já enfrentou batalhas internas que ninguém nunca soube. Ele olhava para Luna e Théo dançando, e seu rosto se suavizou.— Vocês já perceberam como as coisas mudaram? Ele perguntou, quebrando o silêncio que se instalara novamente. — Não somos mais os mesmos homens que éramos quando chegamos aqui. De alguma forma, essas mulheres, esses jovens… todos nos transformaram.Os outros homens concordaram silenciosamente.Sua esposa, estava perto de Jordana, sorrindo e gesticulando animadamente enquanto falava. Ver ela tão à vontade, tão feliz, trouxe paz ao coração de Éder.— Minha mulher me ensinou que, às vezes, o silêncio é mais poderoso do que mil palavras! Ele continuou. — E hoje, eu vejo o quanto crescemos todos juntos. Cada um com suas batalhas, mas unidos.Horácio: O andarilho que encontrou pousada!– Eu me recordo quando cheguei nestas bandas, não sei de nós três Javie
Sob o Céu da ItáliaA festa finalmente chegava ao fim, e eu podia sentir a mistura de cansaço e euforia em cada parte do meu corpo. Théo estava ao meu lado, com aquele sorriso tranquilo que sempre conseguia me acalmar. Apesar de tudo ter sido perfeito, meu coração batia mais rápido do que eu gostaria de admitir. A ideia da lua de mel parecia um sonho distante se tornando realidade, mas também trazia um peso que eu ainda não conseguia definir.— Pronta para começar o próximo capítulo? — perguntou ele, me puxando suavemente para mais perto.Eu assenti, forçando um sorriso.— Pronta.A despedida foi rápida. Houve abraços apertados, risadas emocionadas e os conselhos habituais que casais recém-casados sempre recebem. Minhas mãos não soltavam as de Théo, como se ele fosse meu ponto de ancoragem em meio a tantas emoções.Os padrinhos foram os últimos a nos ver partir. Paola, com lágrimas nos olhos, insistiu em ajeitar o meu vestido uma última vez, enquanto Jonh e Joana faziam piadas para al
Caminhos ItalianosAcordamos com o sol tímido atravessando as cortinas do quarto. O ar da Toscana parecia diferente naquela manhã, carregado com uma mistura de lavanda e promessas de aventuras. Théo estava ao meu lado, ainda meio adormecido, mas com um sorriso que me fazia sentir em casa, mesmo estando a milhares de quilômetros da fazenda.— Bom dia, Sra.Schneider Sua voz rouca me fez rir, mesmo que meu rosto estivesse corando com a nova formalidade.— Bom dia, Sr.Schneider. Respondi, apoiando-me no cotovelo para observar o homem que agora era meu marido.Era estranho pensar nisso. Não estranho no sentido ruim, mas surreal. Eu, Luna, casada, vivendo um conto de fadas em um país que só conhecia por fotos e filmes.— Preparada para hoje? Ele perguntou, acariciando minha mão.— Se estiver do seu lado, sempre.Depois de um café da manhã farto, pegamos um carro em direção a Florença, uma das cidades mais famosas da Itália. Ao atravessarmos a ponte Ponte Vecchio, me senti como se estivesse
LunaA noite não foi como eu havia imaginado, mas foi exatamente o que eu precisava. Sentados na varanda do quarto, com uma garrafa de vinho e as estrelas como testemunhas, conversamos sobre tudo.Falamos sobre nossos medos, nossas expectativas, nossos sonhos. Théo contou histórias da infância, e eu ri tanto que esqueci completamente da ansiedade. Em troca, contei a ele memórias preciosas da minha avó Lupita e do meu avô Arturo, momentos que ainda aqueciam meu coração.Enfim, estávamos nos conhecendo, já que nosso começo foi tempestuoso.— Você é tudo que eu sempre quis, Luna. Disse ele, segurando minha mão. — E eu não me importo de esperar o tempo que for para que você se sinta pronta.Minha resposta foi um beijo, suave e cheio de gratidão.Nos dias seguintes, deixamos as pressões de lado e nos dedicamos a explorar a Toscana. Passeamos por vinhedos, provamos comidas incríveis e rimos como nunca. Cada momento ao lado de Théo era uma nova descoberta, uma nova lembrança para guardar.V
LunaMinha pele se arrepiou. Théo sempre soube como desarmar minhas inseguranças, e naquele instante eu percebi que não precisava mais esconder nada. Ele me aceitava por completo, com minhas forças, minhas fraquezas, meus medos.— Acho que sou eu quem tem sorte, Théo. Retruquei, parando à sua frente. Ele ergueu a mão, tocando meu rosto com delicadeza, e eu fechei os olhos, absorvendo cada segundo daquele toque.— Não é sorte, amor — disse ele, puxando-me para mais perto. — É o destino esculpindo nossos caminhos. E eu agradeço todos os dias por ele ter nos colocado no mesmo caminho.As palavras dele soaram como uma melodia. Não havia pressa naquele momento. Não precisávamos de palavras para preencher os silêncios; o que tínhamos era muito mais profundo, um diálogo entre nossas almas. Ele entrelaçou seus dedos aos meus e me guiou para o centro do quarto.Eu mal conseguia respirar enquanto ele olhava para mim, como se estivesse memorizando cada detalhe. Sua mão deslizou pelo meu braço,
Théo Vê-la com os seios desnudos e os cabelos soltos cobrindo suas costas até a cintura e algumas mechas sobre seus seios, me trouxe a memória a primeira vez que a vi no nascer do Sol. Meu membro vibrou de desejo, levo minhas mãos aos seus seios e os massageios com a palma da mão sinto a textura e a maciez da pele da Luna e ouço seu gemido. –Théo por favor… – O que você quer Luna, me diga! – Eu quero você Théo, quero agora, por favor… Em frenesí arrancamos o que restava de nossas roupas, nossos corpos grudados um ao outro, enquanto eu sugava os seios de Luna ela arranhava minhas costas e mordia meu ombro Nossos corpos parecem que vão incendiar de tanto desejo e vejo nesse momento a imagem da mulher fogosa que vi montando aquele cavalo Meu sangue ferve, minhas mãos procuram pela intimidade de Luna e vejo o quanto ela está molhada pronta pra mim Sigo um caminho de beijos pelo seu corpo enquanto ela geme e entrelaça as mãos nos meus cabelos puxando. Finalmente chego na sua
Dinora A Itália parecia um cenário perfeito para escapar das sombras do passado. Cada manhã ao lado de Théo era um convite para explorar a beleza de cidades históricas e para sentir a leveza de um amor que, embora nascido de um acordo, vinha crescendo dia após dia. Estávamos em uma vila tranquila na Toscana quando o telefone tocou. O som parecia deslocado, uma intrusão no nosso refúgio.Peguei o celular e vi o nome de Dinorá brilhando na tela. Era raro ela me ligar durante minha lua de mel, o que já me deixou alerta.— Alô, Dinorá? Está tudo bem? Perguntei, tentando manter a voz calma.Do outro lado, a voz dela soava grave, carregada de algo que eu não conseguia identificar de imediato.— Luna, eu não sei como te dizer isso… mas encontrei algo. Algo importante sobre seus pais.O chão parecia desaparecer sob meus pés. As lembranças sempre estavam ali, como sombras que nunca desapareciam completamente, mas ouvir aquelas palavras trouxe tudo à tona de uma vez só.— O que você descobriu?
— Quem? Perguntei, inclinando-me para frente.— Um antigo associado da máfia mexicana. Ele disse que trabalhou para a família de Gael e que se lembra claramente do que aconteceu. Ele afirmou que sua mãe e seu pai foram mortos por ordens diretas de uma mulher conhecida apenas como “La Reina.”O nome soou como um trovão na minha cabeça. Era um apelido que eu já tinha ouvido sussurrado em conversas ao longo dos anos, sempre associado a poder e crueldade.— Por que ele está falando agora? Théo perguntou, cético.— Ele está morrendo, câncer terminal. Disse que queria limpar a consciência antes de partir.Dinorá abriu a pasta, revelando fotos, documentos e anotações. Entre eles, havia uma foto que me chamou a atenção: uma mulher de olhar gélido e um sorriso cruel.— É ela? Perguntei, minha voz saindo mais baixa do que eu pretendia.Dinorá assentiu.— Ela era a prometida de Gael. Quando ele escolheu sua mãe, ela viu isso como uma traição pessoal. Fez de tudo para separá-los, mas quando perce