CAPÍTULO 33 UM LEGADO

Luna

Eu concordo com um movimento da cabeça, mas ainda olho para a lápide uma última vez, como se estivesse me despedindo mais uma vez do meu pai.

No caminho de volta ao carro, o silêncio reina novamente, mas agora é diferente. É como se uma espécie de entendimento silencioso tivesse se formado entre nós. Arturo caminha ao meu lado, suas mãos cruzadas às costas, e Lupita segura delicadamente meu braço, como se quisesse transmitir o conforto necessário desse momento.

Quando entramos no carro, Arturo toma a palavra, algo raro vindo dele.

— Você foi corajosa hoje, Luna, ou devo dizer Laisa? — Ele olha para mim pelo retrovisor com uma sobrancelha arqueada.

Eu sorrio, mesmo sabendo que ele não está exatamente brincando.

— Coragem é uma característica da família, não é, vovô?

Ele bufa, como se não quisesse admitir que eu tenho razão, mas Lupita sorri ao meu lado, apertando minha mão de leve.

— Você tem razão, querida. Mas lembre-se, coragem sem cuidado pode virar tolice.

— Estou sempre cuid
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