Theo Estou bufando de raiva, andando de um lado para o outro na sala principal da sede da máfia aqui em Buenos Aires. Já são dias sem um sinal, uma ligação sequer daquela mulher. Aquela caipira criada no mato, cercada por cavalos e pasto, que deveria estar rastejando para mim, implorando pela minha atenção, mas não... Luna, ou sei lá que nome está usando agora, resolveu sumir e me ignorar completamente.Pego meu celular pela centésima vez, olho para a tela e nada. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Ela simplesmente desapareceu como fumaça, e o mais revoltante é que não consigo rastreá-la. Eu, Teo Schneider, com todos os recursos possíveis ao meu alcance, não consigo localizar uma caipira filha da putta que resolveu fugir às vésperas do casamento!.A fúria cresce dentro de mim. Como ela ousa? Como alguém como ela, pode ter tanta audácia? Tanto controle? Meu ego grita cada vez que penso no rosto dela, naquele jeito desafiador, como se soubesse algo que eu não sei.— Prepara o jato. Vou
LunaEu começo a tirar as peças, uma a uma, enquanto ela observa, pronta para ajudar se precisar. Ela segura minha peruca com cuidado, colocando-a de lado, como se fosse um objeto precioso. Quando estou apenas de lingerie, ela me conduz até a banheira, onde eu entro devagar, sentindo a água quente relaxar meus músculos tensos.— Lembre-se de que você é forte, mas não precisa carregar o mundo nas costas sozinha — diz enquanto pega a esponja.Ela começa a passar a esponja nas minhas costas, exatamente como fez no primeiro dia. O toque dela é delicado, quase maternal, mas há uma força silenciosa ali.— Sabe, fazia isso com o Gael e o Ernesto quando eram pequenos — ela comenta, com a voz carregada de nostalgia.Eu fecho os olhos, deixando as palavras dela me envolverem.— Obrigada por tudo, vó. Não só por esses dias, mas por... tudo mesmo.Ela sorri, embora eu não veja, mas posso sentir no jeito como as mãos dela continuam o movimento, cuidadosas e carinhosas.— Você é um pedaço do meu co
LunaO calor do abraço de Laura foi o que quebrou a última resistência de Luna. Chorando como uma criança, eu deixo que minha mãe me segure. Por um instante, tudo o que existia no mundo era aquele gesto de amor, como se o tempo tivesse parado.— Eu achei que nunca mais ia te ver, Luna. A voz de Laura tremia, e havia alívio misturado com a dor de tantos dias de incerteza e saudades.— Eu também tive medo disso, mãe. Luna apertou os braços ao redor da mãe, sentindo o perfume familiar que tantas vezes havia trazido consolo nos dias difíceis de sua infância.respirando fundo.— É como voltar no tempo... — Ele murmurou, um sorriso suave surgindo em seus lábios. — Ela sempre soube como trazer o sabor de casa, mesmo estando tão longe.Antes que Luna pudesse responder, um grito interrompeu o momento:— É a Luna!Ela se virou a tempo de ver seus dois irmãos correndo em sua direção. Primeiro veio Mateus, o mais velho e Joarez, que parecia ter crescido mais do que ela esperava. Ele a abraçou c
LunaO calor do abraço de Laura foi o que quebrou a última resistência de Luna. Chorando como uma criança, eu deixo que minha mãe me segure. Por um instante, tudo o que existia no mundo era aquele gesto de amor, como se o tempo tivesse parado.— Eu achei que nunca mais ia te ver, Luna. A voz de Laura tremia, e havia alívio misturado com a dor de tantos dias de incerteza e saudades.— Eu também tive medo disso, mãe. Luna apertou os braços ao redor da mãe, sentindo o perfume familiar que tantas vezes havia trazido consolo nos dias difíceis de sua infância.respirando fundo.— É como voltar no tempo... — Ele murmurou, um sorriso suave surgindo em seus lábios. — Ela sempre soube como trazer o sabor de casa, mesmo estando tão longe.Antes que Luna pudesse responder, um grito interrompeu o momento:— É a Luna!Ela se virou a tempo de ver seus dois irmãos correndo em sua direção. Primeiro veio Mateus, o mais velho e Joarez, que parecia ter crescido mais do que ela esperava. Ele a abraçou c
LunaNa manhã seguinte, Luna acordou com o som familiar de galinhas no quintal e o cheiro inconfundível de chimarrão fresco misturado ao aroma de pão saindo do forno. Havia algo reconfortante na simplicidade daquele despertar, como se o tempo tivesse parado desde a última vez que estivera ali.Ela desceu as escadas e encontrou Laura na cozinha, ocupada em organizar o café da manhã para todos. Sobre a mesa, uma pilha de pães caseiros fumegava ao lado de uma jarra de suco de laranja recém-espremido.— Bom dia, querida. Dormiu bem? — Laura perguntou, lançando-lhe um sorriso caloroso.— Como uma pedra. — Luna respondeu, sentando-se à mesa. — Acho que essa casa faz isso com a gente.Laura riu, concordando.— É o peso que sai das costas quando estamos em casa.–Mãe, não vai para o hotel hoje?– Não, Luna, hoje a exclusividade será da minha família. E me dá um beijo na cabeça.Enquanto Luna tomava o café, as vozes animadas dos irmãos começaram a preencher a casa. Mateus apareceu primeiro,
TheoApós uma viagem cansativa chegamos em nosso destino, já era bem tarde, fizemos o check-in e fomos para os nossos respectivos quartos, não sei porque o meu pai cismou que eu teria que acompanhar a minha mãe nessa viagem a esse hotel fazenda. Ele nunca me pediu nada parecido, mas dessa vez fez questão que eu a acompanhasse. Estou muito cansado, deixei a minha mãe no seu quarto. Já devidamente acomodada e se preparando para uma noite de descanso merecido. Entro no meu quarto e nem perco o meu tempo em observar o ambiente, com o nível de irritação que estou no momento, sei que nada vai me agradar.Fecho a porta e já vou me despindo, deixando a roupa espalhada pelo caminho até o banheiro, abro a porta do box e ligo a ducha, entro embaixo d'água na esperança que a pressão existente remova parte do meu cansaço e estresse.Após um banho relaxante, me seco e me encaminho para a cama onde me deito.Porque eu, Teodoro vim parar nesse fim de mundo?Só o meu pai mesmo! Ele tem consciênci
LunaAcordo como sempre ao raiar do dia, um costume que aprendi com meus pais de coração, sempre acordamos muito cedo!A vida no campo começa ao raiar do sol, nossos dias são sempre muito movimentados pois temos várias atividades, o momento que paramos é na sesta, porém isso depende do movimento que esteja tendo no hotel fazenda.Desde que meu pai e o tio Teodoro compraram a fazenda vizinha, eles construíram o hotel fazenda e deram para a mamãe e a tia Jordana administrar, e elas convidaram tia Martina e tia Maria para participarem desse empreendimento, nem sempre temos o tempo da sesta. Hoje o hotel está lotado e a tia Jordana já deve ter chegado para fazer as conferências dos livros e colocar toda a parte burocrática em dia.Ela ama esse trabalho e tio Teodoro sempre vem junto tácom ela, é muito bonito vê eles juntos, o amor deles só perde para o amor dos meus pais.Enquanto tia Jordana trabalha, papai e tio Teodoro e tio Heitor se reúnem para tratar de assuntos importantes.Somos
Theo Quando senti os dedos estalarem na minha pele e o meu rosto arder com a violência que aquela pequena mão acertou a minha face, o meu sangue ferveu. Não pensei nem duas vezes, empurrei seu corpo contra a parede, e beijei seus lábios de um jeito faminto, no começo ela ficou tensa mas depois senti seu corpo relaxar em meus braços e ela correspondeu ao meu beijo.Nunca senti essa fome pelo corpo de mulher nenhuma, o que essa garota petulante tem que me faz sentir isso?Estou tão envolvido no sabor de sua boca, no perfume que sai de seus cabelos e quando minha mão alcança o seu pescoço sinto a maciez de sua pele, minhas mãos descem em direção a seus seios que as preenchem, meu corpo parece que vai explodir de desejo!Minha mente está entorpecida por esse sentimento que eu nunca senti,quando de repente sinto uma joelhada em meus testículos e uma dor violenta que me traz do céu onde eu estava para as profundezas do inferno.— Mas que inferno! Urro de dor!— Nunca mais se aproxime de