TheoO dia começou como uma tempestade prestes a desabar. O céu estava limpo, mas dentro de mim, o caos rugia como um trovão prestes a explodir. Já se passaram dias desde que voltei do Uruguai, mas aquela garota não sai da minha cabeça. Luna. Minha noiva. Minha maldita e indomável noiva.Só de pensar nisso, meu corpo fica tenso. Cada vez que lembro do jeito que nos conhecemos, minha mandíbula se contrai e meu sangue ferve — de raiva, de frustração, mas também de desejo. Ela tem o dom maldito de mexer comigo de uma forma que ninguém mais consegue. Luna é como um incêndio que devasta tudo por onde passa, e, de alguma forma, eu sou o combustível.Sento na beira da cama, esfregando o rosto com as mãos. Preciso sair desse transe. Preciso me focar nos compromissos do dia. Mas é difícil quando flashes daquela noite do jantar de noivado invadem minha mente. Como nossos pais não perceberam o clima carregado entre nós? Era praticamente palpável. E Luna, com aquela postura altiva e aquele olhar
Théo O dia seguinte passa arrastado. Cada minuto parece durar uma eternidade. À tarde, saio da empresa e me dirijo para casa, onde tomo uma ducha e visto uma roupa mais confortável, não vou para a fazenda de terno e gravata, visto uma calça jeans e uma camisa polo, calço um sapatênis, desço na cozinha para fazer um lanche onde encontro minha mãe.–Theo, você está indo para a fazenda, envia lembranças para todos. Me pede minha mãe.–Falo sim mãe. Termino meu lanche, beijo minha mãe e vou para o carro pegando a mala de mão na sala, o motorista abre a porta do carro e eu entro, peço ao motorista que me leve ao aeroporto Chego no aeroporto e faço check in me dirigindo ao jatinho e vou até o Uruguai e lá pego o helicóptero para chegar mais rápido a Fazenda Feitiço do Sol Nascente. O nome do lugar já carrega um peso. O território de Luna. O lugar onde ela é forte, onde ela é invencível.Chego à fazenda e Javier já deixou um carro a minha espera. A noite está clara, iluminada por uma lu
Treinos e DisciplinaO sol estava cruel no céu, queimando cada centímetro de pele descoberta enquanto eu caminhava em direção ao campo de treinamento. Meu chapéu de aba larga protegia meu rosto, mas a camisa grudava em minhas costas com o suor que já começava a surgir. Lá na frente, Jonh, Joana e Mateus já se movimentavam, ajustando cordas, verificando alvos e alongando os músculos.Jonh, como sempre, foi o primeiro a me notar. Ele se encostou em uma cerca improvisada, com aquele sorriso preguiçoso que ele adorava exibir.— Pensei que ia nos deixar esperando mais tempo, Luna.Revirei os olhos, mas não consegui segurar um sorriso.— Só se vocês não estivessem prontos para perder. Retruquei, jogando o chapéu para o lado e prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo firme.Joana soltou um suspiro audível, mas não deixou de sorrir discretamente. Ela era mais séria, sempre focada no objetivo, mas eu sabia que lá no fundo ela gostava das nossas provocações.Mateus, meu irmão, estava ajoelhado
Jonh O sol começava a se pôr na Fazenda Feitiço do Sol Nascente, pintando o céu com tons de laranja e dourado. O vento soprava leve, carregando consigo o cheiro de terra úmida e do suor do esforço físico. No pátio de treinamento, os sons abafados de corpos se chocando e risadas ocasionais quebravam o silêncio da tarde. Luna estava no centro do pátio, com Jonh à sua frente, os dois em posição de combate. Não havia armas, apenas seus corpos, equilíbrio e força. Cada movimento era calculado, cada golpe desferido com precisão. Luna avançava com agilidade, seu corpo se movendo com a graça de uma felina, enquanto Jonh bloqueava seus ataques com leveza e um sorriso despreocupado nos lábios. — Vamos, Luna! Jonh provocou, desviando de um soco e girando para agarrar seu braço. — Achei que você fosse mais rápida! Brinca ele. — Estou apenas aquecendo, Jonh. Respondeu ela, uma ponta de desafio em sua voz. Eles se afastaram por um instante, circulando um ao outro com os punhos erguidos. Jonh
JonhO sol começava a se pôr na Fazenda Feitiço do Sol Nascente, pintando o céu com tons de laranja e dourado. O vento soprava leve, carregando consigo o cheiro de terra úmida e do suor do esforço físico. No pátio de treinamento, os sons abafados de corpos se chocando e risadas ocasionais quebravam o silêncio da tarde.Luna estava no centro do pátio, com Jonh à sua frente, os dois em posição de combate. Não havia armas, apenas seus corpos, equilíbrio e força. Cada movimento era calculado, cada golpe desferido com precisão. Luna avançava com agilidade, seu corpo se movendo com a graça de uma felina, enquanto Jonh bloqueava seus ataques com leveza e um sorriso despreocupado nos lábios.— Vamos, Luna! Jonh provocou, desviando de um soco e girando para agarrar seu braço. — Achei que você fosse mais rápida! Brinca ele.— Estou apenas aquecendo, Jonh. Respondeu ela, uma ponta de desafio em sua voz.Eles se afastaram por um instante, circulando um ao outro com os punhos erguidos. Jonh sorri
Luna — Você parece diferente. Luna comentou, estudando-o com atenção. — Apenas lute, Luna, vamos ver se você é boa mesmo! Respondeu Théo, erguendo os punhos. – Você está me desafiando, Théo? Como sempre arrogante! Ela hesitou por um momento, mas então avançou com rapidez. Seu soco mirou o rosto dele, mas Théo desviou com facilidade, agarrando seu pulso e puxando-a contra si. Luna tentou se soltar, girando o corpo, mas ele segurou a firmemente. — Está com raiva de mim, Théo? Ela perguntou, seus olhos estavam presos nos dele. — Não. Ele respondeu, soltando-a abruptamente. — Só estou, frustrado, esse casamento está demorando 0 muito, e você sabe o que eu realmente quero não é Luna. Luna deu dois passos para trás e então atacou novamente, com um chute baixo que mirava as pernas dele. Théo saltou para o lado, mas Luna aproveitou o momento para avançar novamente, empurrando-o para trás com os ombros. Ele cambaleou, mas manteve o equilíbrio. Os movimentos tornaram-se mais intensos
Luna Com uma força que pegou Luna desprevenida, Théo levantou o tronco e a puxou junto, fazendo-os rolar mais uma vez. Eles terminaram lado a lado, exaustos, olhando para o céu estrelado acima deles. O silêncio caiu entre os dois, preenchido apenas pelo som das respirações irregulares. — Por que sempre precisamos lutar assim? — Luna perguntou, sua voz soando mais suave dessa vez. Théo virou o rosto para ela, seus olhos suavizando um pouco. — Porque somos iguais, Luna. Nenhum de nós sabe ceder. Nenhum de nós sabe desistir. Ela assentiu levemente, um sorriso pequeno nos lábios. — Talvez seja por isso que nos escolhemos — ela murmurou. Théo estendeu a mão e tocou o rosto dela com delicadeza, o polegar traçando uma linha suave pela bochecha suja de terra. — Eu não quero e não vou perder você! Ele fala, finalmente deixando escapar as palavras que pareciam pesar em seu peito. — Então pare de lutar contra mim, Théo. Luna respondeu, colocando a mão sobre a dele. Lute ao meu
A luz dourada do entardecer se derrama sobre os campos abertos, pintando o horizonte com tons quentes de laranja e vermelho. A árvore imponente sob a qual estamos sentados parecia uma velha guardiã de segredos, testemunha silenciosa de inúmeras conversas, planos e decisões que moldaram não apenas nossas vidas, mas também o destino de nossas famílias.Heitor abriu outra cerveja com um estalo metálico, o som se perdendo no leve farfalhar das folhas acima de nós. Javier, com o olhar perdido no horizonte, parecia absorto em memórias que o vento trazia de volta. Teodoro e Éder estavam mais focados no presente, atentos ao diálogo que se desenrolava.— É impressionante. Murmurou Teodoro, olhando para o céu tingido de cores vibrantes. –como uma única decisão pode mudar o curso de tantas vidas.Javier assentiu, o olhar finalmente se voltando para nós.— A decisão de treinar nossos filhos foi, sem dúvida, a mais importante que tomamos. Não apenas pela segurança deles, mas pela continuidade do