CAPÍTULO 102 UM DIA DE PAZ 

Luna

UM DIA DE PAZ

O sol entra pelas frestas da cortina, banhando o quarto com uma luz dourada. Meus olhos se abrem lentamente, e a primeira coisa que vejo é Théo ao meu lado.

Seu braço está jogado sobre minha cintura, e sua respiração lenta me diz que ele ainda está dormindo.

Por um momento, apenas o observo. Seu rosto relaxado, seus cabelos bagunçados... Ele parece tão em paz, tão distante da violência que nos cerca.

Mas então a realidade retorna como um soco. A lembrança do Albanês, das revelações, da minha fúria incontrolável.

Sinto um aperto no peito.

Começo a me mover para sair da cama, mas antes que eu consiga, Théo me puxa de volta.

— Onde você pensa que vai? — sua voz está rouca, ainda cheia de sono.

— Preciso organizar minha mente.

Ele abre os olhos, me estudando com atenção.

— Você sempre acha que precisa carregar tudo sozinha.

Eu o encaro, mas não digo nada. Ele suspira e se senta, passando uma mão pelos cabelos.

— Hoje é um dia de descanso.

Franzo a testa.

— Descanso? De
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