CAPÍTULO 109 O CAOS

Joana

O Caos

O primeiro grito rasga o ar.

Um dos conselheiros solta a taça e leva as mãos à garganta. Seu corpo treme, os olhos reviram.

Outro cambaleia, tentando falar, mas sua voz é engolida pelo nada.

O salão mergulha no caos.

Cadeiras são derrubadas. Taças caem e se estilhaçam no mármore. Homens poderosos, temidos no submundo, agora lutam por ar, suas bocas se contorcendo em espasmos involuntários.

Da minha posição, observo tudo.

Os sintomas surgem rápido. Paralisia. Arritmia. O veneno age cortando os sinais nervosos. Seus corpos falham, um a um.

Luna não se move. Seu olhar está cravado em La Reina, que recua, pálida, trêmula.

— Maldita… — ela sussurra, a voz falha.

Guadalupe sorri.

— Gostaria de um gole, minha querida?

La Reina avança, mas suas pernas fraquejam. Seu desespero é palpável. Ela se vira para os poucos que ainda não caíram, mas ninguém pode ajudá-la.

— O que você fez?! — sua voz vem carregada de fúria e medo.

— O que você fez primeiro. — Luna responde, sua voz fria co
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