137°
Mansão Avramenko nos corredores.
“Não tenha muitas esperanças.” Kazan andava com as mãos nos bolsos de trás das calças.
“Geralmente só funciona com afogados, eletrocutados e no máximo ataques cardíacos.”
“Eu sei, eu sei.” A capitã mostrou o caminho. “Fiz o Máximo possível pra preservar o corpo.”
“Belo quarto de menina.” Kazan entrou no quarto olhando a sua volta.
“Eu preservei o corpo o Máximo que pude.” Nervosamente a capitã mostrou a cama.
“Zoya?” Kazan deu um tremendo sorriso. “O sidda que a Grace matou era a Zoya?”
“Ela não foi morta, só apagou.” Mabel estava agoniada.
“Ninguém diria pela sua reação.” Kazan analisou a garota. “Eu vi o trabalho que você fez ressuscitando o Derek e a Grace, não me admira que te chamem de Fênix.”
“Muito obrigada.” A capitã se sentiu aliviada. “Por pouco não morreram.”
“Ela parece muito bem. Não acho que precise de mim.” Kaza
138° A casinha na Alameda das laranjeiras ficou estranhamente movimentada. Ivana comia as últimas frutas enquanto escutava o barulho de sua filha arrastando coisas pelo chão da cozinha, pensando que provavelmente ela estava trazendo mais coisas das casas vizinhas. Ela sabia que a filha estava saqueando as casas vizinhas e entendeu porque Allix queria guardar segredo. Era estranho que não subiu imediatamente para falar com ela. Talvez pensasse que ela ainda estava boa pra andar pela casa arrumando tudo. O efeito da magia estava passando e todas as dores voltando com reforços. Provavelmente porque ela havia se esforçado tanto para arrumar a casa. Finalmente escutou o barulho dela subindo pelas escadas, o estranho é que ainda parecia que havia alguém ainda andando no andar de baixo. Ela tinha tido a mesma impressão quando entregou o vestido para Allix, será que sua filha trouxe algu
139° Zoya escutou uma batida na porta. mas continuou sentada, segurando seu livro e olhando pela janela. “Oi Zoya.” Mayara entra. “Eu soube o que a Grace fez com você. Não foi legal.” “Eu percebi que você não gosta da Grace.” Zoya não tirou os olhos do horizonte. “Acho que eu também não me esforço muito pra esconder.” Mayara deu um risinho. “Não mesmo.” “Ela vai pegar a corte marcial pelo que fez com você.” Zoya ficou em silencio. “Me disseram que você não estava falando com ninguém.” Mayara pegou uma cadeira e se sentou. ”Fico feliz que fale comigo.” “Me desculpe, por ter te machucado.” “Tudo bem, não é qualquer um que consegue me machucar.” Mayara piscou. Zoya deu um sorriso falso. “Sobre o que é esse livro?” Mayara apontou. “É um livro sobre cartaz de Atizaya.” “Você gosta de jogar Atizaya?” Mayara se aproximou. “As carta
140° Na extensa cozinha da mansão Avramenko Rembrandt Kazan e Lumina Jones analisavam meticulosamente os objetos de valor que Allix havia recolhido. “Você está louco?” Lumina rangeu entre os dentes se esforçando pra não gritar de raiva. “Como ainda não tiraram essas coisas de você?” “Prioridades, fofura!” Ele deu uma piscadela. “Existe alguma coisa nesta região que tanto os Noza quanto os Arcanos querem muito. Já isolaram vários sítios aonde a magia é extremamente forte com vestígios de atividade.” “Pelo menos fiz bem em te escutar!” Lumina cobriu a cabeça. “Você viu como a mãe dela foi internada? Tem poucas chances de sobrevivência e se continuasse como estava, não ia durar até o final de semana.” “A gora só falta descobrir aonde ela foi.” Kazan jogou mais bijuteria na cesta. “É!” Lumina jogou mais bijuterias na cesta. “Mas não importa o que aconteça, Allix ainda tem sua mãe biológica, a Zimey.” <
140 Allix puxou o frasco que Julia havia lhe dado, já Zoya surgiu com seis frascos. - De onde você tirou isso? – Allix perguntou espantada. - Me deram no clube. – Zoya respondeu. - Eu acho que eles pensaram que é para vocês duas. – Concluiu Nicole. - Eu vou depois. – Disse Cassandra. - De jeito nenhum você vai fazer essa desfeita. – Reclamou Nicole. – É a primeira noite das nossas novas colegas e você vem junto. As três garotas saíram pouco animadas atrás de Nicole entusiasmada. Na sala Móvel era um cômodo todo branco com estampas de orquídeas e um arranjo de flores, no chão havia apenas almofadas para se sentar e uma cesta com pequenas garrafinhas. Uma voz suave e feminina se apresentou. - Eu sou a sala das orquídeas brancas. Fico muito feliz em conhecê-las. - Estas são Allix e Zoya. - Apresentou Nicole. - Chegaram hoje. - Que coisa. – Allix comentou. – E
141 - Você não deve estar nos reconhecendo. Mas apesar de estarmos velhos, ainda somos nós. – Disse a mulher de cabelos brancos e os apresentou. - Me chamam de Havok. – disse Medhal envelhecido. - Janus. - O homem de cabelo branco. - Blum. - O homem de barba branca, sentado e mexendo nas máquinas se apresentou. - Nicole. - O espectro sombrio. - Cassandra. - A mulher sorridente. - Lumina. – A mulher de cabelos brancos e olhos leitosos. – Somos nós. Os Arkanoides. - Quem? Houve um silencio sepulcral. - Você se lembra da última coisa que aconteceu? – Perguntou A mulher de cabelos brancos. - Eu me lembro de acordar no trem e conhecer o Major Medhal depois chegamos ao castelo, Nicole me levou pro clube de estética, demos uma volta no castelo, arrumamos nossas coisas, depois preenchi o questionário pro prof. Maddox, conversamos um pouco e fomos dormir... – Ela p
142 Um sujeito pequeno parecido com uma criança com longas orelhas espetadas usando um chapéu cuca entregou uma bandeja a Allix enquanto as outras garotas escolhiam a comida. No caminho para a mesa Zoya e Allix repararam atentamente nos alunos a sua volta. Apesar de todos usarem os mesmos uniformes, havia características exclusivas de cada individuo para assegurar sua individualidade, cintos, chapéus, bolsas, coletes e até mascaras demonstravam a individualidade visual de cada. A maioria dos alunos aparentava ser pessoas normais, mas não uma maioria significativa. Muitas pessoas que em uma multidão passariam despercebidos ficavam evidentes suas características mágicas e outros simplesmente não eram humanos. Allix mal podia segurar sua excitação ao ver às fadas e duendes, outros alunos ela não fazia a mínima ideia do que eram, uns possuíam aparência de animais talvez por alguns feitiços, outros eram animais, não era dif
143 Por alguns instantes ele olhou para Zoya e disse. - Já vi o horror. Já vi a agonia. Já vi criaturas profanas que se escondem nos recantos mais sombrios da alma. Mas o que eu nunca vi, em toda minha vida, foi... Você! - Mas que grosso. – Pêsseguinho reclamou. - Essa é a Zoya! – Apresentou Nicole. – Ela é uma das minhas novas colegas de quarto. - Opa! – Kazan disse! - Ainda há vagas? Eu também quero me mudar pra lá. - Como se já as conhecesse há muito tempo, começou a pegar comida das bandejas das garotas. Existia alguma coisa sua atitude segura que tornava aquele comportamento atraente. - Você está diferente do que eu me lembro! – Kazan colocou o braço em volta de Zoya pra pegar comida da bandeja dela. – Desculpe pelo que eu disse antes. - Você poderia pegar uma bandeja como todas as pessoas civilizadas. – Pêsseguinho protestou. - Você poderia ser simpática e pegar uma pra mim.
144 10h25min. Zoya vestiu seu uniforme e acompanhada pelas irmãs Puro-osso, foi até uma das salas móveis. Saíram em um corredor com um longo balaústre com vista para as outras torres do castelo. Ela acompanhou as irmãs sempre olhando para o pátio lá embaixo, as gárgulas e esculturas olhavam para os alunos e algumas faziam comentários entre si, aquilo lhe dava arrepios. Duas estátuas de mulheres com frutas abriram a porta para ela entrar e deram um sorriso, naquele piso havia um grande e florido jardim onde vários alunos estavam sentados em volta da prof. sentada em uma fonte. Ao fundo podia ver uma enorme estufa por trás das árvores. Quando entraram todos se viraram para elas, até mesmo as estátuas do jardim e a sereia na fonte. Aquilo realmente era esquisito. Quando entraram todos se viraram para elas, até mesmo as estátuas. A figura de uma sereia na fonte que f