81°
Dentro do hotel Majestic se encontrava um lugar confortável e familiar, fora as caixas cheias de contrabando o lugar foi arrumado como uma sala de visitas com sofás, poltronas, mesa de centro e um tapete felpudo onde Allix estava deitada segurando sua mão direita, sentindo uma mistura de dor e humilhação.
“Não funcionou.” Ela quase chorou. “Quando eu preciso essa porcaria de mão não funciona.”
“Pois fique feliz que não funcionou.” A rainha de copas bateu na cabeça de Allix. “Se atacasse Boris com seus truques ele retaliaria e se conseguisse mata-lo o resto da gangue ia executar as leis do mercado em você e eu não poderia reclamar.”
Em seguida a Rainha bateu em Lumina. “Apontando uma faca no mercado? O que tem na cabeça”?
“Achei que essas regras não valiam mais.” Lumina falou bobagem e levou outra pancada da rainha de copas. “Você vive apontando o sabre.” Rolou para não receber outra pancada.
“Por qu
82° As coisas não estavam muito alegres no hotel Ritz. Mesmo com toda a musica e efeitos luminososm Boris o Urso estava de mau humor, e isso afetava o ambiente mais do que anevoa de miasma. Uma figura que estava quieta e nas sombras se levantou e foi até Boris, que sentava em seu trono no centro do luxuoso lobby do hotel Ritz. Uma mulher negra com a pele pálida e olhos claros, quase brancos com um longo cabelo crespo. Suas unhas e batom negros e usava um longo vestido. Parecia que ela deslizava pelo chão. As garotas em volta de Boris a olhavam com pavor. “Acho que chegou minha hora Boris.” A mulher falou com uma voz fria e sem emoção. “Vou levar meu pessoal comigo.” “Por quê”? Boris balançou o copo para uma das garotas enche-lo. “Por causa da rainha de Copas ou dos soldados Arcanos esta manhã”? “Nós temos coisas melhores a fazer do que morrer.” Ela respondeu com um sorriso. “Você se acha mal Bor
83° Na lavanderia do senhor Jura Cassandra ouviu sobre o encontro de Boris com Allix, mas mal teve tempo de ouvir sobre a aparição da rainha e saiu correndo para o restaurante das Maravilhas. Ela chegou a tempo de ver o pessoal já se debandando e se agaichou por tras de uma mureta pra ver melhor. “O que temos aqui? Uma espiã?” Cassandra levou um susto e quando se virou viu a A ovelha, Tweedledee e Tweedledum. “Não esta feliz em nos ver? Estamos de volta.” “Mas... Mas... Vocês não tinham ido embora?” “Voltamos” A ovelha colocou o bra;co em volta dela e a puxou pro restaurante. “E trouxemos companhia.” Allix teve uma surpresa. “Cassandra.” “Mas que cheiro bom é esse?” Uma voz de fora perguntou. “Estão comemorando alguma coisa ou desperdiçando rações?” A voz era meio familiar. Allix já tinha visto o Coelho Branco algumas vezes. Um sujeito grande e intimidante. Zimey
84° Logo ao lado do Hotel Majestic, na suíte da cobertura do hotel Plaza um grande grupo de pessoas se reuniam na cobertura. Uma figura veio de dentro do hotel usando uma máscara que parecia um bico. “Por que a máscara de médico da peste negra?” Titia se apoiou na sacada. “Por que não?” O mascarado respondeu com uma voz digitalmente distorcida. “O que é médico da peste negra?” Masha a loirinha perguntou. “Na época da peste bubônica usavam uma máscara como essa, colocavam ervas aromáticas para disfarçar o cheiro fétido dos doentes.” Titia respondeu com alegria. “Alecrim!” O mascarado apontou para a máscara. “Isso é para mim?” Ela fez uma cara triste e simulou uma lagrima escorrendo. “Vou ficar ofendida.” “Aquamarina.” O mascarado fez um sinal de fedor com a mão. “Não sei como suportam esse ar fétido e cheio de miasma.” “O ser humano tem uma incrível capacidade de adaptação
85° No restaurante do hotel Majestic a cúpula da Gangue das Maravilhas se reunião em volta da Cassandra que segurava um choro. “Eu juro que eu não fiz nada.” “Mesmo?” Zimey puxou um palito de carne seca pra boca, o que Cassandra sabia que era um sinal de que ela estava irritada. “Nós formulamos planos, os realizamos e ficamos letárgicos sem desenvolver nenhuma ideia nova.” Marilyn concordou. “Só percebemos como estávamos com a mente anuviada quando saímos da Zona Espiral.” “E não estamos pensando direito agora.” Merlin roía as unhas irritadamente. “Os poderes da Cassandra não são relacionados a Zona Espiral.” O chapeleiro tirou o chapéu para coçar a cabeça. “E dai?” Zimey socou a mão. “Dai que se a Cassandra tivesse encantado a gente, o efeito não passaria quando saíssemos da Zona Espiral.” “Eu não usei meu poder, eu juro.” Cassandra falou quase chorando. “Eu prometi pro tio Zanoni que nun
86° O reencontro de Lumina e Allix não foi de muita conversa, após trocarem umas duas perguntas já estavam se beijando e se acariciando. “Eu estava com saudades disso.” Lumina acriciava os seios dela. “Eu Também.” Allix a beijou e a empurrou. “Espera. Nós não somos lésbicas né?” Lumina olhou pra cina pensativa. “Ainda gosta de homem?” “Gosto, hoje mesmo conheci um que me deixou louca.” “Então não.” Lumina voltou a beija-la e as duas aproveitaram a companhia uma da outra até tarde quando Allix percebeu o horário e voltou pra casa com a Lumina adormecida. Allix chegou a casa com a cesta de sua bicicleta cheia de comida que pegou no restaurante. Ela estranhou um pouco que já estava com fome a menos de duas horas desde que encheu a barriga. TERAPHEVO Fez a massagem e já se sentiu melhor. “Isso foi magica?” Zoya perguntou de um canto com uma garrafa d
87° Na cobertura do hotel Plaza, Masha acompanhava bebia e de longe observava o Mascarado com a Titia da gangue do Pesqueiro. “Está com frio, loirinha?” O mascarado perguntou com sua voz distorcida digitalmente enquanto apalpava-a. Masha confirmou com a cabeça. “Vai até um quarto da pilhagem, tem um monte de roupa por lá.” A Titia mandou. Masha correu e a primeira coisa que fez foi tirar os saltos altos doloridos. Começou a procurar roupas do seu tamanho. “Graças aos céus.” Ela encontrou calcinhas de algodão e se livrou daquela tanga vermelha que achava ridícula, encontrou uma meia calça e meias grossas coloridas para se esquentar, uma bota felpuda um pouco larga o que era bom já que seus pés estavam inchados e roxos. Colocou uma camiseta e um vestido vermelho com estampas e um casaco felpudo que quase arrastava no chão. Entre as coisas em cima da cama, Masha reparou em uma máscara de lo
88° Allix acordou com o estomago roncando e morrendo de vontade de ir ao banheiro. Fazia muito tempo que não comia algo tão farto e pesado. Seu corpo não estava mais acostumado a comer comida que não fosse enlatada. “Não!” Allix esfregou o rosto. “Eu não preciso mais me desesperar por comida. O coelho branco vai conseguir comida para nós mais do que o suficiente.” Mas ela teria que fazer parte da gangue de vez. “Provavelmente querem usar minha mão mágica para fazer algum crime como fazem com a Lumina.” Suspirou desolada. Com mais sobras do restaurante comeu o café da manhã com sua mãe que logo voltou a dormir. Pegou o que mais tinha de valor, fez uma pilha em sua bicicleta e correu para o mercado. Antes de sair escondeu uma faca afiada e sua bereta de seis centímetros. Não iria andar desarmada de novo. Sem hesitar colocou seu coldre de presente por baixo da roupa. Pegou a última bicicleta de carga que havia sob
89° Zoya acordou super animada para se empanturrar no café da manhã. Infelizmente comeu com seus pais e alguns oficiais. Logo depois Zoya escapou pra se encontrar com os cadetes. “Praticamente todo mundo saiu.” Origami informou. “Eu mesma já ia sair. Não vai ficar ninguém.” “Mesmo?” Zoya falou desolada. “Estamos indo pra tal rua do mercado.” Origami falou. “Quer ir com a gente?” Zoya deu um sorriso de orelha a orelha e correu até o tanque que já estava pra sair. O tanque de reconhecimento parou próxima a entrada da rua do mercado levantando bastante desconfiança. Algumas pessoas rapidamente desmontaram suas barracas e saíram correndo. Miró se levantou ao lado da metralhadora e Zoya veio em seguida. “Caramba, falaram que a rua do mercado era grande, mas não pensei que fosse tanto.” Miró colocou a mão sobre os olhos pra ver. “Tem quase dois quilômetros.” Zoya respondeu. “Ma