89°
Zoya acordou super animada para se empanturrar no café da manhã. Infelizmente comeu com seus pais e alguns oficiais.
Logo depois Zoya escapou pra se encontrar com os cadetes.
“Praticamente todo mundo saiu.” Origami informou. “Eu mesma já ia sair. Não vai ficar ninguém.”
“Mesmo?” Zoya falou desolada.
“Estamos indo pra tal rua do mercado.” Origami falou. “Quer ir com a gente?”
Zoya deu um sorriso de orelha a orelha e correu até o tanque que já estava pra sair.
O tanque de reconhecimento parou próxima a entrada da rua do mercado levantando bastante desconfiança. Algumas pessoas rapidamente desmontaram suas barracas e saíram correndo.
Miró se levantou ao lado da metralhadora e Zoya veio em seguida.
“Caramba, falaram que a rua do mercado era grande, mas não pensei que fosse tanto.” Miró colocou a mão sobre os olhos pra ver.
“Tem quase dois quilômetros.” Zoya respondeu. “Ma
90° O grifo[1] era como chamavam Lumina Jones no mercado, aonde todos acreditavam que fosse uma Quimera[2]. Durante a guerra mágica surgiram guerreiros híbridos compostos de partes de várias criaturas unidas por mágica e chamaram esses homens-fera de quimeras. Lumina tinha força extraordinária para o seu tamanho, o que ajudou a acreditarem nisso, mas agora tinha revelado seu disfarce e a gangue acabou; Ela dizia que podia sentir algo de diferente em Allix. Pensou que era só por causa de sua mão mágica, mas não demorou quase nada para perceber que tinham muitos interesses em comum e uma amizade começou a florescer. Ela revelou seu segredo, que na verdade ela era uma garota e logo um boato de que Allix era namorada do Grifo da gangue das maravilhas começou. Lumina riu só de lembrar. Agora com a chegada do governo mundial tudo mudou, os co
91° O Chateau na praça do pombal era mais do que uma simples mansão. Eram vários prédios em uma propriedade. Quando Allix soube que Elena e Cassandra não estavam foi até o Solar onde Fara e as outras donas do Chateau viviam. Estava bem mais escuro que o normal, só estavam utilizando a luz natural r tanto os móveis quanto o chão, eram feitos de madeira escura. Fara estava com um vestido azul bem sóbrio, luvas deixando apenas sua cabeça a mostra. E pra piorar estava com óculos escuros. “Allix, mas que bom em vê-la. Sente-se e almoce comigo.” “Muito obrigada Fara.” “Reparei que está sem seu rosário.” “Perdi ontem, mas vou recuperar o mais rápido o possível.” “Posso ver sua ansiedade. Hoje não veio apenas para fazer uma visita não é mesmo?” “Eu realmente preciso de sua ajuda. Não sei se sabe, mas o exército arcano está na cidade. Ainda tem contato com os coiotes que levam pessoas pela fronte
92° Cassandra olhava para o centro das nuvens girando em espiral, estavam marrons, quase beges, significava que deveria ser um dia lindo, sem uma gota de chuva. A porta do luxuoso quarto do hotel abriu e um sujeito moreno, com uma longa cabeleira e um enorme sorriso se sentou ao seu lado. “Olá enfermeira!” Ele esticou os braços esperando um abraço. “Kazan?” Cassandra levou um susto. “Qual é a do tratamento frio?” Kazan a cutucou com o cotovelo. “Não éramos parceiros de laboratório e tomávamos choques juntos. O que foi agora?” Lumina passou na porta e deu uma mochila para Kazan. “Não se esqueça de levar isso também.” Kazan a puxou com um abraço. “Viu quem eu achei por aqui?” Lumina sorriu e acenou. “Já tinha visto, mas não a reconheci.” “Isso foi por causa do campo de pop.” Folken, mais conhecido como Jaguadarte colocou um colar em Lumina. “Ainda bem que andamos com equipamentos s
93° Após o café os cadetes foram até o porto aonde também haviam montado uma base militar. Para sua surpresa havia um estranho helicóptero por lá. Era grande e arredondado no corpo, com uma cabine em cima. Pra piorar era branco e alguém havia pintado uma boca sorridente, olhos e bolas vermelhas na bochecha. “Que coisa esquisita.” Zoya correu para se aproximar com os braços abertos. “Parece uma bolachona.” “Da vontade de apertar.” Origami confessou. Entre os cadetes que estavam lá Mayara veio cumprimenta-los segurando seu quepe e com uma prancheta nas mãos. “E o que acharam?” Mayara apontou. “Bem a sua cara.” Miró riu. “Quem pintou isso?” “Ninguém sabe, mas também ninguém quis ter o trabalho de pintar de novo.” Mayara riu junto. “Nunca vi um helicóptero assim.” Zoya falou. “Eu construí baseado em um Sikorsky de resgate usado durante a guerra da Coreia.” Ela explicou. “Como
94° Allix surgiu com sua bicicleta laranja na entrada do hotel Majestic. Por pior que fossem, a gangue das maravilhas precisava saber do que acontecia. “Alice?” A recepcionista com orelhas de gato a recebeu com um sorriso surpreso. “O que está fazendo aqui tão cedo?” “Oi Claude!” Allix a cumprimentou. “Preciso falar com um dos oito. Tem alguém de plantão?” “Não fazemos mais plantão.” Claude coçou a cabeça. “Você se esqueceu?” “Da uma olhada se a Marilyn ou a Merlin já acordou, elas dormem super cedo.” Claude foi até o antigo sistema de comunicação por encanamentos que o hotel tinha e falou em alguns buracos. “Marylin vai encontra-la lá embaixo no escritório do teatro.” “Muito obrigada Claude.” Rapidamente Allix atravessou os corredores do hotel e para sua surpresa, espreguiçando em uma poltrona estava uma pessoa que não esperava encontrar. ”Kazan?” Imediatamente correu para se esconder. Não tinh
95° Zoya acordou tarde demais para tomar o café da manhã com seus pais e os oficiais, mas foi cedo o suficiente para se juntar aos cadetes. Grace até havia separado uma cadeira entre ela e Rachel. Falaram sobre amenidades e Zoya se divertiu. Fazia muito tempo que não ficava entre pessoas daquele modo. Tanto tempo sozinha. A capitã Inazuma surgiu com uma cadete segurando uma pilha de papeis. “Missão de última hora. Madison precisa de voluntários para acompanha-la a uma incursão até a sede da gangue do pesqueiro. A Isabela aqui ira distribuir as ordens.” A capitã saiu e deixou a cadete entregando papéis pra quem levantava a mão. “Pô!” Origami reclamou. “Nem terminei meu café.” “Com a Madison no comando eu não vou mesmo.” Rachel falou. “Qual o problema?” Zoya perguntou. “Sabe que incursão tem dois significados, não é?” Miró ergueu a mão. “Pode ser tanto um passeio por uma região, quanto a i
96° Não muito longe na suíte da cobertura do hotel Plaza um grande grupo de pessoas observavam com binóculos da sacada da cobertura. Entre eles todos os braços direitos das gangues da cidade. Samuel, o Chapeleiro louco da gangue das Maravilhas, Titia da gangue do pesqueiro, Edenbridge dos Metalheads, Charlie dos guerreiros e Diane dos Malakitas. “Dizem que uma vez Albert Einstein disse que existiam duas coisas infinitas; o universo e a estupidez humana. Mas ele não tinha muita certeza da primeira.” Titia retirou um par de binóculos do rosto e se virou. “Venha Masha não quer ver?” “O que?” Masha se virou bebendo suco de morango. “O fim da gangue do Pesqueiro.” Ela tragou seu cigarro. “Ou como eu gosto de dizer. O que acontece com quem não me escuta.” “Se divertindo muito?” O homem de mascara surgiu com duas mulheres vestidas como ele logo atrás. “Na verdade eu não esperava me divertir nada.” A titia deu
97° Um grupo militar com seis tanques de guerra parecidos com insetos gigantes esperavam na frente do hotel Ritz, um grande hotel de luxo, cheio de pessoas aparentemente se divertindo. A capitã Leite e a Tenente Madison saíram do hotel. “E então Tenente?” O cadete Derek Dietrich deu um passo à frente. “Ele não aceitou nossa vistoria, disse que resistiria, ameaçou executar inocentes.” A tenente suspirou e tirou suas luvas com uma expressão de nojo. “Não aceitou que examinássemos todo mundo em busca de feiticeiros ilegais, disse que resistiria, ameaçou executar inocentes.” Um cadete abriu uma caixa de madeira com um visor de proteção, um par de luvas vermelhas e duas pistolas dentro. “Alias disse que se não formos embora agora disse que resistiria, ameaçou executar inocentes e disse que me esfaquearia e cuspiria no meu cadáver.” A capitã colocou as luvas, armou sua pegou as pistolas.