86°
O reencontro de Lumina e Allix não foi de muita conversa, após trocarem umas duas perguntas já estavam se beijando e se acariciando.
“Eu estava com saudades disso.” Lumina acriciava os seios dela.
“Eu Também.” Allix a beijou e a empurrou. “Espera. Nós não somos lésbicas né?”
Lumina olhou pra cina pensativa. “Ainda gosta de homem?”
“Gosto, hoje mesmo conheci um que me deixou louca.”
“Então não.” Lumina voltou a beija-la e as duas aproveitaram a companhia uma da outra até tarde quando Allix percebeu o horário e voltou pra casa com a Lumina adormecida.
Allix chegou a casa com a cesta de sua bicicleta cheia de comida que pegou no restaurante. Ela estranhou um pouco que já estava com fome a menos de duas horas desde que encheu a barriga.
TERAPHEVO
Fez a massagem e já se sentiu melhor.
“Isso foi magica?” Zoya perguntou de um canto com uma garrafa d
87° Na cobertura do hotel Plaza, Masha acompanhava bebia e de longe observava o Mascarado com a Titia da gangue do Pesqueiro. “Está com frio, loirinha?” O mascarado perguntou com sua voz distorcida digitalmente enquanto apalpava-a. Masha confirmou com a cabeça. “Vai até um quarto da pilhagem, tem um monte de roupa por lá.” A Titia mandou. Masha correu e a primeira coisa que fez foi tirar os saltos altos doloridos. Começou a procurar roupas do seu tamanho. “Graças aos céus.” Ela encontrou calcinhas de algodão e se livrou daquela tanga vermelha que achava ridícula, encontrou uma meia calça e meias grossas coloridas para se esquentar, uma bota felpuda um pouco larga o que era bom já que seus pés estavam inchados e roxos. Colocou uma camiseta e um vestido vermelho com estampas e um casaco felpudo que quase arrastava no chão. Entre as coisas em cima da cama, Masha reparou em uma máscara de lo
88° Allix acordou com o estomago roncando e morrendo de vontade de ir ao banheiro. Fazia muito tempo que não comia algo tão farto e pesado. Seu corpo não estava mais acostumado a comer comida que não fosse enlatada. “Não!” Allix esfregou o rosto. “Eu não preciso mais me desesperar por comida. O coelho branco vai conseguir comida para nós mais do que o suficiente.” Mas ela teria que fazer parte da gangue de vez. “Provavelmente querem usar minha mão mágica para fazer algum crime como fazem com a Lumina.” Suspirou desolada. Com mais sobras do restaurante comeu o café da manhã com sua mãe que logo voltou a dormir. Pegou o que mais tinha de valor, fez uma pilha em sua bicicleta e correu para o mercado. Antes de sair escondeu uma faca afiada e sua bereta de seis centímetros. Não iria andar desarmada de novo. Sem hesitar colocou seu coldre de presente por baixo da roupa. Pegou a última bicicleta de carga que havia sob
89° Zoya acordou super animada para se empanturrar no café da manhã. Infelizmente comeu com seus pais e alguns oficiais. Logo depois Zoya escapou pra se encontrar com os cadetes. “Praticamente todo mundo saiu.” Origami informou. “Eu mesma já ia sair. Não vai ficar ninguém.” “Mesmo?” Zoya falou desolada. “Estamos indo pra tal rua do mercado.” Origami falou. “Quer ir com a gente?” Zoya deu um sorriso de orelha a orelha e correu até o tanque que já estava pra sair. O tanque de reconhecimento parou próxima a entrada da rua do mercado levantando bastante desconfiança. Algumas pessoas rapidamente desmontaram suas barracas e saíram correndo. Miró se levantou ao lado da metralhadora e Zoya veio em seguida. “Caramba, falaram que a rua do mercado era grande, mas não pensei que fosse tanto.” Miró colocou a mão sobre os olhos pra ver. “Tem quase dois quilômetros.” Zoya respondeu. “Ma
90° O grifo[1] era como chamavam Lumina Jones no mercado, aonde todos acreditavam que fosse uma Quimera[2]. Durante a guerra mágica surgiram guerreiros híbridos compostos de partes de várias criaturas unidas por mágica e chamaram esses homens-fera de quimeras. Lumina tinha força extraordinária para o seu tamanho, o que ajudou a acreditarem nisso, mas agora tinha revelado seu disfarce e a gangue acabou; Ela dizia que podia sentir algo de diferente em Allix. Pensou que era só por causa de sua mão mágica, mas não demorou quase nada para perceber que tinham muitos interesses em comum e uma amizade começou a florescer. Ela revelou seu segredo, que na verdade ela era uma garota e logo um boato de que Allix era namorada do Grifo da gangue das maravilhas começou. Lumina riu só de lembrar. Agora com a chegada do governo mundial tudo mudou, os co
91° O Chateau na praça do pombal era mais do que uma simples mansão. Eram vários prédios em uma propriedade. Quando Allix soube que Elena e Cassandra não estavam foi até o Solar onde Fara e as outras donas do Chateau viviam. Estava bem mais escuro que o normal, só estavam utilizando a luz natural r tanto os móveis quanto o chão, eram feitos de madeira escura. Fara estava com um vestido azul bem sóbrio, luvas deixando apenas sua cabeça a mostra. E pra piorar estava com óculos escuros. “Allix, mas que bom em vê-la. Sente-se e almoce comigo.” “Muito obrigada Fara.” “Reparei que está sem seu rosário.” “Perdi ontem, mas vou recuperar o mais rápido o possível.” “Posso ver sua ansiedade. Hoje não veio apenas para fazer uma visita não é mesmo?” “Eu realmente preciso de sua ajuda. Não sei se sabe, mas o exército arcano está na cidade. Ainda tem contato com os coiotes que levam pessoas pela fronte
92° Cassandra olhava para o centro das nuvens girando em espiral, estavam marrons, quase beges, significava que deveria ser um dia lindo, sem uma gota de chuva. A porta do luxuoso quarto do hotel abriu e um sujeito moreno, com uma longa cabeleira e um enorme sorriso se sentou ao seu lado. “Olá enfermeira!” Ele esticou os braços esperando um abraço. “Kazan?” Cassandra levou um susto. “Qual é a do tratamento frio?” Kazan a cutucou com o cotovelo. “Não éramos parceiros de laboratório e tomávamos choques juntos. O que foi agora?” Lumina passou na porta e deu uma mochila para Kazan. “Não se esqueça de levar isso também.” Kazan a puxou com um abraço. “Viu quem eu achei por aqui?” Lumina sorriu e acenou. “Já tinha visto, mas não a reconheci.” “Isso foi por causa do campo de pop.” Folken, mais conhecido como Jaguadarte colocou um colar em Lumina. “Ainda bem que andamos com equipamentos s
93° Após o café os cadetes foram até o porto aonde também haviam montado uma base militar. Para sua surpresa havia um estranho helicóptero por lá. Era grande e arredondado no corpo, com uma cabine em cima. Pra piorar era branco e alguém havia pintado uma boca sorridente, olhos e bolas vermelhas na bochecha. “Que coisa esquisita.” Zoya correu para se aproximar com os braços abertos. “Parece uma bolachona.” “Da vontade de apertar.” Origami confessou. Entre os cadetes que estavam lá Mayara veio cumprimenta-los segurando seu quepe e com uma prancheta nas mãos. “E o que acharam?” Mayara apontou. “Bem a sua cara.” Miró riu. “Quem pintou isso?” “Ninguém sabe, mas também ninguém quis ter o trabalho de pintar de novo.” Mayara riu junto. “Nunca vi um helicóptero assim.” Zoya falou. “Eu construí baseado em um Sikorsky de resgate usado durante a guerra da Coreia.” Ela explicou. “Como
94° Allix surgiu com sua bicicleta laranja na entrada do hotel Majestic. Por pior que fossem, a gangue das maravilhas precisava saber do que acontecia. “Alice?” A recepcionista com orelhas de gato a recebeu com um sorriso surpreso. “O que está fazendo aqui tão cedo?” “Oi Claude!” Allix a cumprimentou. “Preciso falar com um dos oito. Tem alguém de plantão?” “Não fazemos mais plantão.” Claude coçou a cabeça. “Você se esqueceu?” “Da uma olhada se a Marilyn ou a Merlin já acordou, elas dormem super cedo.” Claude foi até o antigo sistema de comunicação por encanamentos que o hotel tinha e falou em alguns buracos. “Marylin vai encontra-la lá embaixo no escritório do teatro.” “Muito obrigada Claude.” Rapidamente Allix atravessou os corredores do hotel e para sua surpresa, espreguiçando em uma poltrona estava uma pessoa que não esperava encontrar. ”Kazan?” Imediatamente correu para se esconder. Não tinh